sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

GASPARZINHO GANHA NOVA SÉRIE EM QUADRINHOS



                Mais um personagem clássico dos quadrinhos está retornando em uma nova série, agora pela American Mithology Productions. Trata-se de Gasparzinho, o fantasminha camarada, cuja primeira edição de sua nova série mensal chega este mês às comic shops dos Estados Unidos. A nova publicação será no tradicional formato americano, com o título de CASPER &..., com Gasparzinho a dividir o título da publicação com outro personagem. Para a primeira edição, a personagem convidada será Wendy, uma bruxinha igualmente boa, e que assim como Gasparzinho, não deseja fazer o mal a ninguém. Quem também irá dividir o título será Brasinha, o diabinho. Cada edição, ao preço de US$ 3,99, trará várias histórias de Gasparzinho e de seus convidados.
                Criado em 1939 em um livro infantil, Gasparzinho (Casper, no original) ganhou sua primeira aventura animada em 1945, e suas primeiras histórias em quadrinhos em 1949. Diferente dos outros fantasmas, Gasparzinho só quer fazer amigos, mas é algo complicado de fazer, quando se é um fantasma, e quando todos notam o que ele é, acabam saindo correndo em disparada, já que ele é um fantasma. De lá para cá, o personagem já ganhou várias séries animadas, e até filmes com atores. A maioria de suas histórias e animações foram sob o selo da Harvey Productions. A nova série em quadrinhos vem pela American Mithology Productions, que se dedica a produzir quadrinhos de personagens históricos e /ou séries licenciadas, como por exemplo, a atual série de quadrinhos dos Três Patetas, a primeira a utilizar as feições originais dos atores que tornaram o trio de humoristas um dos mais famosos da história da TV e do cinema. Eles também lançaram uma nova série com a Pantera Cor-de-Rosa, e o Inspetor, personagens clássicos que há muito andavam sumidos do mercado de quadrinhos.
                O time criativo da nova série terá roteiros de Jenni Gregory, com desenhos de S.A. Check e Jeff Scherer, e capas de Adrian Ropp, entre outros profissionais que estarão envolvidos com a produção das novas histórias. E cada edição terá várias opções de capas, de acordo com as preferências dos leitores, à disposição nas comic shops dos Estados Unidos.
                No Brasil, Gasparzinho foi publicado por diversas editoras, como a Vecchi, Abril, Globo, Devir, e mais recentemente, a Pixel Media, que mantinha uma publicação regular do personagem, e de seus amigos, mas que acabou cancelada devido às baixas vendas, há alguns anos. Mas o título de maior duração do fantasminha camarada em bancas tupiniquins foi com a editora O Cruzeiro, que publicou uma revista regular do personagem de 1962 a 1972, tendo durado 127 edições. Em 1974, o personagem passou para a Vecchi, com uma nova revista que durou até 1981, com 90 edições. Dali em diante, Gasparzinho teve mais baixos que altos nas publicações por outras editoras.
                Enquanto aqui no Brasil, Gasparzinho e seus amigos amargam o ostracismo nestes tempos mais recentes, é bom ver que os leitores americanos poderão ter acesso a novas histórias do fantasminha camarada e seus amigos, ajudando a oferecer mais opções de leitura para os fãs de quadrinhos. Quem sabe um dia estes personagens voltam a ser lançados por aqui, e possamos acompanhar este novo material que estará saindo nos Estados Unidos? Sonhar ainda é de graça, e sem sonhos, não há esperança...

NOVA “BESOURO VERDE” ESTRÉIA NOVA SÉRIE DA DYNAMITE



                Um dos mais clássicos heróis do portfólio da Dynamite Entertainment terá uma nova série regular a partir de março de 2018, e será ninguém menos do que o Besouro Verde, personagem que aqui no Brasil ficou sendo mais conhecido pela série de TV produzida pela Fox nos anos 1960, estrelada por Van Williams e Bruce Lee como os personagens Besouro Verde e Kato, respectivamente. Mas a nova série da Dynamite mostrará uma “nova” Besouro Verde, e terá os roteiros de Amy Chu, que tem em seu currículo de trabalhos as séries de Red Sonja, KISS, e Hera Venenosa. O anúncio foi feito pela Dynamite em release no último dia 19 de dezembro. Para desenhar as novas aventuras, a série contará com o artista alemão Erramouspe. A nova série terá periodicidade mensal, e preço de US$ 3,99, e a nova série também estará dissponível para ser adquirida em formato digital.
