domingo, 27 de novembro de 2016

CCXP 2016: CONFIRAM ALGUMAS DAS ATRAÇÕES



                Aproxima-se a maior convenção destinada à cultura pop/nerd do Brasil. A Comic Com Experience, ou simplesmente CCXP, acontece nos próximos dias 1 a 4 de dezembro. O local do evento será o mesmo das duas edições anteriores, O São Paulo Exhibition & Convention Center, localizado no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, capital, ao lado da Rodovia dos Imigrantes. O evento, em sua terceira edição, prevê receber um público superior a 180 mil visitantes em seus quatro dias de realização, depois de ter tido mais de 140 mil pessoas na edição de 2015. E para este ano, a CCXP irá ocupar todo o espaço do pavilhão de exposições e eventos, contando com cerca de 115 mil metros quadrados, um aumento de 80% em relação ao espaço usado no ano passado.
                Os ingressos para o evento começaram a ser vendidos já no mês de abril, e as permanentes para os quatro dias do evento já estão esgotados, bem como os ingressos individuais para o dia 3 de dezembro, sábado. As vendas on-line para o evento se encerraram no último dia 25 de novembro, e os ingressos restantes estarão à venda nas bilheterias do evento. Os valores são de R$ 150,00 para os dias 1 ou 2 (quinta ou sexta-feira), e de R$ 200 para o dia 4 (domingo). Estes valores já são correspondentes à meia-entrada, e para ter direito a eles, é necessária a doação de um livro, que será doado a instituições, prática já utilizada nas edições anteriores da convenção. Estes ingressos estarão disponíveis enquanto durar o estoque restante. Estudantes, professores, aposentados, idosos, e portadores de necessidades especiais também terão direito à meia-entrada, desde que apresentem documentos de sua condição correspondente às permissões da meia-entrada.
                Situado a praticamente um quilômetro do Terminal do Jabaquara, o evento contará com transporte gratuito de vans até os portões do evento durante todos os quatro dias da CCXP. Haverá estacionamento ao lado do Expo Exhibition Center, para quem for de carro para o evento. Mas a melhor opção de transporte deverá ser o metrô, que conta com estação da linha Norte-Sul junto ao Terminal Rodoviário do Jabaquara, que também conta com terminal de ônibus urbano, onde passam várias linhas de ônibus circulares, tanto municipais quanto intermunicipais da Grande São Paulo.
                E, como não poderia deixar de ser, a CCXP contará com a presença de inúmeros profissionais da área da cultura pop/nerd. Vários estúdios, como Fox, Disney. Sony e Warner, estarão novamente presentes na convenção, mostrando suas últimas produções, e trazendo alguns artistas para contato com os fãs. A Netflix, o mais conhecido serviço de streaming mundial, que já esteve presente nas edições anteriores, também estará novamente presente, divulgando seus últimos lançamentos no seu serviço. A distribuidora nacional Paris Filmes, por sua vez, trará ao evento o elenco do novo filme dos Power Rangers, que será lançado nos cinemas em 2017. E os quadrinhos terão no Artist’s Alley o seu recanto exclusivo, onde mais de 300 profissionais da arte sequencial estarão divulgando seus trabalhos, dando autógrafos, e batendo papo com os fãs. Confiram uma pequena seleção dos artistas que estarão presentes na convenção deste ano, e preparem-se para encontrarem com seus ídolos:

# Frank Miller: Um dos grandes destaques da CCXP 2015 estará presente novamente este ano. O artista participará de painel, fotos e autógrafos com os fãs, além de promover o seu mais recente trabalho, a minissérie “O Cavaleiro das Trevas III: A Raça Superior”, continuação da história clássica de sua autoria. Miller participará de sessões de autógrafos e de painel especial sobre a série ao lado do coescritor Brian Azzarello, que também estará participando do evento.

# Bill Sienkiewicz: Desenhista, Bill produziu, em parceria com Frank Miller, histórias clássicas das HQs como “Elektra: Assassina” e “Demolidor: Amor e Guerra”.

