A HISTÓRIA DOS QUADRINHOS MARVEL NO BRASIL EM LIVRO

                Os marvetes nacionais podem comemorar. Os quadrinhos da “Casa das Idéias” estão comemorando nada menos do que 50 anos de publicação no Brasil, e uma data destas não poderia passar em branco. E foi pensando nisso que o colecionador Alexandre Morgado se dedicou de corpo e alma durante todo o ano passado reunindo todo tipo de informação sobre as peripécias dos quadrinhos Marvel em terras tupiniquins. O resultado, depois de muito trabalho e esforço, poderá ser conferido agora em abril, com o lançamento da obra MARVEL COMICS: A TRAJETÓRIA DA CASA DAS IDÉIAS NO BRASIL, um livro com nada menos do que 288 páginas, contando praticamente tudo sobre as publicações Marvel em nosso país, com os mais completos detalhes e curiosidades. O livro, publicação da editora Laços, será lançado oficialmente durante o Festival Guia dos Quadrinhos, evento que será realizado em São Paulo, capital, nos próximos dias 08 e 09 de abril, no Clube Homs, localizado na Avenida Paulista, N° 735. O preço do livro é de R$ 49,90, e quem comparecer ao evento terá a oportunidade de trocar idéias com o autor do livro, que estará presente para conversar com os fãs no local.

                A obra traz detalhes da história da Marvel Comics, editora fundada no final da década de 1930 por Martin Goodman, e que nos anos 1940 ainda era chamada de Timely, tendo como seus primeiros personagens super-heróis Namor, o Príncipe Submarino; o Tocha Humana original; e o Capitão América. O livro conta como foi que a Marvel chegou ao Brasil, passando pelas suas primeiras publicações, feitas pelos jornais O Globo (Namor e Tocha Humana), Diário da Noite (com o Capitão América em o Guri), com materiais de quando a editora era chamada de Atlas dos anos 1950, publicados no Brasil pelas editoras La Selva e a Novo Mundo, culminando com os lançamentos da Ebal em 1967, agora já com o nome Marvel, passando então por várias editoras de pequeno porte como a GEP, GEA, Trieste, Paladino, Dado, Minami & Cunha, Gorriom, Roval, Graúna, etc, até chegar às principais empresas do ramo, como Bloch, RGE, Abril, Panini e Salvat, além da própria Ebal. No total, foram 40 editoras que trabalharam com os heróis da Marvel em nosso país, desde editoras que publicaram apenas uma única revista, como a Maceca, por exemplo, até as maiores do ramo. O livro narra um pouco da história do tumultuado e conturbado mercado brasileiro de quadrinhos, do qual a Marvel é um dos pivôs dessa verdadeira saga editorial, com direito a declarações colhidas junto a inúmeros profissionais que trabalharam com os quadrinhos Marvel no Brasil, nestas cinco décadas.

                Em um contato rápido, Alexandre Morgado, o autor do livro, respondeu a algumas perguntas feitas pelo HQPRESS a respeito de sua obra, seu desejo de criar este registro dos quadrinhos Marvel em nosso país, e um pouco sobre os desafios enfrentados no processo de sua criação. Confiram:

HQPRESS: Há quanto tempo você, Alexandre Morgado, é colecionador de quadrinhos?

Alexandre Morgado: Leio desde os seis anos, por estímulo do meu pai, que comprava as revistas quando era criança. A partir dos 12 anos (em 1990) comecei a colecionar de fato. E desde essa época não parei mais!!!

HQPRESS: O que o motivou a criar esta obra?

Alexandre Morgado: No final de 2015 consegui realizar um sonho antigo. Completei tudo que foi publicado da Marvel no Brasil. A última revista adquirida foi "O Tumulo do Conde Drácula" da Editora Saber. Assim que consegui essa edição, foi que pensei em fazer o livro. Começava assim a criação e a elaboração para a confecção dessa obra!!!

HQPRESS: Quais foram as maiores dificuldades na elaboração deste material?

Alexandre Morgado: A maior dificuldade sem dúvida foi conversar com os responsáveis pelas publicações da Marvel no Brasil. Foram mais de 20 pessoas envolvidas, e na maioria dos casos, ficava muito na dependência de receber os e-mails dos envolvidos. Isso atrasou um pouco a criação dos textos, mas graças a Deus, deu tudo certo. Todos os editores e profissionais que conversaram comigo foram super prestativos e atenciosos!!!

