sexta-feira, 31 de julho de 2015

PLAYARTE LANÇA DEATH NOTE EM DVD



                Que o mercado de vídeo anda meio complicado no Brasil, já não é nenhuma novidade. Nos últimos anos, as distribuidoras nacionais não tem mais lançado produtos com a mesma qualidade que faziam na década passada. Além da falta de boa vontade das empresas que atuam por aqui, que por vezes lançam seus produtos sem o devido cuidado, o advento da internet banda larga, e a pirataria, ajudaram a implodir parte do mercado consumidor potencial, e no atual momento, ainda temos a crise econômica para complicar a situação.
                Por isso, para os fãs de animação japonesa, é quase uma vitória quando uma série tem seu lançamento oficial feito por estas paragens. E a Playarte, que recentemente lançou no mercado a série Cavaleiros do Zodíaco Omega em blu-ray, agora em agosto estará lançando mais uma série: DEATH NOTE! Mas, ao contrário da série dos Cavaleiros, cuja grande popularidade ajudou a empresa a lançar primeiro em DVD, e agora também em blu-ray, por enquanto este novo lançamento da distribuidora vem apenas em DVD. Os fãs podem chiar com a série sendo lançada apenas neste formato, mas convém lembrar que, apesar de sua qualidade, Death Note não é uma série conhecida do grande público como foi Cavaleiros, portanto, pedir lançamento em blu-ray não depende apenas dos fãs, já que para viabilizar comercialmente o lançamento, o apelo da série precisa ser bem mais abrangente, infelizmente, panorama que no Brasil já é muito difícil de lidar.
                Outro ponto que pode deixar os fãs com o pé atrás é o fato de que a Playarte está lançando inicialmente apenas os primeiros 12 episódios da série, produzida em 2006 pelo renomado estúdio Mad House, tendo sido exibida na TV japonesa de outubro daquele ano a junho de 2007. Em 2009, a série foi exibida no Brasil, no canal pago Animax, tendo sido exibida na íntegra, e com excelente dublagem produzida pelo estúdio Cinevídeo, do Rio de Janeiro. E agora, praticamente 6 anos depois de ter sido veiculada pela primeira vez no Brasil, está chegando ao mercado de vídeo nacional. Serão ao todo 37 episódios, que pelo planejamento da distribuidora, se as vendas compensarem, serão lançados em 3 boxes, com 9 discos no total. A primeira caixa, que tem data oficial de lançamento para 18 de agosto, trará 3 discos, ao preço de R$ 79,90, já podendo ser encontrado em pré-venda nos sites de várias lojas. Os discos trarão o áudio original em japonês e a dublagem em português, com opção de legendas em nosso idioma.
                Baseado na obra de Tsugumi Ohba, o mangá de Death Note, com arte de Takeshi Obata, foi publicado na mais famosa revista de mangás do Japão, a Shonen Jump, da editora Shueisha, entre os anos de 2003 a 2006, totalizando 12 volumes compilados. Na série, o estudante japonês Raito Yagami acaba encontrando um caderno sobrenatural pertencente a um shinigami (o "Deus da Morte"), e descobre que pode matar qualquer pessoa que desejar apenas escrevendo o nome desta pessoa no tal caderno. Para isso, é preciso que, na hora em que o nome for escrito, o portador do caderno visualize mentalmente a pessoa que deverá morrer, e pode até indicar os detalhes de como isso deverá ocorrer, caso contrário, a vítima sofrerá um infarto fulminante que desencadeará sua morte. Inconformado com as injustiças e com a impunidade de muitas pessoas que desgraçam a vida de outros, Raito resolve usar o "Death Note" (Caderno da Morte) para vingar todos aqueles que foram mortos ou prejudicados, eliminando criminosos do mundo inteiro. Adotando a alcunha de "Kira", ele desencadeia seu plano, mas o excessivo número de mortes inexplicáveis, e o perfil de todos, despertam a suspeita das autoridades, que acreditam que tais mortes não são mero acaso.