# Alan Davis: Inglês, Davis iniciou a carreira desenhando para fanzines em seu país de origem. O sucesso veio depois de ilustrar as histórias do Capitão Britânia, escritas por Alan Moore no inícios dos anos 1980. Os dois artistas formaram uma frutífera parceria, criando a tirinha D.R. and Quinch para a cultuada revista 2000AD. Mais tarde, Davis assumiu os lápis do personagem Marvelman na revista Warrior – publicado nos EUA e no Brasil com o nome de Miracleman -, trabalhando novamente ao lado de Moore. Já emprestou seu traço para títulos do Batman, Liga da Justiça e Legião dos Super-Heróis, todos da DC Comics. Foi na Marvel, porém, que Davis fez história, principalmente ao lado do roteirista Chris Claremont, ao desenhar histórias dos X-Men, Excalibur, ClanDestino, Quarteto Fantástico e Wolverine.

# Brian Azzarello: Natural de Cleveland, Ohio, Estados Unidos, Brian Azzarello iniciou sua trajetória nas histórias em quadrinhos escrevendo para a Northstar, indo logo depois para a DC Comics, onde despontou para o estrelato ao juntar-se a Eduardo Risso para publicar a HQ 100 Balas, lançada pelo selo Vertigo.

# Jae Lee: Vencedor do Prêmio Eisner de 1999 (considerado o “Oscar” dos quadrinhos) na categoria “Melhor Série Nova” por Inumanos, roteirizada por Paul Jenkins. Ele e a premiada esposa, June Chung, são responsáveis, respectivamente, pelo desenho e cores das edições especiais “Antes de Watchmen: Ozymandias”, “Batman/Superman” e, mais recentemente, “Superman: American Alien”, todos para a DC Comics. E Jae Lee estará acompanhado de sua esposa na CCXP 2016, atendendo aos fãs.

# Simon Bisley: Artista conhecido pelas HQs do Lobo e por sua arte radical para as revistas Heavy Metal, John Constantine: Hellblazer, Judge Dredd, Batman, Patrulha do Destino e para capas de álbuns de bandas de rock, Bisley também trabalhou em diversos projetos ao lado de pesos pesados como Frank Miller e Brian Azzarello.

# Mark Farmer: Arte-finalista vencedor do Eagle Awards, uma das mais antigas premiações de HQs, iniciou sua carreira na Inglaterra para as editoras Marvek UK e 2000AD. Em 1983, foi convidado por Dave Gibbons para arte-finalizar uma história do Lanterna Verde, iniciando desde então participação em vários trabalhos tanto para a DC Comics como para a Marvel Comics, atuando como arte-finalista de grandes nomes dos quadrinhos como Adam Hughes, José Luis Garcia-López, Gil Kane, Adam Kubert e Rags Morales. Farmer tem sido o arte-finalista regular de Alan Davis desde a década de 90 e a dupla assinou histórias aclamadas nas revistas Wolverine, Vingadores, Quarteto Fantástico e a minissérie “Liga da Justiça: O Prego”, entre inúmeros outros títulos.

# James Robinson: O artista ganhou notoriedade ao criar o sétimo Starman nos anos 1990. Já escreveu e colaborou em histórias de personagens da DC Comics como Sandman, Batman, Superman, Lanterna Verde, entre outros, além de ter escrito vários títulos da Marvel. Robinson estará na CCXP para fotos, autógrafos e bate papos com os fãs de quadrinhos e de cultura pop!

# Frank Quitely: Vindo pela primeira vez ao Brasil, Frank é um colaborador frequente de Grant Morrison, tendo trabalhado juntos em títulos como Novos X-Men, We3, All-Star Superman e Batman & Robin. Também ajudou Mark Millar nas séries The Authority e Jupiter’s Legacy, no qual atuou como co-criado.