HQPRESS: Houve alguns acontecimentos da história da Marvel em nosso país que o surpreenderam?

Alexandre Morgado: Alguns detalhes envolvendo algumas editoras no período da ditadura, e o que essas editoras faziam para se adaptar com as suas publicações. E alguns detalhes envolvendo a Editora Abril, com algumas histórias de alterações forçadas (no caso com a Queda de Murdock e a Graphic Novel dos X-Men: O Conflito de uma Raça) que estão no livro!!!

HQPRESS: Quanto tempo demorou para criar este livro?

Alexandre Morgado: Fiquei todo o ano de 2016 em cima disso, e finalizei os textos em janeiro de 2017!!!

HQPRESS: Na sua opinião, como colecionador de quadrinhos, qual a melhor época vivida pela Marvel no Brasil?

Alexandre Morgado: A história da Marvel no Brasil é tão absurda quanto fascinante. A Marvel desde a sua chegada ao Brasil em 1940 quando era conhecida como Timely quando foi publicada pelo Jornal O Globo até a Panini, foi publicado por 40 editoras. Desde aquela que publicou apenas uma revista até a Panini. Até o fim dos anos 1970 a Marvel foi publicada de qualquer jeito. Somente a Abril, começou com o sincronismo do Universo Marvel. E daí pra frente foi criada um critério de publicação. Mas antes disso, sempre foi uma "terra de ninguém".

HQPRESS: E da Marvel em si?

Alexandre Morgado: Na minha opinião a melhor fase foi o período comandado pelo editor Jim Shooter, entre 1977 a 1988!!!

HQPRESS: O que acha dos quadrinhos atuais, e dos quadrinhos de antigamente? Quais os pontos positivos e negativos das histórias atuais, e as de antigamente?

Alexandre Morgado: Quando falam sobre a Marvel comigo, a primeira coisa que penso é no Jack Kirby, John Romita, John Buscema, Jin Steranko, John Byrne etc. Gosto muito do material clássico. E cresci com os formatinhos da Abril acompanhando o Demolidor do Frank Miller, Warlock do Jin Starlin e os X-Men de John Byrne. Mas entendo que não tem sentido fazer histórias como eram feitos nos anos 60/70. Hoje a Marvel é outra empresa, bem diferente do período clássico. Mas gosto de muitas das coisas que a Marvel vem fazendo ultimamente, como a Jane Foster como Thor e os Vingadores do Jonathan Hickman, por exemplo!!!

HQPRESS: Para finalizar, uma palavra para os marvetes de todo o Brasil sobre o seu livro...

Alexandre Morgado: Esse livro foi feito na unha, na marra, confesso que não foi fácil, mas foi um dos momentos mais prazerosos que tive. Esse livro é de fã para fã e para todos os amantes da nona arte!!!

                Para quem desejar adquirir o livro, que por enquanto não estará disponível para venda nas livrarias, físicas ou on-line, mais conhecidas, e não estiver presente no Festival Guia dos Quadrinhos, a opção é pela internet, através da página oficial do livro no Facebook, no endereço https://www.facebook.com/Marvel-Comics-A-Trajet%C3%B3ria-da-Casa-das-Ideias-no-Brasil-229718234135852/?ref=bookmarks. O preço é o mesmo, R$ 49,90, acrescido de R$ 10,00 para as despesas de envio. Em breve, a obra também estará disponível para venda no próprio site da Editora Laços, que está publicando o livro. O endereço é http://editoralacos.com.br.

                Há muito tempo que os quadrinhos Marvel, ao lado da histórica rival DC Comics, praticamente monopolizam o cenário dos quadrinhos de super-heróis no Brasil, até com mais intensidade do que ocorre no mercado estadunidense, uma vez que aqui, há pouca concorrência de personagens de outras editoras no gênero, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde as duas editoras sofrem a competição de outras empresas menores, mas que possuem seu espaço no concorrido mercado de quadrinhos norte-americano, como Dark Horse, Image, IDW, Dynamite, entre outras, com publicação de diversos títulos de super-heróis.

                Com uma imensa legião de fãs dentre o público leitor, nada mais oportuno do que se aprofundar na história da publicação dos quadrinhos da Casa das Idéias em nosso país, e conhecer todos os detalhes desta saga que pode ser considerada uma aventura tão épica ou heróica como as próprias histórias dos super-heróis criadas pela editora. É um excelente lançamento voltado para um setor do mercado muito pouco explorado em nosso país, o dos livros dissertativos sobre o mundo dos quadrinhos, que fazem muita falta para boa parcela do público leitor que não quer ficar apenas restrito a ler os quadrinhos propriamente, mas entendê-los e saber tudo o que acontece em seus bastidores, e as repercussões e influências que este ramo artístico provoca, o papel que ele desempenha na indústria cultural, e tudo o mais. E um título que deve constar na estante de todo fã amante dos quadrinhos, seja ele um marvete ou não.