                Para investigar o caso, entra em cena "L", um famoso e misterioso detetive particular, que passar a ajudar a polícia a descobrir a verdade por trás das misteriosas mortes de criminosos, iniciando um jogo de gato e rato entre Raito e as autoridades com desdobramentos imprevisíveis. Acreditando estar aplicando a justiça divina contra os criminosos, Raito não se deixará deter por nada ou por ninguém, e o confronto está armado. Com o sucesso da série, veio a adaptação em animação, e também as adaptações com atores em filmes para cinema. Atualmente, Death Note ganhou uma nova série de TV, protagonizada por atores, que já está sendo  disponibilizada no Brasil através do site de streaming Crunchyroll, com legendas em português.
                O mangá foi publicado no Brasil pela editora JBC entre 2006 e 2007, tendo todos os seus 12 volumes lançados, mais um volume "extra", com informações sobre a história. Em 2013, a JBC reeditou a obra, agora no formato livro, intitulada Death Note: Black Edition, condensada em 6 volumes, com venda destinada a livrarias, novo nicho de vendas de mangás e quadrinhos que as editoras nacionais vêm explorando nos últimos anos, com bons resultados.
                Para quem é fã da série, é preciso apoiar o lançamento feito pela Playarte, em que pese o fato de muitos ficarem de pé atrás pelo fato de a distribuidora estar lançando apenas o primeiro terço da série, o que gera em muitos o temor de comprar e depois ficar com sua coleção incompleta, quando a distribuidora simplesmente deixa de dar seguimento ao produto. É uma situação complicada: os fãs, temendo não verem toda a série em vídeo, acabam não comprando, esperando para ver como fica a situação, e isso complica as vendas, o que faz com que a empresa opte por não continuar lançando o produto, devido às fracas vendas. Com isso, os fãs alegam sua razão de não comprar porque a empresa não lança tudo, mas também prejudicam o próprio lançamento, não adquirindo os boxes. Na prática, todos saem perdendo: os fãs, a distribuidora, e o público que poderia comprar a série para conhecê-la. É um círculo vicioso, onde temos de um lado as necessidades de lucro da empresa que lança o produto oficial no mercado, e por vezes lança com má qualidade, o que só aumenta as críticas dos fãs, e a atitude por vezes radical destes, muitas vezes boicotando o produto, ou não ajudando como deveria, mesmo quando ele é lançado com excelente qualidade por aqui.
                Exemplos não faltam, como as coleções incompletas de Supercampeões, Hunter X Hunter, A Princesa e o Cavaleiro (Focus Filmes), Megaman, One Piece (Playarte), entre outras séries variadas, sejam elas animações de outros países (cadê várias séries de desenhos clássicos da Hanna-Barbera?), ou seriados variados. Se o lançamento é bem-feito, ele deve ser elogiado, divulgado e incentivado pelos fãs, que sempre dizem que querem ver mais lançamentos por aqui, mas se esquecem de que os mesmos precisam vender para justificar o investimento, por vezes bem alto, por parte da empresa distribuidora. E, quando o lançamento contém falhas, criticar com fundamentação e bom senso, e não apenas fazer guerrinha e birra radical pelos erros cometidos, como muitos fãs infelizmente se comportam. Apesar das dificuldades, a Playarte continua apostando nos animes, o que já é muito se considerarmos o comportamento de nosso mercado nos últimos tempos. Que seu novo lançamento seja bem-sucedido, para felicidade dela, e principalmente dos fãs, sejam eles ou não dos animes.

SIR LOCK HOLMES CHEGA AOS 40 ANOS COM EDIÇÃO ESPECIAL



                Sherlock Holmes, o personagem de ficção criado pelo escritor inglês Arthur Conan Doyle, o mais famoso detetive de todos os tempos, gerou ao longo das décadas várias imitações e/ou personagens cujo principal talento era a capacidade investigativa ou de dedução, estrelando as mais variadas histórias. E uma destas personagens, pertencente ao universo dos quadrinhos Disney, acaba de completar 40 anos, e é justamente uma paródia do infalível detetive da literatura: Sir Lock Holmes! E que merecidamente, acaba de ganhar uma edição especial pela Editora Abril comemorando as 4 décadas de sua primeira aparição nos quadrinhos. SIR LOCK HOLMES - 40 ANOS, é uma edição em formatinho, com 308 páginas, ao preço de R$ 16,00, com distribuição setorizada, e faz parte da coleção Disney Temático.
