segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

IDW LANÇA EDIÇÕES "DIVERGENTES" EM MARÇO DE 2016



                A IDW Publishing vem obtendo nos últimos tempos vários êxitos com sua linha de quadrinhos licenciados, onde detém atualmente os direitos de publicação de várias séries famosas e muito conhecidas da cultura pop. E, no mês de março de 2016, a editora irá lançar alguns destes títulos em edições especiais, com histórias fechadas, mostrando os personagens destas séries em uma linha de tempo onde os acontecimentos tomaram outro rumo, e portanto, conduziram a outra face da realidade normalmente conhecida. Parece familiar, não? E não é para menos: a IDW estará repetindo o feito conduzido pela editora Dynamite Entertainment, que no mesmo mês de março deste ano, lançou edições com temática similar com alguns de seus personagens, no que chamou de linha "Altered States" (Estados Alterados, em português), colocando os personagens Sombra, Doc Savage, Vampirella, e Red Sonja, em uma nova realidade completamente diferente.
                A idéia foi inspirada nas séries "What If" e "Elseworlds", linha de histórias produzidas há anos pela Marvel e DC Comic, mostrando realidades alternativas onde fatos-chave da história de seus personagens ocorreram de modo diferente, conduzindo a versões completamente diferentes da realidade "oficial", levando os leitores e fãs a conhecerem outras linhas temporais onde a vida de seus heróis sofreu mudanças em virtude, por vezes, de detalhes mínimos ocorridos em suas vidas. No caso da empreitada da Dynamite, eram na prática novas versões dos personagens, ambientadas em uma realidade completamente diferente de suas versões originais.
                Agora, é a vez da IDW lançar a sua própria versão de realidades e linhas de tempo alternativas, no que a editora estará identificando cada um dos títulos com a palavra "Deviations" (Desvios, ou divergentes, em português). Serão ao todo 5 títulos, das seguintes séries, ao preço de US$ 4,99, com as histórias a seguir relacionadas:

# DEVIATIONS: Ghostbusters: Em um mundo onde os conhecidos Caça-Fantasmas enfrentaram o temível demônio Gozer, os intrépidos perseguidores de entidades sobrenaturais jamais chegaram a cruzar os raios de suas pistolas de prótons no combate decisivo contra o demônio, seguindo as recomendações de Egon, devido ao extremo perigo que isso acarretaria, e portanto, nunca foram capazes de destruir Gozer ou sequer fechar o seu portal dimensional. Agora, 31 dias após aquele fatídico encontro, a cidade de Nova Iorque encontra-se no mais completo caos e ruína, sendo governada pelo punho adocicado de Stay Puft, o gigante de marshmallow. Como nossos heróis reagirão a essa situação? Haverá algum meio de salvar a cidade e desfazer todo o mal causado? O roteiro é de Kelly Thompson, com arte de Nelson Daniel, que também assina a capa.

# DEVIATIONS: X-Files: A verdade está lá fora! Em um mundo onde o jovem Fox Mulder foi abduzido por alienígenas e nunca mais retornou, uma outra Mulder iniciará uma cruzada silenciosa pela busca de toda a verdade. Conheça Samantha Mulder, uma crente que não se deixará deter por nada em sua busca pela verdade sobre o desaparecimento de seu irmão, o que a levará a integrar a agência do FBI, onde travará uma luta para descobrir quais verdades são divulgadas, e quais são as que nunca são divulgadas. Samantha será igual ao seu irmão Fox na busca pelo seu objetivo, ou terá sua própria maneira de buscar a verdade, através da seção dos Arquivos X do FBI? E como Dana Scully irá se relacionar com Samantha? O argumento desta edição é de Amy Chu, com desenhos de Elena Casagrande e Silvia Califano, com capa de Cat Staggs.


# DEVIATIONS: G.I. Joe: Em um mundo onde a nefasta organização Cobra dominou o mundo, nosso planeta se encontra plenamente subjugado às leis ditatoriais impostas pelo Comandante Cobra. Tão subjugado que, ansioso para demonstrar a força que possui, e mostrar aos bilhões de pessoas do planeta que desafiar a ordem estabelecida é totalmente inútil, ele decide dar uma chance a um grupo de desafiar o poder que possui, a fim de divertir-se e poder esmagar seus adversários uma vez mais, além de aliviar um pouco o seu fardo de governar o mundo inteiro. Um grupo de renegados conhecidos pelo nome daquela que já foi a maior organização de defesa militar dos Estados Unidos, a G.I. Joe. Poderão estes rebeldes fazer algo para abalar, ou colocar em xeque o poder exercido pelo Cobra sobre toda a humanidade? Roteiro de Paul Allor, com desenhos de Corey Lewis, que também faz a capa da edição.