PIXEL LANÇARÁ QUADRINHOS DE POWER RANGERS

                Preparem-se, fãs! É hora de morfar! Com um novo filme estreando nos cinemas, contando em novas bases a história de cinco jovens adolescentes que acabam escolhidos por um guardião chamado Zordon para defender a Terra, este pode ser considerado o ano dos Power Rangers. E, para os brasileiros, além de poderem assistir ao novo filme nos cinemas, a editora Pixel Media anunciou que estará lançando as primeiras aventuras da nova série de quadrinhos produzida com os heróis coloridos.

                MIGHTY MORPHIN POWER RANGERS – RANGER VERDE – ANO UM, é o nome da edição especial que a editora carioca estará lançando no mercado nacional agora em abril. A edição, com cerca de 128 páginas, em formato americano, com capa dura, tem preço de R$ 44,90, e compila as primeiras 5 edições da série mensal Mighty Morphin Power Rangers, lançada no ano passado pela Boom! Studios, com 13 edições lançadas até o presente momento. Os roteiros são de Kyle Higgins e Steve Orlando. Os desenhos ficam a cargo de Hendry Prasetya, com arte-final de Corin Howell.

                As aventuras focam o primeiro período da franquia Power Rangers, a Mighty Morphin, que estreou em 1993 na TV americana, produzida pela Saban Entertainment, montada em cima da série Super Sentai Zyuranger, exibida na TV japonesa no ano anterior. Haim Saban editou o seriado japonês original, tirando as cenas com os atores nipônicos, e substituindo-as por cenas com um elenco americano. As histórias foram reescritas, aproveitando-se apenas as cenas de luta dos heróis uniformizados e os vilões da série, com nomes ocidentais. A série foi um estouro de audiência, fazendo sucesso em inúmeros países para onde foi exportada, inclusive no Brasil. Desde então, a série já teve diversas “fases”, correspondentes às adaptações feitas em cima das várias séries Super Sentai produzidas no Japão. O sucesso rendeu ainda nos anos 1990 dois filmes para cinema, ambos exibidos no Brasil. Durante um tempo, a série foi propriedade da Disney, que havia adquirido a franquia ao comprar a Saban, mas muitos anos depois, Haim Saban recomprou a série de volta, em um momento de baixa popularidade, para fazê-la novamente popular, e seguindo firme até hoje.

                No ano passado, a Boom! Studios iniciou a publicação de uma série mensal de quadrinhos baseada na primeira fase da franquia, com bons resultados de vendas, apresentando novas aventuras dos heróis que se passam paralelas às aventuras mostradas no seriado de TV. O sucesso da empreitada motivou até a criação do primeiro cross-over dos Power Rangers nos quadrinhos, onde os discípulos de Zordon encontraram ninguém menos do que a Liga da Justiça, a mais poderosa equipe de heróis do Universo DC. E, com o novo filme que acabou de estrear nos cinemas, e vem obtendo bons resultados, a editora americana também resolveu lançar HQs baseadas na nova produção cinematográfica.

                Mas, enquanto nos Estados Unidos a franquia está bombando, seja nos cinemas, TV ou quadrinhos, chegou a hora dos fãs brasileiros da série, velhos e novos, terem a oportunidade de acompanharem as primeiras histórias da nova série de quadrinhos dos personagens, que aqui ganhou o subtítulo “Ranger Verde – Ano Um”. A história se passa logo após os eventos que transformaram Tommy no Ranger Verde, pelas mãos da vilã Rita Repulsa, para ser sua arma secreta para acabar com os Power Rangers que tanto viviam atrapalhando seus planos. Após alguns combates, os heróis conseguem libertar Tommy do domínio de Rita, e agora o quinteto de heróis conta com um novo e poderoso membro, que comanda o poderoso Dragonzord, fazendo companhia ao Megazord de combate utilizado pelos defensores de Alameda dos Anjos. E é neste ponto que a história começa: Tommy ainda está se acostumando à idéia de ser um Power Ranger, e as responsabilidades que isso lhe traz, enquanto os demais tentam conciliar suas vidas de adolescentes comuns com suas atividades de super-heróis, sem despertarem suspeitas de suas identidades, ao mesmo tempo em que têm de lidar com a repercussão da mídia sobre suas atividades.