Britt Reid Jr., o descendente do Império editorial do Sentinela Diária, desaparece durante uma festa selvagem à qual foram convidado no iate de um amigo. Enquanto isso, a criminalidade está em alta nas ruas de Century City, ainda mais agora que os bandidos descobrem que, por algum motivo, o temido vigilante conhecido como Besouro Verde está ausente. É apenas uma questão de tempo antes que alguém somedois mais dois, e acabe descobrindo que o desaparecimento de Britt Reid Jr. e o do Besouro Verde possam ter alguma conexão. Portanto, para preservar não apenaso segredo de Britt, mas manter a paz dos cidadãos decentes de Century City, Kato, ex-parceiro do pai de Britt, e sua filha Mulan, entrarão em ação para proteger a cidade e o legado do Besouro Verde, enquanto tentam descobrir o que aconteceu com Britt. A escritora Amy Chu reinicia a série do ponto onde Kevin Smith a finalizou, com um enredo cheio de açãoe mistério!
E Amy Chu não esconde o entusiasmo em poder trabalhar nesta nova série: "O Besouro Verde foi um dos principais títulos da minha lista de possibilidades para escrever, então estou realmente emocionada de poder fazê-lo. Estive ouvindo os antigos programas de rádio dos anos 30 e tentando trazer de volta a alguns dos elementos do personagem que o tornaram popular nos anos 1930. Mas isso não é uma apenas uma viagem de nostalgia pura - há muitas reviravoltas modernas. A geração de meus pais em Hong Kong gostava do Besouro Verde por causa da presença de Bruce Lee como Kato, então estou tecendo em uma ação sólida de artes marciais também".
De sua parte, Erramouspe também está empolgado para começar a trabalhar na nova série do Besouro Verde. "Quando eu li o início do roteiro para a primeira edição desta nova série, Amy Chu me propôs que pudéssemos fazer esta versão do Besouro Verde com um estilo noir, algo na linha da pintura de Eduard Hopper Nighthawks . Hopper é um dos meus artistas favoritos, então, com isso em mente, eu sei que este primeiro capítulo vai ser realmente estimulante para mim quando eu vou para a mesa de desenho começar a trabalhar! Eu posso dar a Kato e o Besouro Verde um sentimento bem sombrio, pois são dois personagens que eu gosto muito, e estou realmente muito animado para desenhá-los! Espero que os leitores possam desfrutar desse novo começo tanto quanto eu estou gostando de desenhar! E sinto como a noite será tingida em um verde muito mais escuro novamente!", declarou.
"Estamos muito orgulhosos de assumir novamente o mundo de um dos personagens mais amados e eternos do mundodos quadrinhos com a nossa nova série do Besouro Verde", afirmou Nick Barrucci, CEO e editor da Dynamite Entertainment. "E com a sempre talentosa Amy Chu no leme, estamos certos de que esta série será uma das maiores histórias de sucesso de 2018!", conclui.
Para a estréia da nova série do Besouro Verde, a primeira edição terá nada menosdo que quatro capas, apresentando os talentos de Mike Choi (X-Men , Cable ), Carli Ihde (KISS/Vampirella, Sheena), Mike McKone (The Amazing Spider-Man, The Avengers, Iron Fist) e CP Wilson III (Deadpool, GI Joe, The Shadow). Portanto, os fãs que se preparem para as novas aventuras da defensora da justiça de Century City.