# DEVIATIONS: Teenage Mutant Ninja Turtles: Um acidente com material radioativo transformou as vidas de quatro pequenas tartarugas, conferindo-lhes um corpo humanoíde, bem como a capacidade de inteligência e raciocínio. Treinados pelo mestre Splinter, estas jovens tartarugas tornaram-se o mais novo grupo de super-heróis de Nova Iorque, enfrentando os mais diversos perigos. Mas, o que acontece quando estes jovens são confrontados e capturados pelo temível Destruidor, sofrendo uma lavagem cerebral que os transforma completamente em seus discípulos, esquecendo as noções de justiça e honra ensinadas pelo mestre Splinter? O que era para ser uma força da justiça acaba se transformando em uma ameaça ainda mais nefasta sob o comando daquele que é o seu maior e mais terrível inimigo. Com o mal se espalhando pela cidade, Splinter decide que precisará reunir um grupo para ser treinado e salvar Nova Iorque da ameaça do Destruidor e tentar resgatar as tartarugas ninjas do controle do vilão, mas quem irá compor esse grupo, e como eles poderão enfrentar as forças do inimigo? O argumento é de Tom Waltz, com arte de Zach Howard, que também faz a capa da edição.

# DEVIATIONS: Transformers: No ano de 2005, um ataque impiedoso dos Decepctions a Autobot City, na Terra, resultou na morte de inúmeros autobots, inclusive na de Optimus Prime, seu grande lider. Esse evento, e a ameaça desencadeada pelo monstruoso Unicron levaram os autobots a uma situação quase terminal, onde Hot Rod foi alçado à condição de novo líder da facção transformer, assumindo a identidade de Rodimus Prime, e usando o poder da Matriz da liderança para destruir o gigantesco planeta assassino. Mas, estamos em um mundo onde Optimus Prime não tombou na batalha de Autobot City. No momento onde um cairia e o outro ficaria de pé, foi Optimus que caiu. Mas e se acontecesse o contrário? Optimus ficou em pé, mas poderá agora o grande líder dos autobots estar à altura do desafio de enfrentar o poderoso Unicron, da mesma maneira que Rodimus fez, ou os acontecimentos tomariam outro rumo inesperado, onde Unicron sairia vitorioso da contenda, e com isso, condenando não apenas Cybertron, mas também a Terra? O roteiro é de Brandon Easton, com arte dos brasileiros Marcelo Matere (capa) e Priscilla Tramontano (desenhos da história).