                Chamada de "The Sleuth" (O Detetive) em inglês, a série do novo personagem, criado por Al Hubbard, estreou com a história "O Estranho Roubo das Ervilhas", publicado na edição de estréia da revista Disney Magazine, lançada em maio de 1975, com roteiro de Carl Fallberg, Carson Van Osten, e Sam Cornell, e desenhos de Al Hubbard. O personagem estreou no Brasil em dezembro daquele ano, na edição 278 da revista Mickey, que publicou a história de estréia. com o nome de Sir Lock Holmes, fazendo uma ligação direta e óbvia com Sherlock Holmes, nosso herói se vê como o maior detetive de toda a Inglaterra, mas na verdade é um grande trapalhão, desvendando mistérios praticamente por acaso, prendendo os bandidos em golpes de sorte, e ainda por cima, se achando um músico de primeira classe que adora tocar violino, instrumento de onde extrai um som terrível que praticamente tortura qualquer um nas proximidades. No lugar do parceiro de Holmes, o Dr. Watson, o melhor amigo de Sir Lock é o Mickey, em um raro papel secundário nas histórias em que participa, mas assim mesmo mostrando ser muito mais sagaz e inteligente do que seu grande amigo detetive, e muitas vezes fornecendo as pistas e até a solução dos mistérios, cujo mérito acaba indo parar nas mãos de Sir Lock. As histórias são ambientadas na Londres da Era Vitoriana, no século XIX, e a série se caracteriza por apresentar vários aparelhos e anacronismos que ajudam a fazer o charme da série, como televisores, veículos, etc.
                E, como todo bom herói, Sir Lock também tem seu arquiinimigo, o perverso Professor Nefárius, obviamente inspirado no mais mortal inimigo de Holmes, o nefasto professor James Moriarty. Dirigindo sua "Universidade de Ciências Criminais", Nefárius se vê como grande mestre do crime de Londres, mas seus golpes praticamente nunca dão certo, uma vez que toda sua quadrinha, formada pelo capangas Tatu, Boca-Mole, e Magricela (cujo nome foi retraduzido para Comprido nesta edição comemorativa da Abril), é completamente incompetente e inepta, mal conseguindo planejar um roubo ou simplesmente cumprir com os estratagemas planejados por Nefárius a contento.
                Foram produzidas cerca de 90 histórias com o personagem, sendo que apenas uma delas foi criada no Brasil, a história "Professor Nefárius Volta a Atacar", escrita por Ivan Saidenberg com desenhos de Roberto O. Fukue, em 1978. Todas as demais aventuras foram produzidas nos Estados Unidos, objetivando abastecer o mercado internacional. No Brasil, as histórias do personagem foram publicadas em títulos Disney variados da Abril, como Mickey, Almanaque Disney, etc. Algumas histórias possuíam uma arte particular, com o desenho dos quadrinhos mesclados entre si, sem enquadramento padrão, produzidos pelo Jaime Diaz Studio, e isso sempre era outro atrativo das aventuras, pelo modo original como as histórias eram desenhadas.
                Esta edição especial traz nada menos que 25 histórias de Sir Lock e seu inseparável parceiro Mickey, sempre desbaratando os planos pérfidos de Nefárius e sua gangue, que volta e meia aprontam tantas confusões que não seria surpresa se fossem capturados sozinhos pela polícia londrina. Além de trazer a primeira história de Sir Lock, e também a única história produzida em nosso país, a revista traz também a única história do personagem que ainda permanecia inédita no Brasil, "O Assalto Extraterrestre", produzida em 1983, e que nunca havia sido lançada por aqui, ao contrário de todas as demais aventuras, que já tiveram várias republicações ao longo dos anos. Tanto que parte das histórias lançadas nesta edição comemorativa foi relançada em tempos recentes, enquanto outras aventuras não são vistas há muito mais tempo, para saudade dos fãs do personagem, que criou uma fama razoável entre os leitores nacionais, que sempre se divertiam com as trapalhadas do ousado detetive, e que há muito tempo merecia uma edição como esta compilando suas aventuras, o que só veio a acontecer agora, com a comemoração dos 40 anos do personagem. A revista ainda traz uma pequena matéria apresentando o personagem, de autoria de Marcelo Alencar, com um visual reproduzindo uma página de jornal.