#Ian Livingstone: Considerado o pai da indústria de jogos no Reino Unido, Livingstone fundou, junto com John Peake e Steve Jackson, a emblemática Games Workshop em 1975, lançando os jogos Dungeons & Dragons e Warhammer na Europa. Também é autor, junto com Steve Jackson, do primeiro volume do RPG Fighting Fantasy, intitulado The Warlock of Firetop Mountain (O Feiticeiro da Montanha de Fogo, clássico do gênero, lançado em 1982). Ao todo, Livingstone escreveu 14 títulos na série, que já vendeu mais de 18 milhões de cópias em todo o mundo.

# Milla Jovovich: Estrela da cinessérie “Resident Evil”, a atriz participará de um painel promovido pela Sony Pictures, quando serão exibidas cenas exclusivas do novo filme “Resident Evil – O Capítulo Final”, previsto para estrear em janeiro de 2017. Na ocasião, ela e o diretor Paul W.S. Anderson falarão sobre o processo de filmagem e direção, além de responder as perguntas dos fãs presentes no auditório.

# Adam Nimoy: Diretor, Adam é também filho de Leonard Nimoy, ator da série Jornada nas Estrelas que interpretou o personagem Spock, que faleceu em 2015. Ele e o produtor David Zappone estarão na CCXP para exibir o filme “For the Love of Spock”, documentário sobre a trajetória do eterno Mr. Spock! Ambos também participarão de um painel especial sobre o legado do ator e em comemoração aos 50 anos de Star Trek.

 # Carlos Villagrán: Ator humorístico mexicano, ele famoso por ter interpretado o garoto Quico, no seriado Chaves. Ele estará no evento para divulgar o filme “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” no painel da distribuidora Paris Filmes, que participará da CCXP pela primeira vez.

# Neil Patrick Harris: o ator, conhecido do público por seus papéis nas séries Dr. Horrible’s Sing Along Blog como Dr. Horrible, Doogie Howser, M.D. como Doogie Howser, e How I Met Your Mother como Barney Stinson, participará do painel da Netflix sobre a série original “Desventuras em Série”,

# Yaya Han: Conhecida por cosplays fantásticos de diversos personagens, como a Chun-Li (da série de games Street Fighter) e Psylocke (X-Men), Yaya Han é considerada uma das maiores e famosas cosplayers do mundo inteiro, e a artista terá um espaço próprio na CCXP onde os fãs poderão comprar fotos e conseguir autógrafos, além de assistir a um workshop de cosplay. Yaya também participará como jurada no concurso Cosplay Experience.

# Kay Pike: A artista canadense bombou na internet com seu trabalho peculiar de pintura corporal, desfilando personagens como Superman, Mulher-Maravilha, Fênix, entre vários outros. A presença dela integra a programação do Cosplay Universe, onde fará workshops para cosplayers e estará disponível para autógrafos e fotos com fãs.

# Carlos Edgard Herrero: Profissional em atividade há mais de quatro décadas, o desenhista e roteirista brasileiro é cocriador do personagem Morcego Vermelho (identidade secreta do Peninha), além de ter desenhado mais de quatro mil páginas de quadrinhos Disney, com destaque para as histórias do Zé Carioca, nos tempos em que a Editora Abril mantinha um estúdio de produção nacional de histórias para as revistas Disney que publicava. Herrero irá autografar gibis com seus desenhos no estande da Abril.

                Vários outros convidados estarão presentes na CCXP, participando de todo tipo de atividades, incluindo os encontros pagos com fãs para tirar fotos e conseguir autógrafos. O evento contará com 3 auditórios, sendo o Auditório Cinemark o maior deles, com mais de 3.000 lugares e projeção de cinema de alta resolução. É ali que acontecerão os principais painéis com atores e artistas convidados, bem como as aguardadas pré-estreias de filmes e de séries de TV. Nos outros dois auditórios, o Ultra e Prime, serão realizados bate-papos com artistas, workshops além de diversas outras atividades.
                Estarão presentes também as principais editoras de quadrinhos do Brasil. Panini, JBC e Abril terão estandes próprios no evento, onde divulgarão seus mais recentes lançamentos. Também não ficarão de fora editoras que editam obras da cultura nerd, como a Jambô. Isso sem falar nos inúmeros estandes de produtos oficiais, como brinquedos, action figures, livros, etc. os fãs que preparem suas carteiras. E que todos possam aproveitar a convenção ao máximo.