Surgido em programas de rádio na década de 1930, o Besouro Verde é quase totalmente desconhecido no Brasil, que conheceu o personagem pela série de TV produzida por William Dozier, nos anos 1960, produzindo inclusive um cross-over onde o Besouro Verde e seu auxiliar Kato visitam Gotham City e se encontram com Batman e Robin, a dupla dinâmica, em um episódio duplo da série do cruzado embuçado e do garoto prodígio. O seriado, infelizmente, não conseguiu boa audiência, sendo cancelado ao fim de sua primeira e única temporada. Recentemente, a Dynamite Entertainment assumiu a licença para produzir aventuras em quadrinhos do personagem, material que segue quase completamente inédito no Brasil, com exceção de duas edições lançadas recentemente pela Mythos Editora, Besouro Verde – Ano Um, e Cavaleiros das Trevas – O Sombra e o Besouro Verde. Isso dá alguma esperança de que a editora lance mais histórias por aqui, mas não é garantia de que o material venha a ser lançado. Mas, a esperança é sempre a última que morre, não é? Então, aguardemos por alguma notícia positiva a respeito deste material para o futuro...

BUCK ROGERS GANHA LANÇAMENTO COMPLETO EM DVD



                Os fãs de séries clássicas terão um início de 2018 bem concorrido, com alguns lançamentos bem interessantes chegando ao mercado de vídeo nacional, através da Vinyx Multimídia, que está se esmerando em conseguir lançar e/ou relançar alguns materiais bem raros e cultuados pelos amantes de antigas produções da TV e do cinema. E em janeiro e fevereiro do próximo ano, quem irá comemorar serão os fãs de um dos mais icônicos personagens da ficção científica: Buck Rogers.
                Criado em 1928 como personagem de novelas pulps, Buck Rogers foi um dos primeiros heróis de ficção científica a explorar conceitos de aventuras no espaço e viagens interplanetárias. Chamado inicialmente de Anthony Rogers, seu nome seria mudado posteriormente para Buck Rogers, iniciando uma série de tiras de quadrinhos em jornais na primeira metade dos anos 1930 que alcançou relativo sucesso, a ponto do personagem também ter estrelado aventuras em quadrinhos em publicações da época. O sucesso do personagem, aliás, motivou Alex Raymond a criar um personagem similar, que também vivia suas aventuras no espaço: Flash Gordon, que se tornaria sua maior criação, e um rival de peso para Buck Rogers e suas aventuras no longínquio Século XXV. Ao fim da década, o personagem ganharia sua primeira série, exibida nos cinemas da época.
                Em 1979, o personagem voltaria a ganhar um seriado paraTV, produzido pela Universal, com o título de BUCK ROGERS NO SÉCULO XXV. Estrelada por Gil Gerard no papel-título, a série mostrava como o astronauta de uma sonda experimental lançada no ano de 1987 se perdia no espaço, ocasionando um incidente que o manteve congelado por mais de 500 anos, até sua nave retornar ao sistema solar, e dar de cara com a  nave-mãe Dracônia, do Império Draconiano, que visava conquistar a Terra. Revivido para ser usado como um peão pela princesa Ardala, Buck retorna à Terra, apenas para descobrir que o mundo que conhecera não existia mais. Incriminado por sua associação involuntária com os draconianos, Buck prova sua inocência ajudando a destruir Dracônia, e salva a Terra de uma invasão imininente. Inocentado, Buck é convidado pelo Diretoria de Defesa da Terra, comandando pelo Doutor Elias Heuer (Tim O’Connor), a colaborar com eles em missões especiais que envolvam seus talentos incomuns para o futuro no século XXV. Tendo como parceria de aventuras a coronel Wilma Deering (Erin Gray), Buck inicia sua nova vida no futuro, ajudando a Terra a enfrentar os mais variados perigos.
                Conduzida por Glen A. Larson, a primeira temporada de Buck Rogers no Século XXV contou com 24 episódios, dos quais os dois primeiros compõem o episódio-piloto da série (“O Despertar”), exibido primeiro nos cinemas, aproveitando a onda de ficção científica detonada com o primeiro filme de Guerra nas Estrelas, seguido posteriormente pelas incursões cinematogáficas de Jornada nas Estrelas, e Galáctica – Astronave de Combate, esta também transformada em seriado para TV. A Universal se aproveitou das tecnologias de efeitos especiais desenvolvida para rodar Galactica para produzir a nova série de Buck Rogers, que teve um sucesso razoável, e ganhou uma segunda temporada, em 1980. A primeira temporada da série contou com várias participações especiais em suas aventuras, com destaque para o episódio duplo “O Planeta da Garota Escrava”, que contou com nomes com Jack Palance, interpretando o vilão Kaleel, Roddy McDowall, com destaque para a presença de Buster Crabe interpretando o Brigadeiro Gordon, que se junta à força de defesa terrestre para auxiliá-la na defesa dos invasores iminentes. Ocorre uma homenagem dupla com a presença de Crabe, uma vez que seu personagem na aventura é uma referência ao ator ter interpretado ninguém menos do que Flash Gordon nos velhos seriados de cinema dos anos 1940, mas também pelo fato dele também ter sido o Buck Rogers da série de cinema de 1939, promovendo-se então um encontro do “antigo” Buck Rogers com o “novo” Buck Rogers, quando em meio ao combate, ambos conversam entre si, e Buck pergunta ao Brigadeiro Gordon onde ele havia aprendido a pilotar tão bem, pelo que o Brigadeiro responde que ele “fazia” aquilo muito antes dele nascer, e que eram de “épocas diferentes”.