                Para os fãs, infelizmente não há mais produção de novas histórias do personagem. A Editora Abril há muito tempo desativou seu estúdio de produção de histórias em quadrinhos Disney, e a pouca produção feita nos dias atuais não tem o detetive inglês como prioridade. Nos Estados Unidos, atualmente, não há também produção de novas histórias em quadrinhos, e mesmo na Europa, onde ainda se mantém uma produção ativa de novas aventuras, não há a menor perspectiva de novas histórias de Sir Lock serem produzidas.
                Portanto, resta aos fãs aproveitarem esta edição especial para matarem a saudade, e aos novos leitores a chance de conhecerem o personagem, cujas histórias ainda continuam muito divertidas. E esperar que a Abril possa lançar outra edição dedicada às histórias do personagem em uma futura edição temática, com várias de suas outras histórias que há tempos pedem por uma republicação.

MANGÁ DE NARUTO GANHA REPUBLICAÇÃO PELA PANINI



                Rei morto, rei posto, diz o velho ditado. Pois nem bem a série de Naruto, um dos mangás de maior sucesso da atualidade no mundo inteiro, terminou em junho, com o lançamento brasileiro do 72° e último volume , e a Panini, editora responsável pela publicação da série no Brasil, já iniciou a republicação integral da obra, não deixando o fenômeno de vendas esfriar, e garantindo que a série continue firme nas bancas nacionais, onde espera manter o excelente índice de vendas, conquistando agora novos leitores.
                O anúncio já havia sido feito pela editora no mês de maio, onde divulgou que a republicação da série teria o nome de NARUTO GOLD, para mostrar que não se tratava apenas de uma mera republicação, com a nova coleção tendo um tratamento gráfico mais elaborado, como o uso de papel de melhor qualidade no miolo, a exemplo do que a editora já faz na republicação de Berserk, além de alguns mimos para os leitores. O preço de cada edição, por isso mesmo, seria um pouco mais elevado, de R$ 16,90, com periodicidade mensal, e distribuição, setorizada. O lançamento seria feito no mês de julho, durante o segundo fim de semana do evento Animefriends, realizado em São Paulo, capital.
                Os planos da editora, entretanto, sofreram um pequeno atraso, inviabilizando o relançamento do mangá no evento, o que deixou vários fãs desapontados. Em comunicado oficial, a Panini informou que apesar do esforço para disponibilizar o mangá a tempo para o Animefriends, depois da demora enfrentada pela editora na aprovação do material com o licenciante, eles foram surpreendidos com problemas detectados por seu departamento de Controle de Qualidade, o que acarretou o atraso da impressão do material que seria enviado tanto para o evento naquele final de semana, como para as bancas e comic shops, o que ocorreria a partir da semana seguinte. A Panini pediu desculpas aos fãs, pedindo sua compreensão, e informando que o brinde que seria dado aos compradores do mangá no Animefriends agora será disponibilizado para os fãs que fizeram assinatura da nova série, que com o motivo do atraso sanado, deverá chegar às bancas, comic shops e outras lojas agora na primeira semana de agosto, para alegria dos fãs que não tinham conseguido iniciar sua coleção da primeira série do mangá.
                Situada em um mundo fictício onde os ninjas são comuns, com "nações" que desenvolvem as artes do ninjutsu e prestam serviços dos mais variados a quem os contrata, conhecemos o jovem Naruto Uzumaki, um jovem aspirante a ninja da Vila da Folha (Konoha, no original em japonês), que está sempre criando confusão e aprontando artes. Com muito custo, ele consegue sua graduação para genin, o rank de ninja novato, e com seus companheiros de aventuras, inicia o seu sonho de se tornar Hokage, o líder máximo de sua vila, a fim de ganhar enfim o respeito de todos os que o cercam, uma vez que desde criança sempre foi desprezado pelos adultos da vila. Ocorre que isso era devido ao fato de ele carregar dentro de si uma besta-fera, a Raposa de Nove Caudas, um monstro poderoso que no passado quase devastou o mundo, sendo necessário o sacrifício de vários ninjas para selar a fera dentro do corpo de um bebê recém-nascido, que acabou sendo Naruto.