PANINI RELANÇA RONIN E ELEKTRA ASSASSINA, DE FRANK MILLER



                Aproveitando que pelo segundo ano o artista Frank Miller estará no Brasil, participando da Comic Com Experiente, neste mês de dezembro, eis que a Panini Comics resolve republicar duas obras da carreira do artista, que já mereciam uma republicação, uma vez que saíram pela última vez nas bancas nacionais há mais de 10 anos atrás.
                Um deles é RONIN – EDIÇÃO DEFINITIVA, compilando a minissérie em seis edições produzida por Miller entre 1983 e 1984, para a editora americana DC Comics, com clara inspiração nos mangás, os quadrinhos japoneses, em especial a aclamada obra de Kazuo Koike, “Lobo Solitário”. Em um passado distante, um importante senhor do Japão antigo é eliminado por uma entidade de puro e absoluto mal chamada Agat. Um jovem guerreiro jura vingança e torna-se um samurai sem mestre – um ronin – preso em uma luta eterna contra o demônio que assassinou seu patrono. Uma luta que não terminará nem mesmo com sua morte, sem conseguir realizar o seu intento. Pulando centenas de anos adiante, em um futuro próximo, uma grande corporação da selva urbana de Nova York está se preparando para lançar uma mortal nova tecnologia, e um infantilizado telepata e uma corajosa chefe de segurança são as únicas coisas em seu caminho. Quando esses dois mundos colidem inesperadamente, sonhos e realidade se misturam em uma apocalíptica batalha final – e, no coração desse caos, um solitário guerreiro do passado, reencarnado no corpo de um deficiente físico, enfrentará o maior dos testes à sua fidelidade, tendo de resolver uma antiga pendência do passado que continua a atormentá-lo, ao mesmo tempo em que tem de enfrentar desafios dos tempos deste futuro.
                Frank Miller já era um nome respeitado pelo trabalho desenvolvido no título do Demolidor, para a Marvel Comics, e conseguiu criar uma história tão original e audaciosa quanto a que marcaria seu currículo em 1986, a minissérie “Cavaleiro das Trevas”, assinando não apenas o roteiro, mas também a arte de toda a história. No Brasil, a minissérie foi lançada pela Editora Abril em 1988, primeiro no formato americano original, de 6 edições, e depois em uma edição encadernada. A mesma Abril relançaria Ronin em 1991 e 1992, mantendo o formato original da primeira publicação de 1988. Depois, a obra só seria relançada no Brasil em 2003, agora pela Opera Graphica, que compilou a minissérie em 3 edições, também em formato americano. Dois anos depois, a Opera faria o último relançamento da série no Brasil até então, colocando toda a minissérie em uma única edição encadernada, com aproximadamente 290 páginas.
                A nova edição, que a Panini está lançando, vem no tradicional formato americano, com tamanho 18,5 x 27,5 cm, com direito a lombada quadrada e capa dura, com miolo em papel couché, e terá distribuição nacional. E com nada menos do que 340 páginas, com a possibilidade de trazer alguns extras sobre a minissérie. O preço da edição será de R$ 92,00, valor que pode assustar alguns potenciais leitores, em razão do momento delicado da economia nacional.
                A outra obra é ELEKTRA ASSASSINA, publicada como uma minissérie em 8 edições em 1986, pela Marvel Comics, em que Frank Miller retoma a personagem que criou para a série do Demolidor, anos antes. Elektra Natchios, a ninja assassina treinada pelo Tentáculo, está de volta numa aventura que se passa antes dos eventos de sua morte no título do Homem Sem Medo, repleta de ação e mistério, com pitadas de humor negro e grandes reviravoltas, promovidas pela mente de Miller, em parceria com os desenhos de ninguém menos do que Bill Sienkiewicz. Na trama, quando uma estranha mulher chega inconsciente às praias de um pequeno país da América do Sul, eventos terríveis começam a acontecer. Dois policiais são estrangulados. Um diplomata é assassinado. Um agente da Shield é brutalmente desmembrado. A ninja está de volta à ativa… e com um sentimento de ódio sem paralelo. É preciso descobrir o que está acontecendo, e Elektra entra em uma sucessão de acontecimentos onde nada é o que parece ser, e com a própria Shield tropeçando nas próprias pernas, onde Nick Fury vê que a organização que comanda parece um bando de imbecis, caberá à ninja assassina resolver a situação à sua maneira, e com inúmeras mortes pelo caminho, sejam de inimigos, adversários, e de quem mais ter o azar de cruzar com o caminho de Elektra.
                A minissérie da ninja chegou ao Brasil em 1988, pela Editora Abril, que a lançou em 4 edições em formato americano, com cada edição nacional trazendo o equivalente a duas edições americanas. No ano seguinte, a Abril republicaria a minissérie, agora compilada em um único volume. A história só ganharia republicação em 2005, quando a própria Panini também compilaria a minissérie em uma edição encadernada, que agora está sendo relançada pela editora multinacional italiana, também no formato americano, tamanho 17 x 26 cm, lombada quadrada e capa dura, e 264 páginas, pelo preço de R$ 68,00.
                Além de serem obras que mereciam seus devidos relançamentos, vale lembrar que não é apenas Frank Miller que estará presente na CCXP deste ano: Bill Sienkiewicz, desenhista de Elektra Assassina, também será uma das estrelas internacionais da área de quadrinhos que estará presente ao evento de 2016. Uma oportunidade e tanto para os fãs não apenas conseguirem adquirir (ou readquirir) estas obras, como ainda conseguirem os autógrafos dos respectivos artistas que as conceberam. Ponto para a Panini, que só peca por fazer o relançamento destas duas obras muito em cima da hora, de modo que pode ser que nem todos os leitores consigam adquirir as obras em tempo hábil para batalharem pelos autógrafos na convenção que começa no próximo dia 1° de dezembro, em São Paulo, indo até o dia 4.

