sábado, 24 de setembro de 2016

WORLD CLASSIC LANÇA BOX DE ULTRASEVEN EM DVD



                Os fãs da Estrela de Ultra podem comemorar mais uma vez. Outra série clássica da franquia Ultraman está chegando ao mercado nacional de home vídeo. A World Classic, que no ano passado lançou em DVD a série completa do primeiro Ultraman, vem novamente em socorro dos fãs nacionais de tokusatsu, e estará lançando no início deste mês de outubro aquela que é considerada a série do mais popular herói da franquia Ultraman, Ultraseven!
                ULTRASEVEN – A SÉRIE COMPLETA, virá em uma caixa com estojo digistack, contendo 48 episódios produzidos em 5 discos, pelo preço de R$ 99,90. De certa forma, o título da caixa está errado, já que a série teve na verdade 49 episódios. Ocorre que no episódio 12, Ultraman enfrenta monstros desfigurados devido a doenças e queimaduras decorrentes de radiação, e com as memórias das bombas atômicas que devastaram Hiroshima e Nagasaki ainda muito vivas na memória da nação, o episódio foi banido no Japão, mas chegou a ser exibido em vários outros países, inclusive no Brasil. Mas atualmente a Tsuburaya praticamente renega a existência deste episódio. O box já se encontra em pré-venda em algumas lojas virtuais na internet. Mas o que pode ser motivo de comemoração, também pode ser motivo de decepção para os fãs. Em primeiro lugar, os discos trarão apenas a opção de áudio no idioma japonês, ou seja, nada da dublagem em português desta série estará presente no box. Haverá legendas disponíveis em inglês e português, e no quesito extras, teremos apenas uma ficha técnica e algumas galerias de fotos, o que não deveria ser exatamente motivo de surpresa.
                Mas o maior temor dos fãs é quanto à qualidade dos episódios. A mesma World Classic, quando lançou o box de Ultraman no ano passado, encheu os fãs de esperança de poderem enfim ver, ou rever, a sua série da franquia ultra com uma qualidade satisfatória, o que acabou não acontecendo. Muitos fãs que compraram o box do primeiro herói da Nebulosa M78 reclamaram que a imagem dos episódios estava muito ruim, inferior até mesmo à qualidade das imagens de arquivos da série encontrados na internet. Para muitos, ao compactar todos os 39 episódios em apenas 5 discos, a empresa não se preocupou com a qualidade dos episódios, o que levou à frustração de muitos fãs, que desistiram de comprar a caixa, pelos comentários feitos de quem se aventurou na aquisição. Agora, com o lançamento de Ultraseven, o mais popular dos Ultras em nosso país, a expectativa é se a empresa lançará um produto decente, ou repetirá os mesmos erros da caixa de Ultraman.
                E a percepção inicial já não é das melhores: esta nova caixa trará novamente apenas 5 discos, mas Ultraseven possui praticamente 10 episódios a mais que Ultraman (9, descontando o episódio banido citado acima), o que indica que os mesmos serão ainda mais compactados, para caberem no mesmo espaço de mídias apresentado. E não se pode esperar que a ausência do áudio em português melhore alguma coisa neste quesito, pois o espaço que a dublagem brasileira ocuparia nos discos não compensaria de forma alguma para liberar o espaço de mais episódios sem perda potencial de qualidade. Resumindo, é melhor não esperar muito da qualidade do material deste box.
                É verdade que a World Classic lançou alguns boxes de séries antigas com notável qualidade, em nada devendo aos lançamentos em DVD feitos por empresas de porte, como Warner, Universal, etc. Contudo, o lançamento da série do primeiro Ultraman não correspondeu às expectativas de qualidade esperadas pelos consumidores, e não apenas os fãs de Ultraman. A chance de a empresa estar lançando novamente um produto abaixo das expectativas é alto, começando por deixar os fãs chateados pelo fato de não estar disponibilizado o áudio em português.