                Chris Ryall, editor-chefe da IDW, explica que este projeto é a chance de oferecer aos fãs destas séries uma resposta aos mais variados debates que são feitos sobre a história dos personagens, sobre o que poderia ter acontecido de alguns dos fatos tivessem ocorrido de outra maneira. "Eu sempre fui um grande fã de uma história de Frank Miller na série 'What If' (O Que Aconteceria Se...?), intitulada 'O que aconteceria se Elektra não tivesse morrido?'. Na maioria daquelas histórias, as histórias quase sempre terminaram muito pior para os personagens do que na continuidade oficial. Eram coisas grandes e explosivas nos quadrinhos mostrando aos leitores coisas como 'Viram? Foi muito melhor a Fênix ter morrido', porque tudo geralmente terminava muito mal. A história de Elektra de Miller, não foi tanto, mas ele levou as coisas completamente em outra direção, e lidou com tudo isso de forma única. Nosso objetivo aqui é nos esforçarmos para fazer destas edições histórias com fatos que sejam surpreendentes, com coisas inesperadas. E quem sabe, se eles fizerem isso bem o suficiente, talvez eles possam nos levar para uma série inteiramente nova desta linha do tempo divergente". A afirmação de Ryall indica que, dependendo da repercussão destas histórias, pode até ser desenvolvido um projeto para explorar estas novas realidades que serão mostradas. Caberá aos leitores e fãs darem o seu devido apoio para que o projeto vá além destas 5 edições.
                Kelly Thompson, que assina o argumento da edição dos Caça-Fantasmas, explica que é uma grande fã das histórias de realidades alternativas, e amava os Caça-Fantasmas desde que era pequena, então foi muito divertido participar deste projeto e conseguir fazer algo diferente com eles neste tipo de história. O sentimento é mútuo com o desenhista Nelson Daniel: "Os Caça-Fantasmas são meus heróis de infância, eles têm armas e veículos muito legais, e estou muito feliz por fazer parte deste time e desenhar esses grandes personagens. Quem não o faria? Eu amo o Ecto-1, o Stay Puft, e Sigourney Weaver, onde mais você pode obter tudo isso junto?".
                O sentimento é similar para Brandon Easton, que assina o texto da edição de Transformers: " A idéia que nós começamos a espreitar de uma continuidade diferente onde os eventos tomaram um outro rumo e toda uma nova realidade nasce é difícil de resistir. Em Transformers, nós especulamos sobre um dos maiores momentos da história da série - A morte de Optimus Prime vista no filme de 1986. A história explora os eventos da cronologia original da Geração Um de Transformers, e o que aconteceria se Optimus Prime não tivesse sido gravemente ferido por Megatron em sua batalha fatídica em Autobot City. Qualquer um que conheça o filme e as histórias subseqüentes da terceira temporada da série de TV clássica sabe que a morte da Optimus foi um ponto central na saga, e se ele tivesse sobrevivido, um panorama totalmente divergente e complexo de dominós passam a cair de forma completamente irregular. Ficamos então com um universo que se desviou da cronologia original de uma forma muito interessante. Em outras palavras, o foco é 'O que aconteceria se Optimus Prime tivesse sobrevivido?', completa. Para Priscilla Tramontano, que faz a arte da história, foi sua chance de trabalhar com os Transformers clássicos da série G-1: "Eu lembro de assistir o filme quando era criança e fiquei devastada pela morte do Líder Optimus; foi um choque para mim ver um personagem de desenho animado morrer!".
                Para a história das Tartarugas Ninjas, o roteirista Tom Waltz afirma que precisou "ir para o lado negro da força" para desencavar um aspecto sombrio dos personagens como os leitores nunca viram antes. Ao mesmo tempo, isso impõe um dos mais difíceis e duros desafios que o mestre Splinter já teve em toda a sua vida, que irá exigir toda a sua força e disciplina: tentar salvar aqueles que são como seus filhos do controle a que estão submetidos pelo Destruidor, antes que o pior seja necessário, o que inclui até matar o jovem quarteto de tartartugas ninjas. Para o vilão, mesmo a conquista de Nova Iorque não é o maior de seus objetivos: ele quer acima de tudo vingança contra Splinter, e que maneira melhor de fazer isso do que usar Michellangelo, Donatello, Leonardo e Raphael contra seu próprio sensei?
                Para Paul Allor, que escreve a história da edição "Deviations" de G.I. Joe, a grande premissa é o que o Cobra faria depois de conquistar o mundo. Toda a série foi centrada nos esforços da organização terrorista liderada pelo Comandante Cobra de obter o domínio de nosso planeta. E nesta realidade divergente, eles conseguiram seu maior intento. E depois? Como o Cobra, cujos talentos sempre foram voltados para a conquista e o combate, irá se portar tendo de administrar o seu território conquistado? "Eles teriam que lidar com infra-estrutura, educação, saúde, energia renovável. O Cobra precisaria passar de uma insurgência para uma burocracia. E é sobre isso que esta história trata", afirma. E por incrível que pareça, o Comandante Cobra começa a ficar entediado desta função, começando a sentir saudade dos tempos em que simplesmente desafiava o mundo para impôr sua vontade. Ele conseguiu sua vitória, mas começa a sentir-se na verdade mais derrotado do que nunca.
                Para os fãs destas séries, será uma experiência interessante de acompanhar seus personagens favoritos nestas realidades divergentes, e conhecer um panorama completamente novo, e por que não dizer, talvez mais preocupante e estarrecedor do que a realidade "oficial". E, quem sabe, o projeto possa ser desenvolvido para explorar estes novos universos em seus novos parâmetros, o que certamente seria muito bem-vindo por vários fãs destas séries. Aguardemos o desenrolar destes acontecimentos.