                Ao longo de sua jornada, Naruto faz vários amigos, e também inúmeros inimigos, sempre evoluindo e lutando pelo seu objetivo de se tornar o maior ninja de todos. O mangá, criado por Masashi Kishimoto, começou a ser publicado na revista Shonen Jump, no Japão, em março do ano 2000, tornando-se um sucesso em pouco tempo. Como não poderia deixar de ser, ganhou sua versão em anime, produzida pelo Estúdio Pierrot, que estreou em outubro de 2002 na TV japonesa. A primeira série de Naruto teve 220 episódios, e logo em seguida, foi lançada a série Naruto Shippuden, com a continuação da história, agora com Naruto já na adolescência. Esta série continua em produção, contando com mais de 400 episódios, e até o presente momento, mesmo com o fim das aventuras do mangá, ainda não teve seu fim anunciado. A série também ganhou alguns especiais de vídeo, e vários longa-metragens para cinema.
                No Brasil, a Panini iniciou a publicação do mangá em 2007, concluída em junho com o lançamento da última edição. A nova republicação, intitulada Naruto Gold, na verdade é a 3ª edição do mangá no Brasil: em 2010, a editora lançou Naruto Pocket, a primeira republicação do mangá, em um formato menor do que o da primeira edição, com preço mais acessível. Esta coleção encontra-se atualmente com 63 números lançados, devendo ser concluída no início de 2016. E com o lançamento da nova edição, a Panini garante Naruto nas bancas nacionais pelos próximos 6 anos, o que fará com que a série do intrépido ninja da Vila da Folha seja publicada de forma ininterrupta em nosso país por nada menos do que 15 anos, um feito nada desprezível, que confirma a força da série no Brasil, apesar dos percalços que a versão animada enfrentou por aqui.
                A série animada de Naruto chegou ao Brasil na década passada, tendo sido exibida pelo canal pago Cartoon Network e pela TVS/SBT em canal aberto. Aos trancos e barrancos, a série, que veio cheia de cortes na versão americana, pelo menos teve seus 220 episódios e o primeiro filme para cinema lançados aqui, com vários boxes de DVDs tendo sido lançados pela Playarte. Depois disso, a série sumiu do mapa das emissoras nacionais, e só recentemente a segunda produção de TV, Shippuden, começou a ser exibida por aqui. Dos filmes para cinema, apenas o primeiro e o último filme de Naruto acabaram vindo para o Brasil: o primeiro foi lançado em vídeo pela Playarte, enquanto a última produção, intitulada "The Last Naruto", que serve para concluir a série de TV, que ainda segue firme em frente.
                Mas Naruto está longe de ver seu fim. Enquanto no Japão o mangá já foi encerrado, o seu autor, Masashi Kishimoto já trabalha em uma história envolvendo os descendentes de Naruto & Cia. no universo dos ninjas, que deve ganhar também versão animada, dependendo dos acontecimentos. Até porque uma série de sucesso como a de Naruto dificilmente desaparece tão fácil da mídia, especialmente num momento em que os japoneses estão aproveitando tudo o a que tem direito para garantir mais lucros de seus maiores sucessos de mangá em séries animadas. Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball que o digam. Portanto, Naruto acabou, vida longa a Naruto!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

REVISTA "PATO DONALD" COMPLETA 65 ANOS PELA ABRIL



                Neste mês de julho, o título de quadrinhos mais antigo ainda em publicação no Brasil está completando nada menos do que 65 anos. É a revista PATO DONALD, publicada pela Editora Abril, cujo primeiro número foi lançado no dia 12 de julho de 1950. A publicação da revista daria início ao império editorial construído por Victor Civita, fundador da Abril, que hoje é o maior grupo editorial da América Latina, com dezenas de publicações, nos mais variados gêneros e formatos.