                Contando com a presença, praticamente obrigatória, dos atrapalhados Bulk e Skull, que tentam produzir eles mesmos suas próprias reportagens sobre os misteriosos heróis que surgiram na cidade, os jovens tentam tocar suas vidas. Mas, obviamente, como toda vilã que se preze, Rita Repulsa não desiste fácil, e ela não vai permitir que seus maiores inimigos desfrutem tão facilmente da ajuda de seu mais novo integrante, e Tommy verá que, embora esteja livre do domínio da vilã, ele está longe de poder ficar tranquilo com relação a isso. E os demais Rangers, por sua vez, também tem de se adaptar ao seu novo integrante, a quem ainda não conhecem totalmente, e tem seu próprio modo de conduzir as coisas. E não será difícil que estas tentativas de criar um clima mais próximo e cordial entre todos eles acabe esbarrando em dificuldades de ambos os lados, tornando mais complicada a convivência dos heróis adolescentes entre si.

                O acabamento gráfico da edição nacional é muito bom, e além de trazer de uma só vez o primeiro arco de aventuras da série completo, ainda brinda os leitores e fãs com uma apresentação do produtor executivo da série Power Rangers, Judd Lynn, mostrando como os heróis multicoloridos conquistaram o mundo desde sua primeira apresentação, praticamente 24 anos atrás, e mesmo passando por vários altos e baixos, continuam firmes até hoje. O lançamento da Pixel é o primeiro revista exclusiva de quadrinhos com os Power Rangers. Na década de 1990, bem como nos anos 2000, várias edições sobre os Power Rangers acabaram sendo lançadas em nosso país, mas eram basicamente revistas de atividades infantis, que por acaso traziam algumas histórias em quadrinhos simples dos personagens, em suas vária fases, como por exemplo “Power Rangers – A Revista”, publicada pela Editora Abril, com 33 números lançados na segunda metade da década passada. Há alguns anos atrás, a Editora Alto Astral chegou a lançar também duas edições “oficiais” de atividades com os personagens, que também traziam algumas histórias em quadrinhos com os heróis nas fases Samurai e Super Samurai.

                Mas nada comparado às histórias desenvolvidas pela Boom! Studios, que conseguiu manter o clima visto no seriado de TV, e deixá-lo muito mais sério e complexo, sem desvirtuar os personagens. Não por acaso estas novas aventuras conseguiram não apenas agradar aos velhos fãs que assistiram esta fase inicial da produção, mas conquistar vários novos fãs, mostrando que os Power Rangers ainda têm muita lenha para queimar, desde que bem explorados e desenvolvidos. E chegou a hora dos fãs nacionais poderem curtir estas novas aventuras, que chegam ao nosso mercado de quadrinhos no momento mais oportuno possível. E, com o possível sucesso desta edição de estréia, quem sabe a Pixel não traz a demais aventuras que estão sendo produzidas pela editora americana? Para não falar, obviamente, do cross-over dos heróis com a Liga da Justiça... Em contato obtido pelo site Mega Power Brasil (www.megapowerbrasil.com), que inclusive colaborou na tradução e adaptação deste material, a Pixel já adiantou que tem realmente planos de trazer as demais aventuras dos heróis multicoloridos, ficando apenas na expectativa do retorno de vendas desta edição para dar seguimento ao projeto. Portanto, é hora de todos os fãs da série se unirem, e garantirem o sucesso deste lançamento feito pela editora carioca. Go, Go, Power Rangers!

DYNAMITE REPUBLICARÁ HISTÓRIAS CLÁSSICAS DE XENA

                Xena, a princesa guerreira, ganhou recentemente novas aventuras em quadrinhos publicadas nos Estados Unidos pela Dynamite Entertainment, para alegria dos fãs da personagem, cujo seriado, produzido a partir da série Hércules, foi exibida na TV dos Estados Unidos entre 1995 e 2001, totalizando 134 episódios em 6 temporadas. No auge do sucesso do seriado, as aventuras da personagem já tinham ganhado adaptações em quadrinhos, primeiro pela editora Topps, e pouco depois, pela Dark Horse, que produziram inúmeras aventuras, ajudando a expandir a fama do seriado. Pois parte deste material estará sendo relançado pela Dynamite, no mês de maio, para alegria dos fãs, que há muito esperavam pela chance de rever este material.