POWER RANGERS ESTRÉIAM NOVA SÉRIE DE QUADRINHOS



                A franquia Power Rangers, lançada no início dos anos 1990 por Haim Saban, como adaptação das séries Super Sentai japonesas, tornou-se um sucesso estrondoso em vários países, inclusive no Brasil, onde as séries tem sido exibidas há praticamente mais de vinte anos. Nos Estados Unidos, após um período em que foram propriedade da Disney Company, Haim Saban reassumiu o controle da produção, e além de continuar as adaptações das séries nipônicas para o público americano, há um novo filme para cinema que está sendo produzido para estrear em 2017, com vistas a promover um reboot da história, enfocando os primeiros Power Rangers. Mas, enquanto o filme não chega, os fãs poderão se contentar com a nova série de quadrinhos que será estrelada pelos personagens, cujo título chega às comic shops americanas já neste mês de janeiro, através da editora Boom! Studios, com o lançamento da edição N° 0. O preço será de US$ 3,99, com a edição N° 1 chegando em fevereiro. A edição 0, por sinal, terá nada menos do que 6 capas, cada uma enfocando um Ranger específico.
                Os roteiros ficarão a cargo de Kyle Higgins, e a arte será de Hendry Prasetya. O enfoque da série será justamente no primeiro grupo de heróis da franquia, a fase "Mighty Morphin", que inaugurou a série Power Rangers, exibida entre 1993 e 1995 na TV americana. As aventuras da série de quadrinhos tem início logo após os eventos em que Tommy, o Ranger Verde, é libertado do controle mental de Rita Repulsa, e passa a ser um membro efetivo dos Power Rangers. A partir daí, os leitores verão várias aventuras dos personagens em sua luta contra o mal, representado principalmente por Rita Repulsa e seu bando, que continuarão a lançar seus ataques para dominar a Terra, e principalmente, tirar os Rangers de seu caminho.
                "Nós temos grandes planos para o universo central de Power Rangers", declarou o editor-chefe da Boom! Studios, Matt Gagnon, quando a editora anunciou que estava adquirindo a licença para produzir uma nova série de quadrinhos da franquia, que já chegou a ter aventuras publicadas na primeira metade dos anos 1990, mas que não duraram por muito tempo. Para Kyle Higgins, que está escrevendo a nova série de quadrinhos, "robôs gigantes são muito legais, mas para mim, o coração e a alma de Power Rangers como um conceito é uma combinação extraordinária, de grande poder e grande responsabilidade e trabalho em equipe. Como as crianças, todos nós queremos sentir que somos especiais - especialmente quando você passa boa parte da infância assistindo a este tipo de produção, e é de onde vem muito do meu amor e fascínio pelos super-heróis".
                Indagado se a nova série de quadrinhos irá preencher pontos em branco da mitologia da série, Kyle avisa que o propósito das nova aventuras não será preencher a mitologia da série com novos fatos, mas desenvolver os já existentes. Sobre os vilões, ele tem planos para um novo personagem, além de fazer um uso mais aproveitável de alguns dos vilões já conhecidos. Nada impede que a mitologia seja desenvolvida nas aventuras, mas que isso só ira ocorrer se for estritamente necessário para a história que precisar ser escrita. E, se a série irá mostrar detalhes das origens dos personagens, ele também foi categórico em afirmar que a série não enfocará esse assunto, pois as origens dos personagens já são conhecidas da grande maioria dos fãs. Ele também avisa que as novas aventuras serão uma espécie de atualização da fase inicial da série, com sua ambientação trazida para os dias de hoje, onde certos enfoques e situações são diferentes dos vistos e utilizados em 1993.
                O roteirista lembra que, por questões financeiras, o seriado nunca pode trabalhar com certos tipos de histórias. Além dos problemas de orçamento, haviam também questões de logística, e era necessário aproveitar ao máximo o material original vindo do Japão, o que "prendia" as possibilidades de certas histórias serem feitas. Com a série de quadrinhos, esses empecilhos deixam de existir, e sua intenção é aproveitar essa nova série para produzir aventuras que o seriado de TV não tinha como oferecer, além de focar na interação dos seis heróis e sua nova rotina de vida, tendo de dividir seu cotidiano com as atividades normais de qualquer adolescente, e lidar com suas novas responsabilidades e tarefas como super-heróis, uma experiência pela qual muitos fãs gostariam de passar, afinal, segundo Higgins, "quem não queria ser um super-herói naquela idade, e não gostaria de pilotar um zord gigante como aqueles da série?", indaga. mas é claro que, por trás do lado emocionante de ser um super-herói defensor da justiça, há um outro lado nem tão glamoroso assim, e as histórias poderão permitir ver uma face dos rangers que raramente era mostrada na série televisiva.
                Higgins também avisa que as aventuras serão em sequência, com desdobramentos, e que Rita Repulsa irá desenvolver aos poucos um grande plano para sair vitoriosa de sua contenda com os Rangers, e que isso não ficará restrito ao tradicional esquema de ação baseado no "monstro da semana", como era visto nos episódios da TV. O roteirista também não deixa de elogiar a arte de Hendry Prasetya, que segundo ele, pode desenhar praticamente qualquer coisa, dos robôs gigantes às batalhas em larga escala que poderão ser vistas nas aventuras, num ritmo dinâmico. Perguntado se haveria ago sobre Lord Zedd ou a fase Zeo, ele disse que não poderia comentar sobre isso, ainda. Muito possivelmente isso dependerá da aceitação da nova série, que se cativar os fãs, tem tudo para apresentar aventuras das fases seguintes a Mighty Morphin, como Zeo, a fase Turbo, e as demais que vieram a seguir. Mas, por enquanto, o foco será mesmo na fase inicial, que deu origem ao grande sucesso mundial que a franquia se tornou, o que não é pouca coisa, uma vez que esta fase clássica se tornou reverenciada por uma grande legião de fãs. E é pensando em conquistar essa grande massa de fãs que a nova série que a Boom! Studios está lançando é focada neste período.
                Portanto, é hora de rever Jason, Zack, Billy, Trini, Kimberly, e Tommy, em suas novas aventuras defendendo a Terra das investidas do mal proporcionadas por Rita Repulsa e seus associados, sob a coordenação de Zordon, e com a ajuda de Alpha 5 no conhecido Centro de Comando, como os fantásticos heróis Power Rangers. Mais do que nunca, é hora de morfar!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

