terça-feira, 30 de maio de 2017

SPAWN TEM PRIMEIRA EDIÇÃO REPUBLICADA PELA IMAGE



                O ano de 2017 é especial para o Spawn, personagem criado pelo artista Todd McFarlane, que ao lado de vários outros colegas de profissão, ajudou a fundar a editora Image Comics no início da década de 1990. O personagem está comemorando 25 anos de criação, e para marcar esta ocasião, a Image estará relançando a primeira edição do herói, agora neste mês de junho, e com diversos “extras” para fazer a festa dos leitores e fãs do herói infernal.
                SPAWN #1 25TH ANNIVERSARY DIRECTOR’S CUT FOIL ENCORE EDITION terá preço de US$ 4,99, e reimprime a primeira aventura do personagem, que no versão de 1992, chegou às comic shops dos Estados Unidos, marcando o início das atividades editoriais da Image Comics, que daria uma bela chacoalhada no mercado de quadrinhos norte-americano, até então dominado pelas todas-poderosas Marvel e DC Comics. Com artes deslumbrantes proporcionadas por alguns dos grandes desenhistas de quadrinhos na época, entre eles Jim Lee, Erik Larsen, Rob Liefeld, Marc Silvestri, além do próprio McFarlane, as revistas da Image venderam como água, apresentando toda uma nova geração de heróis e personagens criados por estes artistas. Muitos deles tiveram altos e baixos, e nem fizeram todo o sucesso esperado, mas Spawn seguiu firme, e está por aí até hoje, ao contrário de parte dos personagens criados naqueles anos. O título regular do personagem encontra-se atualmente na edição Nº 275, e com vigor, garante o artista, para chegar muito em breve às 300 edições, e ir muito além.
                Portanto, nada melhor do que comemorar efusivamente os 25 anos do herói com esta edição especial onde tudo começou. Além de trazer na íntegra a reimpressão da primeira edição e aventura do Spawn, esta edição especial recebeu um tratamento especial para a arte de capa, e inclui as pranchetas originais do SPAWN Nº 1, com comentários do próprio Todd McFarlane em cada página, e como bônus especial, artes nunca vistas antes da concepção do personagem e do planejamento da revista.
                A introdução inaugural de Spawn é o começo da saga de Al Simmons, que era um agente de elite da CIA a serviço do governo dos Estados Unidos, e o seu assassino mais eficaz, responsável por diversas missões de ordem secreta, para manter os interesses e as aparências, realizando diversos serviços sujos no meio. E que acabou eliminado sem misericórdia, executado por seus próprios homens, por se tornar inconveniente para seus superiores. Só que Simmons fez um acordo com o demônio Malebolgia, e foi ressuscitado das cinzas de sua própria sepultura, renascendo como uma criatura das profundezas do Inferno conhecida como Spawn. Agora Al Simmons está de volta ao nosso mundo, tendo de lutar contra o que ele se tornou, e contra o mal que está trancado com ele. Tendo retornado alguns anos depois de sua morte, e incapaz de salvar o amor de sua vida, Wanda, ele faz de sua nova missão salvar sua filha, Cyan. Mas as forças infernais não o deixarão caminhar em paz em sua nova vida, e demônios das forças do submundo, como o nefasto Violador, além de outros oponentes cuja missão é combater os emissários do inferno – o que Simmons se tornou, agora que é um Spawn, não o deixarão em paz.
                O personagem fez muito sucesso, tendo ganho até mesmo um filme para cinema, e uma animação, além de jogos e diversos produtos derivados. E fez Todd McFarlane ganhar rios de dinheiro. Ao longo de sua trajetória, Spawn se encontrou com diversos outros heróis, nos chamados cross-overs, como o Batman, por exemplo; tornou-se um agente renegado combatendo as forças do próprio inferno, e se tornando até mesmo o senhor do reino das trevas, entre outros percalços e aventuras. McFarlane deixou de escrever e desenhar as histórias, confiando as aventuras do personagem a diversos outros artistas que, na sua visão, seriam mais hábeis para desenvolvê-lo do que ele próprio, mas sempre supervisionando os rumos que eram decididos para sua criação, a fim de evitar alguns passos exagerados ou equivocados. A bem ou mal, Spawn continua a fazer sucesso. Talvez não tanto quanto em seus primeiros anos, quando suas edições vendiam mais de um milhão e meio de exemplares por ano, mas muito mais do que outros títulos em publicação no momento.