                Produzida pela Tsuburaya Productions, Ultraseven foi a segunda série dos heróis Ultras, iniciada em 1966, quando foi ao ar na TV japonesa a série Ultraman. O grande sucesso obtido por Ultraman em seus 39 episódios motivou Eiji Tsuburaya a criar um novo personagem nos mesmos moldes de Ultraman, mas com algumas diferenças. Começava ali a criação da Família Ultra, uma equipe de guerreiros oriundos de um sistema estelar muito distante no espaço que se revezam pelo Cosmo na defesa da paz e da justiça, e que passariam a defender nosso planeta das várias ameaças espaciais que aqui aportavam de tempos em tempos. E a franquia Ultra comporia, anos depois, o trio de ouro das produções tokusatsu do Japão, junto com a franquia Kamen Rider e a Super Sentai.
                Ultraseven estreou na TV japonesa em outubro de 1967, e tendo um tom mais sombrio e adulto em suas aventuras, alcançou mais sucesso do que seu antecessor, chegando à marca de 49 episódios, encerrando-se em setembro de 1968. A popularidade e carisma do herói lhe garantiram aparições especiais em diversas séries posteriores da franquia, para delírio dos fãs do personagem, que é cultuado até hoje por fãs do mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde a série foi exibida nos anos 1970 e 1980, primeiro pela TV Tupi, passando depois pelas emissoras Record e TVS/SBT, onde teve sua última exibição, sumindo da programação tanto das TVs abertas quanto fechadas. Nos últimos anos, a série passou a ser veiculada, de modo não-oficial, pela Rede Brasil de Televisão, que reprisou diversas outras séries live-actions japonesas. Aliás, como essa exibição pela Rede Brasil estava sendo feita com a dublagem em português, os fãs esperavam que o lançamento em DVD trouxesse pelo menos este áudio, mesmo que não estivesse disponível em todos os episódios, a exemplo do que foi feito na série Fantomas, que trouxe apenas 36 dos 52 episódios com seu áudio em português, trazendo nos demais apenas a opção de legendas em português.
                Na história da série, em um futuro próximo, a Terra encontra-se sob ameaça constante de vários extraterrestres. Para defender nosso planeta, é criado o Esquadrão Ultra, composto de integrantes que pilotam e manejam equipamentos e armas de alta tecnologia, que enfrentam estas ameaças. E entre eles encontra-se Dan Moroboshi, que na verdade é um alienígena vindo da Nebulosa M78, que ao visitar nosso planeta, em sua viagem para mapear a galáxia, criou grande empatia por nosso mundo, e ao salvar a vida de um terráqueo chamado Jiro Satsuma, cria para si uma cópia da aparência do jovem, passando a viver em nosso mundo, e adotando o nome terrestre de Dan Moroboshi. Ao contrário de Ultraman, que se fundiu ao jovem Shin Hayata no início da série, Ultraseven/Dan Moroboshi só copiou a aparência do jovem terráqueo, que seguiu com sua vida adiante. Ao contrário de Hayata, que erguia a cápsula beta para e transformar em Ultraman, Moroboshi colocava sob seus olhos o Ultra-olho, e com isso, transformava-se em Ultraman, numa das transformações mais curtidas pelos fãs. Outra diferença em relação a Ultraman é que Dan carregava consigo três cápsulas-monstro. Com elas ele podia invocar três monstros ajudantes que lhe daam apoio nas lutas contra os inimigos: Windam, Aguira e Mikras. Outra diferença é que, ao contrário de seu antecessor, que tinha um tempo limitado de combate devido ao fraco Sol da Terra, Ultraseven não tinha tantos problemas com essa limitação, podendo lutar com menos preocupação em relação ao tempo do combate. Porém, dependendo dos ferimentos sofridos em combate, isso podia se refletir na sua identidade humana, de modo que em vários momentos, Dan Moroboshi ostentava ferimentos devido aos combates travados, e houve ocasiões em que até mesmo seu Ultra Olho acabou danificado, o que o impediu de se tornar novamente Ultraseven. Muitas histórias carregavam nos dilemas morais e éticos a serem enfrentados pelo herói, o que tornou a série muito mais pesada do que sua antecessora.