IDW TRAZ O ENCONTRO DE G.I. JOE E STREET FIGHTER



                As editoras americanas pegaram mesmo gosto por cross-overs nos últimos tempos, e no início do próximo ano, a IDW Publishing estará trazendo o mais novo encontro de personagens de diferentes franquias, para deixar seus fãs com água na boca. E a nova empreitada irá unir dois grupos de lutadores para enfrentar duas organizações terroristas que, por si só, já são temíveis, mas que unidas, podem significar um desastre de proporções inimagináveis.
                STREET FIGHTER X G.I. JOE, que será lançada em fevereiro de 2016, será uma minissérie em 6 edições mensais, ao preço de US$ 4,99, que irá unir os personagens das duas grandes franquias que ganharam o mundo a partir dos anos 1980. Em uma ilha escondida no meio de águas internacionais, 16 combatentes estão prestes a entrar em um torneio secreto... Um torneio que colocará os mais famosos lutadores de rua do mundo contra os soldados da principal força de elite militar dos Estados Unidos, a GI JOE! Quando as forças sinistras da perversa organização do mal Shadaloo, comandada pelo nefasto Mike Bison une forças com o exército terrorista do Cobra, liderado por Destro, será necessária a união dos maiores guerreiros e lutadores do mundo para pôr fim à ameaça que esta união pode proporcionar ao mundo livre. Ryu, Snake Eyes, Guile, Scarlett, Chun-Li e Duke. Está preparado o palco para os mais impressionantes combates de todos os tempos.
                O roteirista Aubrey Sitterson une seus talentos ao do desenhista Emilio Laiso para trazer aos leitores o combate visceral da mais popular série de jogos de luta do mundo e da ação militar do grupo de combate de elite da América unindo forças em conjunto pela primeira vez! E o que não faltará será ação, e principalmente, lutas e mais lutas, promete Aubrey Sitterson, que escreve a história. As capas principais terão a arte de Mike Choi, mas cada edição terá direito a capas variantes, para agradar ao maior número de fãs possível, mostrando todos os personagens envolvidos na trama.
                Para Sitterson, a grande pergunta é "Como esse encontro nunca aconteceu antes?". E prossegue: "Os fãs mais hardcore vão se lembrar do início dos anos 1990 das adições de Street Fighter para as linhas de brinquedos G.I. Joe, mas fora isso... esses dois mundos foram mantidos muito separados. E isso é uma vergonha, porque embora eles trabalhassem em escalas diferentes, ambas as franquias são sobre a mesma coisa. Um tema que é um dos meus favoritos para explorar ou ver ser explorada em qualquer tipo de arte: Enfrentando, lutando e vencendo."
                Sitterson conta que o editor-chefe John Barber lhe ofereceu a chance de trabalhar neste projeto em maio deste ano, e que desde então ele veio desenvolvendo a idéia, que exigiu um bom esforço de pesquisa para montar o roteiro, além da escolha dos personagens que seriam utilizados na história. "Não apenas os personagens de Street Fighter, mas também os de G.I. Joe possuem grandes e ricas histórias de background! Eu amo essas coisas. Mas a minha intenção com esta minissérie Street Fighter X GI Joe é que alcançar todos, desde os fãs hardcore que jogaram todos os jogos, assistiam os desenhos animados, compraram todos os brinquedos, leram cada quadrinhos escrito, e também aos fãs e pessoas que só tem o conhecimento básico destes personagens no atual panorama da cultura pop geral nestes tempos de internet e wikipedia.", mostrando que pretende respeitar todo o histórico dos personagens envolvidos, e que estes sejam tão reconhecíveis não apenas pelos fãs de longa data como por aqueles que apenas conhecem por cima o que ambas as franquias possuem.
                "Para desfrutar de Street Fighter X G.I. Joe você não precisará saber nada além do fato de que haverá um torneio. Na verdade... você não precisa mesmo saber muito, como deverá ser bastante claro quando começar a ler a partir da primeira página! A partir daí, tudo o resto passará a ser revelada através das próprias lutas, o que significa que em vez de um monte de falas e exposição de acontecimento de bastidores, você começará exatamente pelo que as pessoas querem dessas franquias: Lutas, e muitas delas.", complementa Aubrey Sitterson, empolgado com a forma como a história se desenrolará, antecipando que os leitores irão descobrindo os acontecimentos ao mesmo tempo que os personagens.