                No Brasil, Spawn foi publicado de maneira regular por duas editoras. A Abril lançou o título próprio do personagem em 1996, e seguiu com ele até 2005, com um total de 150 edições. No ano seguinte, a Pixel Media deu continuidade às aventuras de Al Simmons, publicando mais 28 edições, cancelando a revista em 2008. O personagem teve algumas edições especiais e encadernados lançados tanto pela Abril quanto pela Pixel, e também pela Pandora Books e HQ Maniacs, mas há um bom tempo Spawn está fora das bancas em nosso país, e sem muitas perspectivas de retorno no curto prazo, para tristeza dos fãs nacionais do personagem, e certamente, muita inveja dos leitores americanos, que poderão comemorar os 25 anos do personagem com esta reedição especial do primeiro número que a Image está lançando por lá.

SALVAT ANUNCIA EXTENSÃO DE COLEÇÃO DA MARVEL



                Marvetes brasileiros, preparem os bolsos. A editora Salvat, que vem publicando várias coleções de Graphic Novels com os heróis da Casa das Idéias, anunciou neste mês de maio a extensão de uma de suas coleções atualmente em publicação. Desta vez, é a série “Os Heróis Mais Poderosos da Marvel”, conhecida popularmente como coleção Graphic Vermelha, que está atingindo a 60ª edição prevista inicialmente, e agora, terá mais 40 números, totalizando 100 edições. Diferente da primeira coleção lançada, que tem seu foco em sagas e temas específicos, que também foi ampliada, passando das 60 edições previstas para 120, esta segunda coleção lançada pela Salvat tem seu foco nos heróis, trazendo sempre um momento específico do personagem enfocado, bem como a história de estréia do herói. Esta expansão chegará às bancas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, e Paraíba, conforme o cronograma original de lançamento da coleção.
                Com o anúncio da expansão, agora já na primeira quinzena de junho chega o primeiro número da nova fase, dedicado ao Deadpool, um dos mais controversos heróis, ou deveria dizer “anti-herói”, já lançados pela Marvel. Em seguida, a edição seguinte terá como foco outro “anti-herói”, o Soldado Invernal, identidade atual do primeiro Buck, o parceiro original do Capitão América. O estilo de foco segue na edição seguinte, focada na ninja Elektra, surgida na série do Demolidor, e que balançou o coração do Homem Sem Medo. Cada edição tem impressão gráfica de primeira qualidade, bem como capa dura, e como já foi anunciado quando do lançamento desta coleção, há pouco mais de dois anos, cada edição vem recheada com alguns conteúdos extras bem interessantes, entre os quais uma sinopse da biografia dos personagens, listas dos super-heróis integrantes dos supertimes abordados, os segredos de criação dos personagens e muito mais, com histórias desenhadas pelos mais variados artistas da arte sequencial lançados pela Marvel no decorrer de sua história. Vivencie os melhores trabalhos de lendários mestres Marvel como John Romita Jr., Jack Kirby, Bryan Hitch, George Pérez, John Buscema, Andy Kubert, Gene Colan, e muitos outros, ilustrando histórias dos maiores escritores do ramo dos quadrinhos, incluindo Stan Lee, Chris Claremont, Brian K. Vaughan, Brian Michael Bendis, Frank Miller, Peter David, Ed Brubaker e muitos mais!
                Além disso, entre outras informações pertinentes, cada edição trará também o histórico geral onde a saga abordada está inserida, biografia dos personagens envolvidos, galerias de arte, relação de capas, e outros conteúdos extras. Nas edições lançadas até agora, houve alguns volumes que trouxeram materiais bem interessantes, que há tempos não eram republicados no Brasil, além de outras histórias que permaneciam inéditas até hoje para os leitores tupiniquins. A editora não anunciou a listagem completa das 40 edições restantes que incrementarão a coleção, mas deve manter o mesmo padrão de escolha dos personagens enfocados, sendo que alguns certamente serão mais interessantes do que outros para os leitores.
                As lombadas de cada edição continuarão a formar um painel único, com a arte de Adi Granov. Cada edição chega às bancas com periodicidade quinzenal, ao preço de R$ 39,90. No site oficial da editora, há a opção de fazer assinatura da coleção, com duas opções: para quem deseja assinar toda a coleção, ou somente as 40 edições que estarão compondo a expansão. A editora oferece como brindes 10% de desconto sobre o valor de banca, além do frete grátis no envio das revistas. Maiores detalhes no endereço http://assinesalvat.com.br/colecoes/marvelheroes/index.asp. Para quem está colecionando estes álbuns de luxo, é hora de reforçar o orçamento, que já anda bem curto, haja visto o grande número de edições sendo lançadas atualmente, que em conjunto com a atual situação econômica, não tem sido nada fácil para muitos leitores de quadrinhos nacionais.