                A edição comemorativa é a de número 2.445, que chegou às bancas praticamente na mesma data em que estreou há 65 anos atrás. Como principal destaque, a capa da edição é uma arte atualizada do desenho da primeira capa da revista, assinada originalmente pelo argentino Luis Destuet, que na época fora contratado por Victor Civita para ensinar os desenhistas brasileiros a fazer as histórias em quadrinhos com os personagens da Disney. A capa atual, feita em homenagem à antiga, é do artista Napoleão Figueiredo, desenhista veterano que já produziu capas para as mais variadas publicações de quadrinhos editadas pela Abril ao longo de sua história.
                Lançada inicialmente em formato americano em julho de 1950, com 52 páginas, a revista do pato mais irascível dos quadrinhos estreou com uma tiragem de mais de 80 mil exemplares, número expressivo para uma publicação na época. Curiosamente, a revista tinha a maior parte de seu miolo trazendo as histórias apenas em preto-e-branco, com poucas páginas coloridas. Uma das atrações da edição de estréia de "O Pato Donald" era a história "O Segredo do Castelo", produzida por ninguém menos do que Carl Barks, o mais famoso desenhista de quadrinhos Disney até hoje, que teria suas primeiras páginas lançadas no novo título de quadrinhos nacional. A história só seria concluída nos números seguintes. Outro detalhe curioso é a primeira história do Mickey publicada na revista, onde seu melhor amigo, o Pateta, era chamado inicialmente de "Dippy", nome que felizmente foi abandonado pouco tempo depois.
                O sucesso estrondoso da revista logo fez surgir outros títulos de quadrinhos Disney, como Mickey, Zé Carioca, Tio Patinhas, entre vários outros. Com o incremento do número de revistas, cujas vendas cresciam sempre, criou-se o estúdio de quadrinhos Disney dentro da Abril, que por muitos anos criou incontáveis histórias, que foram também exportadas para vários outros países que publicavam histórias da Disney.
                E a revista do Pato Donald, cujo título segue firme até hoje, a coloca como uma das mais longevas revistas do mundo dos quadrinhos mundiais. Só para se ter uma idéia, a revista é mais antiga que todos os títulos dos heróis atualmente publicados pela Marvel Comics, cujo universo de quadrinhos "moderno" começou com a primeira edição de "Fantastic Four", em 1961, mais de uma década depois do lançamento da revista do Donald em terras tupiniquins. A numeração da revista, com 2.445, é explicada pelo fato do título ter tido mudanças na sua periodicidade ao longo destes 65 anos de existência.
                Da edição N° 1, lançada em julho de 1950, a revista foi publicada mensalmente até a edição 21, em março de 1952. A partir da edição 22, de abril de 1952, até a edição 477, de dezembro de 1960, o título foi semanal. Da edição 478, de janeiro de 1961, em diante, o título assumiria a periodicidade bi-semanal, saindo a cada 14 dias, o que dava praticamente 26 edições por ano. Esta foi a periodicidade de maior duração da história da revista, sendo mantida até a edição 1.858, lançada em janeiro de 1990. A revista voltaria à periodicidade semanal durante as edições 1.859 (fevereiro de 1990) a 1.984 (junho de 1992), quando novamente voltaria a ter lançamento bi-semanal, da edição 1.985 (julho de 1992) à edição 2.325 (agosto de 2005). A partir da edição 2.326, lançada em setembro de 2005, o título passou a ser mensal, e mantém-se assim até os dias atuais.
                O formato da revista também teve algumas variações ao longo destas mais de seis décadas de publicação. O formato americano adotado inicialmente logo deu lugar ao famoso "formatinho", que se mantém firme até os dias atuais, com poucos momentos em que a revista foi lançada em outros tamanhos. Das 52 páginas iniciais, o título encolheu para 32 páginas em boa parte de sua história, tendo momentos com um pouco mais de páginas. Atualmente, a revista mantém 52 páginas, e é um dos títulos mais acessíveis do mercado nacional de quadrinhos, com o preço de R$ 3,90.