                O roteirista explica que o modo como a história se desenrola envolveu imensa pesquisa sobre os personagens, indo de seus pontos de vista, a seus estilos particulares de combate. Além de dissecar o histórico dos personagens, houve também pesquisa intensa das artes marciais da vida real, e sua associação a cada um dos personagens, de acordo com suas características e definições, envolvendo todos os 16 combatentes que estarão participando do torneio onde se encontrarão e terá início a ação propriamente dita. Mas toda a pesquisa valeu a pena, de acordo com Sitterson, porque quando a Capcom ea Hasbro viram a proposta de história para o encontro das duas franquias, eles aceitaram de cara, entendendo que a melhor maneira de destacar suas franquias individuais, e enfatizar o encontro de todos os personagens, era dar a seus fãs a única coisa que eles sempre quiseram: surpresas, explosões, competições, dramas, e lutas, muitas lutas. "Fora alguns pedidos de inclusão de personagens - que eu estava mais do que feliz em aceitar - estávamos preparados para começar com tudo.", finalizou Aubrey. O roteirista ainda diz que querer escrever quadrinhos como se fossem outra coisa, segundo ele, é o primeiro passo para as coisas darem errado, ao afirmar que não se pode tentar forçar uma mídia a ser o que ela não é. Ele diz que o importante é ver as virtudes das outras mídias e aplicar ao seu trabalho, sem desvirtuá-la, querer transformá-la em algo que ela não é, mas aprender com estas características positivas de outros meios.
                Lançados em histórias em quadrinhos nos anos 1980 pela Marvel Comics, ao mesmo tempo em que seu desenho animado ganhava o mundo, os G.I. Joe, que no Brasil ficaram conhecidos pelo nome "Comandos em Ação" ganharam seu primeiro cross-over ainda naquela década, ao se encontrarem com os Transformers, outro grupo de personagens de propriedade da Hasbro, que também tiveram suas primeiras histórias desenvolvidas pela Marvel. Nos últimos anos, a franquia G.I. Joe mudou de editora, e um novo encontro com os Transformers também foi produzido, ambos inéditos no Brasil até hoje, que não teve a chance de acompanhar muitas histórias dos personagens, fosse pela Editora Globo ou pela Abril, que chegou a publicar títulos de ambos os grupos. No caso de Street Fighter, os brasileiros tiveram a sorte de assistir às primeiras animações da franquia, feitas no Japão, bem como à uma versão americana, enquanto a Editora Escala publicou os quadrinhos dos personagens, primeiro com histórias produzidas pelos americanos, e depois com aventuras produzidas por artistas nacionais. Infelizmente, as aventuras em quadrinhos dos lutadores de rua nunca emplacaram muito por aqui, apesar da grande base de fãs dos jogos da série, tendo tido poucas aventuras publicadas.
                A união destas duas franquias é algo inédito por se tratar do primeiro cross-over de Street Fighter numa aventura em quadrinhos, e é também um encontro interessante para os fãs da série G.I. Joe, que ansiavam por ver seus heróis em uma aventura onde cruzassem com outros personagens. E lembrando que tanto G.I. Joe quanto os Street Fighters combatem principalmente uma organização criminosa internacional, nada mais óbvio do que juntar seus inimigos para forçar os heróis a fazerem o mesmo para detê-los, uma vez que tanto a Shadaloo como o Cobra são forças consideráveis que nenhum herói poderia enfrentar sozinho. Unidos, então, seria mesmo impossível. E aí reside o grande mote para a união de todos estes soldados e lutadores.
                Fica a esperança de que este encontro possa ser publicado no Brasil, onde tanto os G.I. Joes como os Street Fighters possuem uma grande legião de fãs, enquanto os estadunidenses não veem a hora de soar o gongo da primeira luta desta interessante minissérie, o que só faz lembrar do mote da série de TV Street Fighter II - Victory, exibida aqui ainda nos anos 1990: "Vamos ao encontro dos mais fortes!" E de dar seu grito de guerra: "Yo, Joe!", ou simplesmente, "Fight!"