                No momento, a Salvat segue com a Coleção Oficial de Graphics Marvel, a conhecida coleção de capa preta, com 100 edições já lançadas das 120 programadas, além da Coleção Definitiva Marvel do Homem-Aranha, com 4 edições lançadas até o presente momento. Para os fãs dos heróis Marvel, é um bom momento tendo em vista os lançamentos de álbuns com os personagens da editora americana, uma vez que a grande maioria das histórias atualmente publicadas nas revistas de linha não vem agradando tanto aos leitores como antigamente.
A partir do final deste mês, a coleção de capa vermelha terá sua publicação reiniciada a partir da primeira edição, nos seguintes lugares: Região da Grande SP, Grande RJ, Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Recife, Brasília, Porto Alegre, Santos, Curitiba, Sorocaba, Campinas, Salvador, Vitória, São José dos Campos, Pelotas, São Luis, Manaus, João Pessoa, Araraquara, Maceió e Jundiaí. Uma boa opção para quem ainda não havia conseguido ou iniciado a compra desta coleção.

ROGER MOORE, INTÉRPRETE DE 007, FALECE AOS 89 ANOS



                Os fãs do mais famoso agente secreto da ficção, James Bond, estão de luto. Faleceu no último dia 23, aos 89 anos de idade, o ator Roger Moore, um dos mais lembrados intérpretes do personagem na franquia de filmes para o cinema, iniciada em 1962. Moore encontrava-se naSuíça, país onde morava já há algum tempo. O ator enfrentava um câncer há pouco tempo, descoberto há quatro anos, e a notícia da morte foi divulgada por seus filhos. O funeral do ator, restrito aos familiares, foi realizado em Mônaco.
                Nascido em 1927, em Londres, filho de uum policial e de uma dona de casa, Roger George Moore desde cedo demonstrava preferência em seguir uma carreira artística. Após servir na Segunda Guerra Mundial, no início dos anos1950 ele mudou-se para os Estados Unidos, onde começaria a aparecer em pequenos papéis, até assinar contrato com a MGM,e poder demonstrar todo o seu grande talento nas telonas. Mas os filmes estrelados pelo ator não chegaram a fazer sucesso, o que o levou a mudar de estúdio, indo para a Warner Brothers. Em 1958, Moore estrelaria sua primeira série de TV, Ivanhoé, fazendo o papel-título. A produçao rendeu 39 episódios, sendo encerrada no ano seguinte. Ainda em 1959, ele estrelaria o seriado “The Alaskans”, com 37 episódios produzidos até 1960. Os dois anos seguintes seriam de participações na série de faroeste Maverick, interpretando um primo do personagem principal, Brett Maverick, vivido por James Garner.
                A fama viria mesmo em 1962, quando estrelou a série “O Santo”. Vivendo o personagem Simon Templar, um ladrão conhecido como “O Santo”, vivendo aventuras ao estilo de Robin Hood, roubando de outros ladrões ou pessoas corruptas. O seriado durou 6 temporadas, com um total de 118 episódios, encerrado em 1969. Por essa altura, Sean Connery, o primeiro intérprete do agente 007, já havia decidido abandonar o papel do agente secreto com licença para matar, sendo substituído entao pelo ator George Lazenby, em 1969, no filme 007 A Serviço de Sua Majestade. Apesar da história do filme, considerada uma das melhores da franquia até hoje, Lazenby não conseguiu emplacar no papel de James Bond, e os produtores tiveram que recorrer mais uma vez a Connery, que topou fazer mais um filme, 007 – Os Diamantes São Eternos, em 1971.
                Na época, Roger Moore já havia criado grande fama pelo seu papel em “O Santo”, e seu nome já era cogitado para viver 007 no cinema. Mas o ator só aceitaria o trabalho no final de 1972, depois de contracenar, junto com Tony Curtis, a única temporada da série “The Persuaders!”, onde interpretava um ricaço que, junto com outro homem muito rico,interpretado por Curtis, resolviam casos como detetives ocasionais. Liberado de seu contrato, Moore enfim entrou como substituto de Sean Connery na cinessérie de 007, com a missão de substituir à altura seu antecessor. E ele conseguiu, à sua maneira, claro. Se o James Bond de Connery era viril, elegante e sério, o 007 de Roger Moore também era elegante, mantinha uma boa dose de fleuma britânica, mas também tinha um ar irônico, e porque não, até bem-humorado, traços que trouxe de sua interpretação de Simon Templar em “O Santo”. Além disso, Moore ainda aumentou o charme sedutor do herói, que conseguia levar pra cama a mulherada presente nos filmes, fossem aliadas, ou até mesmo inimigas. Seja como for, os fãs aceitaram, e Moore se tornaria o ator que mais tempo viveu o principal agente do serviço secreto britânico até hoje, estrelando nada menos do que 7 filmes no período de 12 anos, começando por Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973), 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (1974), 007 - O Espião Que Me Amava (1977), 007 Contra o Foguete da Morte (1979), 007 - Somente para Seus Olhos (1981), 007 contra Octopussy (1983), e finalizando com 007 - Na Mira dos Assassinos (1985). Então com 58 anos, Moore já era considerado velho demais para o papel, que foi passado para o ator Thimoty Dalton nos filmes seguintes.