                XENA, WARRIOR PRINCESS: THE CLASSIC YEARS OMNIBUS VOL.1 TRADE PAPERBACK será uma edição com capa dura, em formato americano, com cerca de 360 páginas, ao preço de cerca de US$ 30,00, compilando 14 edições da série mensal de Xena, publicada pela Dark Horse durante os anos de 2000 e 2001. O ponto positivo desta edição é que ela abrange três arcos completos de histórias publicadas na época: "The Warrior Way of Death", "Slave", and "Blood and Shadows". A arte da capa é de Arthur Adams, e as histórias tem argumentos de John Wagner e Ian Edginton. Os desenhos das aventuras ficaram a cargo de Joyce Chin, Clint Hilinski, Davide Fabbri, e dos brasileiros Mike Deodato Jr., Ivan Reis, e Fabiano Neves.

                Estas histórias se passam simultaneamente aos acontecimentos mostrados na série de TV, durante a quinta e a sexta temporada. É hora de acompanhar novamente as aventuras de Xena e de sua amiga Gabrielle, enfrentando os mais diversos perigos e adversários, bem ao estilo das histórias que fizeram da série de Tv sucesso no mundo inteiro. E este promete ser apenas o primeiro volume trazendo estas histórias antigas de Xena. A Dynamite tem planos de trazer novamente aos leitores muito mais deste material, produzido há quase 20 anos atrás.

                Xena foi uma personagem introduzida na série de TV Hércules: A Jornada Lendária, estrelada por Kevin Sorbo. Uma guerreira impiedosa, Xena ambicionava vencer Hércules e aumentar a sua fama de guerreira, já alta por inúmeras batalhas que travou, e infelizmente, com muitas mortes e atos cruéis. Ao ser vencida pelo herói, contudo, ele a fez confrontar seus atos perversos, e dali em diante, Xena passou a lutar para defender os fracos, procurando redimir-se de seus pecados. A personagem ganhou muitos fãs, o que motivou a Universal, produtora da série Hércules, a aproveitar a oportunidade, com Xena ganhando sua própria série, e logo no início, também uma amiga, Gabrielle, que passa a acompanhá-la para testemunhar seus feitos em busca de espiar seus pecados.

                O Brasil foi apenas mais um dos países onde a série foi exibida, tanto na Tv aberta quanto na Tv por assinatura. As aventuras em quadrinhos de Xena já chegaram a ser publicados em nosso país. Em 2001, a editora Atlantis lançou quatro edições nas bancas, publicando uma história completa em três partes nas primeiras três edições, e deixando a história iniciada na quarta edição sem conclusão. Este material havia sido produzido pela Topps Comics, a primeira editora a lançar aventuras em quadrinhos da personagem. De lá para cá, entretanto, Xena nunca mais teve suas histórias em quadrinhos lançadas no Brasil. Todas as aventuras lançadas pela Dark Horse, bem como as novas produções criadas pela Dynamite Entertainment seguem completamente inéditas em nosso país.

                Apesar da fama que Hércules e Xena tiveram em nosso país, isso não se refletiu no lançamento das séries no mercado de vídeo. Hércules teve apenas seus telefilmes, que deram início à série de TV lançados nos anos 1990, ainda nos tempos do VHS, e início do DVD, tendo inclusive um lançamento compilando os primeiros encontros de Hércules e Xena. A princesa guerreira ainda teve a sua primeira temporada lançada em DVD pela Universal por aqui, mas ficou apenas nisso. Já Hércules não teve nenhuma de suas temporadas lançadas no Brasil. O máximo que tiveram foi o lançamento, m VHS, da animação Hércules e Xena: a Batalha do Monte Olimpo, e nada mais.

                Portanto, não é de se estranhar que as aventuras em quadrinhos da série não tenham sido lançadas por aqui. Nos últimos tempos, contudo, vários materiais da Dynamite tem saído no Brasil através da Mythos Editora, e quem sabe, em um golpe de sorte, não temos a esperança de vermos alguma parte deste material sair por aqui? Sonhar ainda é permitido, e a variedade de quadrinhos lançada atualmente em nosso país até permite que possamos pensar na possibilidade. E, se o estado geral de nossa economia melhorar, quem sabe isso não vira realidade? Aguardemos, portanto. Mas, como é bom lembrar, seguro já morreu de velho muitas vezes por aqui, então, não criemos expectativas exageradas...