VERSÃO MANGÁ DE STAR WARS ESTÁ DE VOLTA PELA ABRIL



                Star Wars (Guerra nas Estrelas) está de novo na crista da onda do universo da cultura pop, com o lançamento do 7° filme da franquia, que acaba de estrear nos cinemas mundiais, com o subtítulo "O Despertar da Força", o primeiro filme produzido pela Disney após a compra da Lucasfilm e de todo o legado da franquia criada nos anos 1970 por George Lucas.
                E, aproveitando o lançamento do novo filme, a Editora Abril estará lançando agora em janeiro a quadrinização em estilo mangá do primeiro filme produzido da saga, o 4° da história de Guerra nas Estrelas: STAR WARS: UMA NOVA ESPERANÇA, que tem os desenhos do mangaká Hisao Tamaki. Serão duas edições, no formato 15 x 21 cm, com cerca de 176 páginas cada edição, ao preço de R$ 15,00 cada uma. Esta quadrinização do filme que deu origem à saga de Guerra nas Estrelas, em quadrinhos orientais, foi lançada pela editora americana Dark Horse em 1998 no mercado americano, quando ela detinha a licença para lançar histórias da franquia, licença que atualmente pertence à Marvel, uma das empresas de propriedade da Disney.
                O lançamento da Abril, na verdade, trata-se de uma republicação, uma vez que esta versão em quadrinhos japoneses do filme produzido por George Lucas em 1977 já tinha sido lançado por aqui em junho de 2002, pela Editora JBC. A versão da editora nipo-brasileira, entretanto, era no formato meio tankohon, que na época era o padrão de seus lançamentos, o que fez com que a quadrinização fosse lançada em 4 edições, no formato 13,5 x 19 cm, com cerca de 100 páginas cada edição, enquanto a versão da Abril, mais fiel ao número de páginas do volume original nipônico, terá o mesmo material em apenas 2 edições, o que certamente será mais prático para o leitor adquirir.
                Na época, a JBC publicou praticamente toda a trilogia original de Guerra nas Estrelas em estilo mangá. Em agosto daquele mesmo ano, após concluir a publicação da minissérie com a quadrinização de "Uma Nova Esperança", foi a vez "O Império Contra-Ataca" chegar nas bancas, nos mesmos moldes da primeira minissérie, em 4 edições. A arte desta adaptação, entretanto, ficou a cargo do artista Toshiki Kudo. Em outubro, foi a vez da quadrinização em estilo oriental do último filme da trilogia original sair nas bancas, "O Retorno de Jedi", também em 4 edições, no mesmo formato das séries anteriores. A arte desta vez foi do desenhista Shin-Ichi Hiromoto. Em dezembro de 2002, a JBC trouxe também a adaptação em quadrinhos orientais do filme de estréia da nova trilogia que estava sendo produzida por George Lucas, e que se passava cronologicamente antes da primeira. "Star Wars Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" manteve o mesmo formato de publicação das minisséries anteriores, mas foi lançada em apenas 2 edições, ao contrário das demais. A história foi desenhada por ninguém menos do que Kia Asamiya, autor de várias produções de sucesso no Japão, como Mobile Battleship Nadesico, Dark Angel, Compiler, Silent Mobius, etc, e que também colocou um pouco de seu estilo pessoal na história, não se limitando apenas a quadrinizar a aventura do filme que mostrava o início da história de Anakin Skywalker, que se tornaria um poderoso guerreir Jedi que mais tarde tornaria-se o mais nefasto e impiedoso vilão da franquia de Star Wars, Darth Vader.
                Por enquanto a Abril anunciou a data do lançamento apenas da quadrinização em mangá de "Uma Nova Esperança", que deverá chegar às bancas a partir do dia 15 do próximo mês, mas já havia mencionando anteriormente que as adaptações dos demais filmes também seriam lançadas, o que deve acontecer durante o próximo ano, logo após a conclusão da publicação desta primeira adaptação. Assim, a editora deve relançar todo o material já publicado por aqui na década passada pela JBC, o que seria bem-vindo para a nova legião de fãs da franquia que não tiveram chance de adquirir este material de quando foi publicado aqui pela primeira vez.
                E a expectativa é de que a Abril complete o trabalho feito pela JBC, que nunca publicou todo o material produzido pelos artistas nipônicos. Ficaram de fora de serem lançados por aqui as edições especiais "Star Wars Manga: Black", "Star Wars Manga: Silver", e a edição "The Clone Wars Manga". A editora anunciou que pretende lançar todo o material disponível e o que for permitido pela Disney, dona da franquia, o que dá boas chances de que as edições que não foram lançadas pela JBC na década passada possam finalmente ser lançados por aqui, o que seria muito bom, por permitir que os fãs e demais leitores possam ter acesso a todo o material produzido. Aguardemos, portanto, por novidades da Abril quanto ao lançamento do restante do material, e esperemos que 2016 seja um ano abençoado pela Força, para felicidade da comunidade fã de Guerra nas Estrelas, e demais fãs de quadrinhos.


