Aproveitando
que pelo segundo ano o artista Frank Miller estará no Brasil, participando da
Comic Com Experiente, neste mês de dezembro, eis que a Panini Comics resolve
republicar duas obras da carreira do artista, que já mereciam uma republicação,
uma vez que saíram pela última vez nas bancas nacionais há mais de 10 anos
atrás.
Um
deles é RONIN – EDIÇÃO DEFINITIVA, compilando a minissérie em seis edições produzida
por Miller entre 1983 e 1984, para a editora americana DC Comics, com clara
inspiração nos mangás, os quadrinhos japoneses, em especial a aclamada obra de
Kazuo Koike, “Lobo Solitário”. Em um passado distante, um importante senhor do
Japão antigo é eliminado por uma entidade de puro e absoluto mal chamada Agat.
Um jovem guerreiro jura vingança e torna-se um samurai sem mestre – um ronin –
preso em uma luta eterna contra o demônio que assassinou seu patrono. Uma luta
que não terminará nem mesmo com sua morte, sem conseguir realizar o seu
intento. Pulando centenas de anos adiante, em um futuro próximo, uma grande
corporação da selva urbana de Nova York está se preparando para lançar uma
mortal nova tecnologia, e um infantilizado telepata e uma corajosa chefe de
segurança são as únicas coisas em seu caminho. Quando esses dois mundos colidem
inesperadamente, sonhos e realidade se misturam em uma apocalíptica batalha
final – e, no coração desse caos, um solitário guerreiro do passado,
reencarnado no corpo de um deficiente físico, enfrentará o maior dos testes à
sua fidelidade, tendo de resolver uma antiga pendência do passado que continua
a atormentá-lo, ao mesmo tempo em que tem de enfrentar desafios dos tempos
deste futuro.
Frank Miller já era um nome respeitado pelo trabalho
desenvolvido no título do Demolidor, para a Marvel Comics, e conseguiu criar
uma história tão original e audaciosa quanto a que marcaria seu currículo em
1986, a minissérie “Cavaleiro das Trevas”, assinando não apenas o roteiro, mas
também a arte de toda a história. No Brasil, a minissérie foi lançada pela
Editora Abril em 1988, primeiro no formato americano original, de 6 edições, e
depois em uma edição encadernada. A mesma Abril relançaria Ronin em 1991 e
1992, mantendo o formato original da primeira publicação de 1988. Depois, a
obra só seria relançada no Brasil em 2003, agora pela Opera Graphica, que
compilou a minissérie em 3 edições, também em formato americano. Dois anos
depois, a Opera faria o último relançamento da série no Brasil até então,
colocando toda a minissérie em uma única edição encadernada, com
aproximadamente 290 páginas.
A
nova edição, que a Panini está lançando, vem no tradicional formato americano,
com tamanho 18,5 x 27,5 cm, com direito a lombada quadrada e capa dura, com
miolo em papel couché, e terá distribuição nacional. E com nada menos do que
340 páginas, com a possibilidade de trazer alguns extras sobre a minissérie. O
preço da edição será de R$ 92,00, valor que pode assustar alguns potenciais
leitores, em razão do momento delicado da economia nacional.
A
outra obra é ELEKTRA ASSASSINA, publicada como uma minissérie em 8 edições em
1986, pela Marvel Comics, em que Frank Miller retoma a personagem que criou
para a série do Demolidor, anos antes. Elektra Natchios, a ninja assassina
treinada pelo Tentáculo, está de volta numa aventura que se passa antes dos
eventos de sua morte no título do Homem Sem Medo, repleta de ação e mistério, com
pitadas de humor negro e grandes reviravoltas, promovidas pela mente de Miller,
em parceria com os desenhos de ninguém menos do que Bill Sienkiewicz. Na trama,
quando uma estranha mulher chega inconsciente às praias de um pequeno país da
América do Sul, eventos terríveis começam a acontecer. Dois policiais são
estrangulados. Um diplomata é assassinado. Um agente da Shield é brutalmente
desmembrado. A ninja está de volta à ativa… e com um sentimento de ódio sem
paralelo. É preciso descobrir o que está acontecendo, e Elektra entra em uma
sucessão de acontecimentos onde nada é o que parece ser, e com a própria Shield
tropeçando nas próprias pernas, onde Nick Fury vê que a organização que comanda
parece um bando de imbecis, caberá à ninja assassina resolver a situação à sua
maneira, e com inúmeras mortes pelo caminho, sejam de inimigos, adversários, e
de quem mais ter o azar de cruzar com o caminho de Elektra.
A
minissérie da ninja chegou ao Brasil em 1988, pela Editora Abril, que a lançou
em 4 edições em formato americano, com cada edição nacional trazendo o
equivalente a duas edições americanas. No ano seguinte, a Abril republicaria a
minissérie, agora compilada em um único volume. A história só ganharia
republicação em 2005, quando a própria Panini também compilaria a minissérie em
uma edição encadernada, que agora está sendo relançada pela editora
multinacional italiana, também no formato americano, tamanho 17 x 26 cm,
lombada quadrada e capa dura, e 264 páginas, pelo preço de R$ 68,00.
Além
de serem obras que mereciam seus devidos relançamentos, vale lembrar que não é
apenas Frank Miller que estará presente na CCXP deste ano: Bill Sienkiewicz,
desenhista de Elektra Assassina, também será uma das estrelas internacionais da
área de quadrinhos que estará presente ao evento de 2016. Uma oportunidade e
tanto para os fãs não apenas conseguirem adquirir (ou readquirir) estas obras,
como ainda conseguirem os autógrafos dos respectivos artistas que as
conceberam. Ponto para a Panini, que só peca por fazer o relançamento destas
duas obras muito em cima da hora, de modo que pode ser que nem todos os
leitores consigam adquirir as obras em tempo hábil para batalharem pelos
autógrafos na convenção que começa no próximo dia 1° de dezembro, em São Paulo,
indo até o dia 4.
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