                Não deixa de ser um lançamento oportuno da World Classic no mercado de vídeo nacional. Resta esperar que a empresa tenha pelo menos tido o cuidado de garantir uma melhor qualidade do material a ser apresentado ao público consumidor, ao contrário do visto no box de Ultraman, e com isso possa oferecer a esperança de em outras oportunidades trazer outras séries há muito esperadas pelos fãs, com pelo menos qualidade decente para os padrões que o DVD pode oferecer. E que a estrela de Ultra possa brilhar com a força que lhe é peculiar.

SAINTIA SHô É O MAIS NOVO MANGÁ DA JBC



                Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya, no original em japonês) se tornou uma série de anime lendária no Brasil nos anos 1990. Exibida pela TV Manchete, a saga dos Defensores da Deusa Atena, enfrentando os mais variados inimigos, produziu um terremoto raras vezes visto na comunidade nerd brasileira, ajudando a trazer para nosso mercado várias outras séries de animações produzidas no Japão. Alguns anos depois, as séries Pokémon e Dragon Ball Z dariam sequência a esse impulso, ajudando a lançar os primeiros títulos de mangás a serem publicados de forma efetiva em nosso país, depois de muitos anos de ausência. E lá estava Cavaleiros do Zodíaco novamente para conquistar os leitores nacionais, tendo suas aventuras originais criadas por Masami Kurumada sendo publicadas pela Editora Conrad, que lançou toda a série em nosso mercado. Anos depois, foi a vez da JBC relançar as aventuras de Seiya & Cia., obtendo novamente sucesso no mercado de quadrinhos nacional.
                Mas, para felicidade dos leitores, não foi apenas a série original dos Cavaleiros do Zodíaco a aportar por aqui. A mesma Editora Conrad lançou a série Episódio G, focada nos primórdios de Aioria como Cavaleiro de Leão, e a própria JBC também lançou a série Lost Canvas, mostrando a Guerra Sagrada travada por Atena e Hades há mais de dois séculos atrás, antecedendo as aventuras da série original. Outras publicações foram Lost Canvas – Gaiden, e Next Dimension – A Saga de Hades, sendo que estas duas últimas séries ainda se encontram em publicação no Japão, e ainda não foram concluídas.
                Mas, no ano em que Cavaleiros do Zodíaco faz 30 anos do início da publicação de suas primeiras aventuras no Japão, eis que a JBC, para alegria dos fãs da obra desenvolvida por Kurumada, está trazendo mais uma série baseada no universo dos Cavaleiros do Zodíaco: SAINTIA SHÔ. Esta nova série traz uma história que se desenvolve paralelamente ao mangá original dos Cavaleiros, com participação dos mesmos em certos momentos da história, que é centrada em outros protagonistas. Criada pela mangaká Chimaki Kuori a partir dos personagens desenvolvidos por Masami Kurumada, esta série traz ao universo dos Cavaleiros uma nova classe de guerreiras de Atena, as Saintias, que formam a guarda pessoal da deusa Atena, composta apenas de mulheres, em uma categoria praticamente à parte na hierarquia dos Cavaleiros de Atena. Dotadas de armaduras de diversas constelações, estas jovens guerreiras não tem a obrigação de cobrir o rosto como as Amazonas que se dedicam a defender Atena. Por outro lado, como costumam agir de forma discreta e nos bastidores, sua existência é pouco conhecida, mesmo para vários outros cavaleiros.

                Nesta nova série, a protagonista é Shoko, uma jovem determinada, que deseja reencontrar com sua irmã mais velha Kyoko, que partiu de casa há 5 anos para trabalhar em um projeto importante na Fundação Graad, que é conduzida por Saori Kido. E quando o destino dá a Shoko a chance de se encontrar com Saori, ela tem em mãos a chance de tentar descobrir o paradeiro de sua irmã. Mas Éris, a Deusa da Discórdia, uma das inimigas capitais de Atena, está tramando sua ressurreição, e no momento em que Shoko finalmente reencontra sua irmã, Saori é atacada por Éris, que é defendida por Kyoko, que se revela ser uma Saintia, uma das guerreiras de Atena, à sua irmã caçula. Shoko acaba sendo escolhida para ser o receptáculo da alma de Éris, mas os planos da deusa são frustrados por Kyoko, que tenta selar a alma de Éris em seu corpo, a fim de não apenas proteger Atena, mas também sua irmã caçula, livrando-a deste terrível destino, sacrificando a si mesma. No meio do combate, a própria Shoko desperta seu cosmo, e Saori vê nela a oportunidade de uma chance para resgatar Kyoko das garras de Éris.