ABRIL LANÇA ESPECIAL DE 90 ANOS DO BAFO DE ONÇA



                A Editora Abril continua lançando edições temáticas e especiais mais do que bem-vindas com a turma de personagens da Disney. Depois de lançar 3 novas edições encadernadas em capa dura e acabamento de luxo nas bancas recentemente, neste mês de dezembro, a editora lançou uma edição dedicada a um dos vilões mais populares da história, ninguém menos do que João Bafo de Onça, um dos maiores inimigos do Mickey, que está completando nada menos do que 90 anos de sua primeira aparição nos quadrinhos.
                BAFO DE ONÇA - 90 ANOS, é uma edição em formatinho, com cerca de 308 páginas, ao preço de R$ 16,90, e traz histórias de diversas fases do personagem, reconhecido como o mais antigo vilão do universo Disney, desde sua primeira aparição, quando ele nem tinha ainda suas feições bem definidas, até os dias atuais, quando se consagrou como um dos maiores vilões do Universo Disney, e dividindo com o perverso Mancha Negra o posto de maior inimigo das aventuras de Mickey, além de ter servido de vilão nas histórias de vários outros personagens. A edição traz cerca de 15 histórias, com direito a algumas inéditas, publicadas no Brasil pela primeira vez. Acompanha a edição 3 textos de Marcelo Alencar, explicando a história do personagem, e suas diferentes e versáteis facetas, criadas pelos artistas nacionais e italianos.
                Identificado nos dias de hoje como um dos principais vilões das histórias do Mickey, João Bafo de Onça surgiu antes do famoso camundongo criado por Walt Disney. Sua primeira aparição ocorreu numa série criada por Walt e seu irmão Roy chamada "Alice Comedies", produção que mesclava desenho animado com pessoas reais, no 13° episódio, que foi criado e exibido nos cinemas em maio de 1925, com o nome de Bootleg Pete. Apenas 3 anos depois, em 1928, o personagem teria seu primeiro encontro com o Mickey, em um dos desenhos do novo personagem de Walt Disney, e nessa época, seu nome já era Black Pete. De início, o vilão possuía uma perna de pau, e um visual bem diferente do atual, mas muito distinguível para quem conhece o personagem. Em 1930, ele teria sua primeira aparição nos quadrinhos, na história "O Vale da Morte", presente nesta edição especial dos 90 anos do personagem, que dali em diante nunca mais pararia de atazanar os demais personagens Disney, não se limitando apenas ao Mickey, mas também importunando o Pato Donald, Tio Patinhas, entre outros.
                No Brasil, o personagem não demorou a aparecer nos títulos Disney que a Abril passara a publicar na década de 1950, sendo chamado inicialmente de Pete Perna de Pau, numa referência mais fiel a seu nome original em inglês, mas não demorando a ganhar um nome nacional, providenciado para que melhorasse a identificação do personagem junto ao público leitor tupiniquim. E assim, o personagem ganhou o nome brasileiro de "João Bafo de Onça", e foi um nome que pegou pra valer. E não demorou também até o personagem ser usado nas histórias criadas por autores nacionais no Estúdio montado pela Abril para ilustrar os títulos lançados pela editora, colocando o malfeitor em situações pra lá de inusitadas, como enfrentando o Morcego Vermelho em seus golpes, e até comandando um grupo de cangaceiros em uma aventura do Zé Carioca, histórias essas que estão republicadas nesta edição especial que a Abril está lançando. Desnecessário dizer que, em sua carreira de vilão, Bafo já aprontou os mais indizíveis golpes e tramóias, apresentando-se nas mais variadas identidades, de empresário picareta, pirata, batedor de carteiras, assaltante de bancos, etc, algumas vezes até participando de planos conjuntos com outros vilões de Patópolis, o que não o impediu de se dar mal como sempre acontece nas histórias. Um personagem que mostrava sua versatilidade a toda prova, servindo como vilão de um grande número de situações e confrontando os mais diversos antagonistas, fossem os desastrados Morcego Vermelho ou Superpateta, ou o determinado Tio Patinhas. Em todas estas situações, Bafo mostrava ser um bandido "pau para toda obra", garantindo a diversão das aventuras em que participava.
                Em tempos recentes, o vilão ganhou destaque até nas animações produzidas pela Disney. Em Ducktales, Bafo aparece em um dos episódios, mas sem ser exatamente o vilão da história, enquanto em outra aventura, é ele quem dá trabalho para o Tio Patinhas e seus sobrinhos Huguinho, Zezinho, e Luisinho. Nos anos 1990, na série animada Turma do Pateta, Bafo dá o ar da graça como o vizinho mal-humorado que tem que aguentar as trapalhadas do Pateta, mas sem ser um bandido ou vilão propriamente dito. Nos quadrinhos mais recentes, o personagem ganhou até uma família, e uma noiva, Tudinha, que volta e meia dá uma mão ao amado nos seus golpes, ou apenas aparece como uma garota apaixonada pelo Bafo, não importando se ele é um bandido ou não.
                Completando 90 anos de sua primeira aparição, João Bafo de Onça continua em plena forma praticando suas pilantragens, seja contra quem for o herói da história em que participa, mostrando sua popularidade e carisma, ora se apresentando como um vilão realmente maldoso, ora se comportando como um bandido atrapalhado que só se dá mal. Portanto, nada mais natural que seja merecedor desta edição especial em que são comemoradas suas 9 décadas de existência, em mais um bom lançamento que a Abril faz nas bancas nacionais.