                Com filmes com qualidade variável em suas histórias, o humor do personagem vivido por Moore também variava, com algumas situações até razoáveis, chegando até algumas serem completamente nonsenses, próximas de uma comédia. Os produtores perceberam que estavam dando uma direçâo equivocada à franquia, e por isso, voltaram a dar um tom um pouco mais sério às situações vividas pelo herói nos dois últimos filmes. Mas, virtudes e defeitos à parte, Moore ainda tem em seu currículo como intérprete do agente 007 o fato de ter tido e enfrentado o mais memorável e carismático adversário do personagem até hoje em toda a franquia, o vilão Dentes de Aço (Jaws, no original, e “Queixada”, numa das dublagens feitas nos filmes), interpretado por Richard Kiel, com seus 2,18 m de altura (o que já assustava qualquer um), que até chegava em silêncio e poderia sair mudo, mas deixava o agente secreto cheio de hematomas e contusões, para não falar dos amassados em seu terno impecável e deixando o agente despenteado. O vilão trocou sopapos diretos com Bond em dois filmes, 007 – O Espião que me Amava, e 007 Contra o Foguete da Morte, que tem também como destaque ter tido parte de sua trama se passando no Brasil, com o espião britânico tendo de se virar numa luta em pleno bondinho do Pão de Açúcar contra seu agigantado adversário, que como de costume, conseguia sair inteiro das brigas, mesmo que despencando dos céus. E entre altos e baixos, Moore é considerado até hoje o segundo melhor intérprete de 007, ficando atrás, obviamente, de Sean Connery. O ator chegou a escrever três livros onde expõe sua experiência em viver James Bond, afirmando que teve instruções importantes de Connery de como viver o agente secreto. Moore, aliás, chegou atéa fazer piada com sua participação na série 007 quando participou da comédia Cannonball Run (Um Rali Muito Louco, no Brasil), em 1981, onde interpretava um dos participantes da corrida que pensava que era o próprio Roger Moore, no melhor estilo James Bond, cheio de tiradas e referências aos clichês dos filmes do agente secreto, como seus carros cheios de truques (inclusive dirigindo um Aston Martin), a sedução das mulheres, etc.
                Após o fim de sua participação como James Bond, Moore só voltaria a participar de filmes e TV nos anos 1990. Ao mesmo tempo, começou a dedicar-se a causas humanitárias, e lutando pelos direitos de crianças e adolescentes, tornando-se embaixador do Unicef. Este trabalho, motivado pela pobreza extrema que presenciou durante as filmagens de seu penúltimo filme como Bond, o levou a se empenhar em diversas mundo afora, tendo visitado inúmeros países, entre eles o Brasil, onde trocou idéias com o comediante Renato Aragão, o Didi, de Os Trapalhões, ocasião em que também nomeou o brasileiro Embaixador do Fundo das Nações Unidas para as crianças no Brasil. Por todo o trabalho desenvolvido nesta área, Moore recebeu da rainha Elizabeth II o título de Cavaleiro do Império Britânico. O ator sempre se disse contrário às armas e à violência, mas nunca se preocupou em ter sua imagem vinculada à de 007, um agente com permissão para matar no cumprimento do dever, como indicava o duplo zero em seu codinome. Perguntado sobre quem melhor interpretou 007 no cinema até hoje, Moore manifestou sua preferência por Daniel Craig, o último ator a personificar Bond, pelo tom mais adulto que os filmes passaram a ter.
                Roger Moore teve quatro casamentos, e três filhos com Luisa Mattioli, sua terceira esposa, com quem se casou em 1969, vindo a se divorciar em 1993. Desde 2002, o ator era casado com Kristina Tholstrup, sua atual mulher. Moore foi lembrado por todos os demais atores que passaram pelo papel, que prestaram seus respeitos ao colega falecido. Moore se vai, mas sua imagem de James Bond continuará firme na memória de seus fãs por todo o mundo por muito, muito tempo. “O nome é Bond... James Bond!”