                Os atrativos especiais da edição que comemora os 65 anos de "Pato Donald", contudo, são mínimos, reduzindo-se apenas a uma página no início da revista, anunciando o grande feito, explicando sobre a longevidade da revista, e sobre a homenagem feita na capa da edição em relação à capa da revista de estréia, lançada há 65 anos, num texto singelo e curto. A própria edição, em si, traz apenas as 52 páginas habituais, muito pouco para uma comemoração que a Abril tinha tudo para fazer melhor, tendo em vista o currículo de edições especiais lançadas pela editora nos últimos anos.
                Definitivamente, os tempos são outros. Em 1980, quando se fez a comemoração dos 30 anos da revista, a edição, que atingiu em agosto daquele ano a marca invejável de 1.500 números publicados no Brasil, apresentou alguns mimos especiais para os leitores: alem da edição ter 132 páginas, justamente pela comemoração não apenas dos 30 anos de publicação do título, mas da própria numeração de 1.500 edições atingidas, trazia nada menos do que uma visita do próprio Pato Donald a Victor Civita, fundados e presidente do Grupo Abril em seu próprio escritório na editora, em uma história criada por Gérson Luiz B. Teixeira, com desenhos de Carlos Edgard Herrero, com direito a algumas fotos da trajetória da Abril nos 30 anos decorridos até então. A edição também trouxe uma reimpressão da história "O Segredo do Castelo", publicada originalmente em partes nas primeiras edições do título. Outro presente para os fãs foi a história "A Galinha Sábia", compilação das páginas dominicais lançadas em 1934, com a primeira aparição do Donald nos quadrinhos, ainda com um visual diferente do qual todos conhecemos. A edição também republicou várias outras histórias clássicas de Donald. A edição comemorativa atual, por outro lado, traz apenas material inédito, o que não é algo ruim, mas faltou um destaque maior para a comemoração dos 65 anos da revista, que não apresenta tal informação nem na capa da edição, de modo que quem apenas olha a revista na banca nem está sabendo da data festiva, o que poderia ser um incentivo para se adquirir a edição e tentar conhecer um pouco de sua história por parte do leitor menos informado.
                Mesmo assim, é de se comemorar efetivamente a longevidade do título, uma vez que, durante todos esses anos, vários outros títulos Disney lançados pela Abril acabaram cancelados, para não mencionar que a empresa, durante os anos 1980 e 1990, era a maior editora de quadrinhos do país, publicando séries de títulos de super-heróis da Marvel e DC, além de outros títulos infanto-juvenis, como a Turma da Mônica, e revistas com personagens da Hanna-Barbera, entre muitos outros. Hoje, apenas os títulos Disney permanecem firmes no rol de publicações da editora, que tem feito um trabalho bastante competente nos últimos anos, para felicidade dos leitores nacionais, que tiveram acesso a vários materiais de excelente qualidade.
                E tudo começou com um pato, em 1950, que transformou um pequeno empreendimento num dos maiores grupos empresariais do Brasil e da América Latina. Palmas para o Pato Donald, que ele bem que merece. E que possam vir outros 65 anos de publicação para sua revista...

UNIVERSAL LANÇA GALACTICA APENAS EM DVD NO BRASIL



                Ser fã e colecionador de séries no Brasil, definitivamente, é algo que pode ser muito ingrato. Enquanto em outros países, várias produções ganham edições caprichadas e com brindes, no Brasil, só o fato de determinada série ser lançada em nosso mercado de vídeo deveria ser motivo de comemoração, tamanho o desprezo, e por que não dizer, desleixo por parte das distribuidoras aqui instaladas, que acumulam uma longa lista de furadas para com o público nas últimas duas décadas.
                O sentimento de alívio e frustração ataca de novo quando a Universal, acaba de lançar em nosso país uma caixa trazendo a série completa de uma das mais cultuadas séries de ficção científica do fim dos anos 1970. GALACTICA - ASTRONAVE DE COMBATE - A SÉRIE ORIGINAL COMPLETA, chegou ao mercado nacional de vídeo antes do que se esperava, pois os prognósticos iniciais davam pelo seu lançamento apenas no segundo semestre deste ano, mas já está disponível nas lojas e site da Livraria Cultura para venda exclusiva. De positivo, os 9 discos do box trazem todos os 24 episódios do seriado original de 1978, e ainda os 10 episódios produzidos de Galactica 1980, com a continuação das aventuras da última nave de combate colonial.