                Para tanto, Shoko deverá treinar intensamente para se tornar também uma Saintia, recebendo a armadura de Cavalo Menor, que por coincidência, é bem parecida com a segunda versão da armadura de Pégaso. Ciente de que precisará se tornar forte para salvar sua irmã, Shoko aceita a oportunidade, e inicia sua árdua jornada de treinos e aprendizado para desenvolver o seu cosmo e se tornar uma guerreira de verdade, de modo a poder resgatar sua irmã, e proteger Atena. Começam então as aventuras desta nova protagonista e todo um novo grupo de personagens, em acontecimentos que correm paralelamente à primeira série de quadrinhos, como a Guerra Galáctica, e a Batalha das Doze Casas. Shoko e as demais Saintias terão de enfrentar os Dríades de Éris para frustrar os planos perversos da Deusa da Discórdia.
                O mangá começou a ser publicado em 2013, na revista Champion Red, da editora Akita Shoten, e até o momento conta com 8 volumes encadernados. A JBC publicará a série no formato tankohon original, tamanho 13,5 x 20,5 cm, com cerca de 190 páginas por volume, miolo em papel pisa brite, pelo preço de R$ 15,90. O mangá terá distribuição nacional, com periodicidade bimestral. A primeira edição chega às bancas agora em outubro, e cada volume terá direito a algumas página coloridas, tal como na edição original japonesa. Novamente, é hora de queimar o cosmo e encarar esta nova saga do universo dos Cavaleiros do Zodíaco, que mostra que a obra desenvolvida por Masami Kurumada a partir de 1986 ainda tem muita lenha para queimar, como provam as novas séries de mangás, e animações produzidas recentemente no Japão. Vida longa aos Cavaleiros do Zodíaco! É hora mais uma vez de elevar o seu cosmo!

PIXEL RELANÇA AS TIRAS DO PRÍNCIPE VALENTE



                A Pixel Media continua investindo em personagens clássicos no mercado de quadrinhos nacional. E seu mais recente lançamento é nada menos do que a obra máxima de Hal Foster, o Príncipe Valente, cujas primeiras aventuras estão de volta às bancas e livrarias nacionais em uma bela edição especiail que compila os dois primeiros anos das tiras dominicais publicadas do personagem. PRÍNCIPE VALENTE – VOLUME 1 – 1937-1938 – NOS TEMPOS DO REI ARTHUR, é um álbum com acabamento de luxo, no formato 26,6 x 36,3 cm, com cerca de 112 páginas, e capa dura, ao preço de R$ 89,90. O volume reúne as primeiras histórias do personagem, que foram lançadas originalmente entre 1937 e 1938 em vários jornais nos Estados Unidos.
                A edição lançada pela Pixel é baseada na coleção que a editora americana Fantagraphics vem lançando desde 2009, republicando na íntegra a série de aventuras do herói, que estreou suas histórias no dia 13 de fevereiro de 1937, e desde então, tem sido publicada regularmente até os dias atuais, sendo que nos primeiros 35 anos de existência da tira ela foi desenhada pelo seu criador. Hal Foster se afastou da criação das tiras por volta de 1971, quando outros artistas a assumiram, dando continuidade às aventuras.