sábado, 19 de novembro de 2016

OHRANGER GANHA BOX DVD NOS ESTADOS UNIDOS



                Com a franquia Power Rangers já tendo iniciado os trabalhos de adaptação de mais uma série Super Sentai (no caso, a série Ninninger, que virará Power Rangers Steel Ninja), mostrando que a produção continua firme, a Shout! Factory dá seguimento ao lançamento no mercado de vídeo norte-americano das séries originais japonesas que foram adaptadas ao longo dos anos. Desta vez, chegou a hora dos fãs estadunidenses conhecer a série Chouriki Sentai Ohranger (Esquadrão da Superforça Ohranger), 19ª produção da franquia Super Sentai, que foi exibida no Japão entre março de 1995 e fevereiro de 1996.
POWER RANGERS: CHOURIKI SENTAI OHRANGER: THE COMPLETE SERIES traz todos os 48 episódios da série de TV, em um belo box de 8 DVDs, ao preço de tabela de cerca de US$ 60,00. Os episódios trazem apenas o áudio original em japonês, com opção de legendas em inglês. A série serviu de base para a fase Power Rangers Zeo, que foi a quarta temporada da franquia Power Rangers, iniciando uma nova fase na história, após as primeiras três temporadas produzidas, que manteve os mesmos uniformes dos heróis, oriundos da série Zyuranger. Na fase Zeo, exibida em 1996, além das cenas dos robôs, foi utilizado também o figurino dos heróis da série Ohranger. A partir dali, a cada ano, a série passou a utilizar os uniformes dos heróis da série Sentai do ano anterior.
É o quarto box da franquia Super Sentai lançado pela Shout! Factory, o que comprova que os fãs estadunidenses tem tido interesse em conhecer as produções originais japonesas que foram utilizadas como base para as temporadas de Power Rangers. No ano passado, a empresa lançou boxes com as séries Zyuranger (que foi adaptada para a primeira fase de Power Rangers, conhecida como Mighty Morphin) e Dairanger (que teria seus robôs e o visual do Kiba Ranger utilizados na segunda temporada da fase Mighty Morphin). Com o sucesso da aceitação dos boxes no mercado de vídeo, a Shout! Factory deu sequência ao lançamento de novas séries da franquia Super Sentai: em maio deste ano, foi lançada a série Kakuranger, de onde foram aproveitados os robôs e o visual dos heróis para comporem os novos zords dos heróis, além dos Alien Rangers, que assumiram a primazia na luta contra Lord Zedd e Rita Repulsa quando um plano dos vilões transformou os heróis em crianças. E, no início deste mês de novembro, chegou a hora de Ohranger ganhar o seu box de DVDs com a série completa.
Na história da série, uma antiga civilização criou um maligno robô para conquistar nosso mundo há eras remotas. Mas a ameaça foi vencida por um herói chamado King Ranger. E agora, no presente, as forças do Império das Máquinas Baranoia chega a nosso mundo, e planejam destruir toda a vida em nosso mundo e transformar o planeta em um lugar comandado por máquinas. Mas, no Japão, foi construída a base dos Ohrangers, onde as evidências da antiga