                Na temática da série, Buck se aproveitava de seu charme para seduzir as mulheres do inimigo, ou potenciais aliadas, tendo sempre ao seu lado seu companheiro-robô Twiki, interpretado por Felix Silla, e cuja voz na versão original era feita por ninguém menos que Mel Blanc, que havia sido a voz do coelho Pernalonga. Entre os inimigos enfrentados, a princesa Ardala (Pamela Hensley), que armava novas tentativas de conquistar a Terra, era a mais frequente, para não mencionar que ela tinha uma queda pelo capitão Rogers, a quem queria ter como marido. Para a segunda temporada da série, mudaram muita coisa, com Buck agora a integrar as forças de uma nave de pesquisa intergaláctica, deixando a Terra para trás. Com novos personagens e uma nova abordagem, a segunda temporada contou com apenas 13 episódios, que com a audiência despencando, devido à qualidade inferior das histórias em relação à primeira temporada, acabou cancelada. No Brasil, as duas temporadas foram exibidas inicialmente pela TV Globo ainda na primeira metade dos anos 1980, sendo posteriormente reprisada pela TV Record, e nos anos 1990 pela TV Manchete. Na década passada, o canal pago TCM reprisou as duas temporadas de Buck Rogers, que agora em 2018 poderão ser revistas na íntegra no lançamento da Vinyx Multimídia.
                BUCK ROGERS NO SÉCULO XXV – A PRIMEIRA TEMPORADA COMPLETA será lançado em janeiro, em uma caixa com três estojos plásticos, com 9 discos, contendo toda a primeira temporada, com opções de áudio em inglês e apresentando a dublagem em português original da Herbert Richers, além de opção de legendas em inglês e português. Não foram divulgados extras no box. BUCK ROGERS NO SÉCULO XXV – A SEGUNDA TEMPORADA COMPLETA, pelo cronograma, será lançado pela distribuidora em fevereiro, e terá 5 discos em dois estojos plásticos na caixa, trazendo todos os 13 episódios da segunda temporada com iguais opções em inglês e português tanto em áudio quanto em legendas. Assim como o primeiro box, este segundo, que fecha a série, também não terá extras.
                Até o fechamento desta matéria, a distribuidora não havia divulgado os valores de venda dos dois boxes, que até o presente momento, ainda não constavam em pré-venda nas lojas virtuais, mas é apenas uma questão de tempo até que ambos os produtos estejam disponíveis para compra, para felicidade dos fãs do personagem que gostaram da série, apesar de sua época, e do modo como ela envelheceu após mais de 35 anos de sua produção. Buck Rogers voltou a ganhar novas aventuras em quadrinhos em tempos mais recentes, mas em se tratando de cinema ou TV, este seriado da Universal ainda é a produção mais recente do clássico personagem, e merece ser apreciado por seus fãs, e quem sabe, ser descoberto por outros amantes de seriados antigos, e/ ou fãs de ficção científica. O seriado nunca foi unanimidade, e nem é uma obra-prima do gênero, mas quem sabe ainda possa divertir quem se interessar em assisti-lo, agora com este lançamento em DVD, que era há muito esperado pelos fãs de séries clássicas em nosso país, que continuam esperando a oportunidade dereverem inúmeras outras séries, entre as quais algumas que a Vinyx está surpreendendo em trazer para o mercado nacional de vídeo, para felicidade destes grupos de fãs.