                Até o presente momento, a coleção já chegou a 14 volumes, compilando as tiras publicadas até 1964. A série é uma das mais antigas produções de quadrinhos lançada ininterruptamente até os dias atuais. Foster desenhava as páginas com os quadros sem seus balões de diálogos, os quais eram sempre colocados na parte de baixo de cada quadro, tal como era feito nas primeiras publicações de quadrinhos. Esse estilo, aliado a uma arte minuciosa, e com grande detalhismo histórico dos acontecimentos da época, adaptados ao desenvolvimento da história, tornou a saga do Príncipe Valente um dos maiores clássicos da história dos quadrinhos mundiais. Em 1954, a série ganhou uma adaptação para o cinema, estrelada por Robert Wagner no papel título. Na década de 1990, o Príncipe Valente ganhou uma série de desenho animado com 65 episódios, que chegaram a ser exibidos na TV brasileira.
                Por três décadas e meia, Harold Foster escreveu e desenhou a página semanal em cores de Príncipe Valente, considerada unanimemente como a maior aventura em quadrinhos da história. A obra ganhou várias edições em forma de livro ao longo das décadas, porém, agora, pela primeira vez, foram usadas as provas originais das gravuras coloridas do autor, com recursos de digitalização do século 21 para apresentar a obra com todo o seu esplendor para a atual geração de leitores de quadrinhos. Utilizando a correção tecnológica de cores e os demais processos modernos de tratamento de imagens, este é o primeiro livro a fazer justiça à suntuosidade gráfica da arte de Foster. Além de reimprimir a totalidade dos dois anos iniciais da tira de Príncipe Valente, cobrindo as primeiras aventuras emocionantes de Val, este volume também traz aos leitores, antigos e novos, alguns extras muito interessantes: ele inclui uma entrevista pouco conhecida até hoje feita com o criador da série, trazendo também fotos raras e ilustrações, bem como um ensaio biográfico escrito por um especialista em Hal Foster, Brian M. Kane. Trata-se de um material que certamente será muito apreciado pelos fãs.

               As tiras dominicais de Príncipe Valente eram lançadas em cores nos jornais, e ocupavam uma página inteira, daí o formato do álbum ser bem diferente dos demais que trazem compilações de tiras de outros personagens. As próprias tiras criadas por Foster já eram diferentes de todas as outras. No Brasil, várias gerações de leitores tiveram chance de acompanhar parcialmente a saga de Valente. O personagem foi publicado inicialmente no Suplemento Juvenil, revista publicada por Adolfo Aizen, fundador da Editora Brasil-América (EBAL), ainda em 1937. O personagem passaria depois por várias outras editoras, como Saber, Rio Gráfica, Nova Sampa, mas foi com a EBAL que ele ganhou seus melhores lançamentos, com a publicação dos álbuns que compilavam suas tiras. Foram cerca de 15 edições lançadas pela editora de Aizen, até o seu fechamento, entre 1974 e 1995. Anos depois, a Opera Graphica deu continuidade à coleção, a partir da edição 16, e chegou a lançar até o volume 20, que foi o último a ser publicado no Brasil. Vale lembrar que todos estes álbuns foram lançados com a arte em preto e branco.
                O lançamento da Pixel ganha destaque por finalmente trazer no formato álbum as artes coloridas, que aproveitando a “remasterização” feita pela Fantagraphics, proporciona ao leitor a mais prazerosa experiência de apreciação da obra de Hal Foster com sua máxima qualidade gráfica possível. O preço da edição, contudo, deve afastar um bom número de leitores que gostaria de apreciar esta obra, ainda mais neste momento delicado da economia nacional. Mas não há como negar que se trata de um material que há muito merecia ser republicado no Brasil, e agora, com a vantagem de aproveitar o bom trabalho de atualização gráfica produzido pela Fantagraphics, está finalmente disponível ao leitor brasileiro, na sua melhor apresentação possível. Resta agora esperar que as vendas sejam satisfatórias, para que a editora continue podendo trazer os volumes seguintes da coleção a que os leitores de quadrinhos nos Estados Unidos já vem tendo acesso. Afinal, o universo dos quadrinhos vai muito além das aventuras de super-heróis e dos mangás. E poder conferir um clássico como Príncipe Valente é um privilégio que não se tem todo dia. Parabéns à Pixel por mais este lançamento, e que possam vir muitos outros no futuro.