civilização perdida foram descobertas.Um oficial chamado Chefe Miura coordena os esforços para utilizar os poderes que deram vida à antiga civilização para desenvolver um grupo de defesa para proteger a humanidade, criando uma pirâmide que gerava o Poder Tetrahedron. Para manusear esse, cinco oficiais das Forças Aéreas Unidas foram treinados para usar os poderes da superforça gerada pela pirâmide, começando pelo oficial Gorou Hoshino, que se torna o herói OhRed. Em seguida, os demais integrantes, Shouhei Yokkaichi, Yuuji Mita, Juri Nijou, e Momo Maruo, também recebem os poderes, tornando-se os heróis OhGreen, OhBlue, OhYellow, e OhPink. Com seus novos poderes, eles foram o Esquadrão da Superforça OhRanger, e iniciam suas lutas contra o Império Baranoia. Posteriormente, o King Ranger retorna a nosso mundo, e une forças com os OhRangers, na luta contra os seres mecanizados de Baranoia.
OhRanger nunca foi exibido no Brasil, uma vez que, quando foi produzida no Japão, Power Rangers já havia virado febre no Ocidente, e as empresas preferiam trazer a adaptação americana das séries Super Sentai do que trazer as produções originais nipônicas. A série só pode ser acompanhada via fansubbers, que legendam a série e disponibilizam seus episódios via internet. Por isso mesmo, os fãs brasileiros de tokusatsu só puderam ver em nossas TVs os elementos da série que foram aproveitados na série Power Rangers Zeo, que utilizou os uniformes e robôs dos heróis, além dos vilões da série. E nada mais do que isso, já que a série nem chegou a ganhar lançamento no mercado de vídeo nacional.
Muito já se falou a respeito dos americanos terem preconceito com as séries japonesas, pelo fato de não aceitarem muito ver outros povos que não eles mesmos serem os heróis das histórias. O lançamento destes boxes das séries Super Sentai no mercado de vídeo dos Estados Unidos prova que uma parte do público não se importa com esse tipo de preconceito, e curte numa boa as produções live-actions do Japão. E tudo indica que continuará curtindo, pois as vendas dos boxes devem garantir o lançamento das demais séries nos próximos anos pela Shout! Factory, que deverá lançar em 2017 as séries Carranger e Megaranger, as produções subsequentes a Ohranger na franquia Super Sentai.
Uma pena os fãs brasileiros não contarem com lançamentos oficiais deste tipo. Mas, se levarmos em conta que nem Power Rangers até hoje teve suas temporadas lançadas devidamente por aqui como se deve, no formato de boxes completos, desejar que as produções nipônicas sejam disponibilizadas em nosso mercado de vídeo é pedir praticamente por um milagre, ainda mais se levarmos em conta o estado em que se encontra nosso mercado de home vídeo nacional, que parece caminhar para trás ao invés de ir para a frente, o que torna muito difícil de se ver certos lançamentos serem feitos por aqui. Triste sina, a do fã brasileiro, e que não é restrita somente aos fãs das produções japonesas...