                Em um momento onde as distribuidoras não estão lançando direito nem as séries atuais em nosso mercado, é para se comemorar que as produções originais de Galactica tenham finalmente sido lançadas no Brasil, um anseio de muitos anos dos fãs, que viam outros seriados serem lançados enquanto esta série ficava sempre apenas na esperança de sair um dia, o que finalmente aconteceu agora. O que não exime a filial brasileira da Universal das críticas pela forma como está lançando o box em nosso mercado. Em primeiro lugar, o lançamento é apenas em DVD, não havendo nenhuma opção em blu-ray com o material em alta definição. E, recentemente, nos Estados Unidos, a Universal lançou um belo box em alta definição, com nada menos do que 18 discos, com tudo formatado direitinho para a mídia de alta definição. Por mais que se diga que os mercados dos Estados Unidos e o do Brasil são diferentes, a falta de opção em lançamento em Blu-Ray em nosso país já demonstra a falta de fé da distribuidora em nosso mercado, por jogar o produto apenas em DVD. Em que pese o fato de algumas séries realmente terem tido vendas fracas quando lançadas em Blu-Ray por aqui, é verdade que o alto preço cobrado pelas mesmas ajuda a desestimular o consumidor, que na maioria das vezes acaba preferindo a mídia mais barata, o DVD. Dessa forma, quando optam por lançar apenas na mídia mais antiga, não dá para condenar totalmente a distribuidora por querer garantir uma maior viabilidade do lançamento, mas poderia caprichar um pouco mais na forma como está lançando, de forma a evitar alguns erros.
                Para começar, o box brasileiro de Galactica lançado pela Universal chegou às lojas por um preço nada condizente com o seu formato: está sendo vendido a praticamente R$ 200,00, tanto nas lojas físicas quanto no site da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br), um valor alto para uma caixa com apenas 9 discos, e de uma série já antiga. E o pior é que, não bastasse o valor alto cobrado pelo box, ele não traz nem metade do material da versão em Blu-Ray lançada nos Estados Unidos. Lá, a caixa trouxe não apenas a versão original dos seriados, inclusive com opções em português na dublagem e legendas, mas também uma versão remasterizada, totalmente vertida para alta definição, e com efeitos visuais retrabalhados. A caixa nacional traz apenas a versão original, absolutamente nada do material remasterizado. Se é verdade que não adiantaria lançar o material remasterizado em DVD, por ter sido concebido mais propriamente para mídia de alta definição, o que parece uma desculpa plausível e aceitável, há outro problema no lançamento nacional, este sim o maior pecado da distribuidora no Brasil perante os fãs da série: não há absolutamente nenhum extra no box brasileiro!
                A caixa americana trouxe cerca de 4 horas de material extra sobre a série, entre os quais podemos citar: comentários em áudio dos episódios por Richard Hatch, Dirk Benedict e Herbert Jefferson Jr., os intérpretes dos personagens Capitão Apolo, e tenentes Starbuck e Boomer, respectivamente; documentários com o elenco da série e o making of da produção, em um material de retrospectiva exclusiva; documentário sobre a criação de Galactica, pelas mãos de Glen A. Larson; documentário também sobre a composição musical da série, produzida por Stu Phillips; além de trazer também a versão de cinema do episódio piloto da série, com 125 minutos, que em alguns países foi exibido no lugar dos 3 primeiros episódios, como o piloto do seriado. Mesmo com o lançamento em DVD apenas, seria pedir demais que a distribuidora pelo menos incluísse estes extras em um disco especial no box? Para muitos fãs, não, mas aparentemente, a Universal não se deu ao luxo de pelo menos oferecer o material mais completo na versão em DVD.
                Pelo menos, as séries originais estão completas, e com opções de dublagem e legendas em português disponíveis. Mas também nesse ponto há alguns problemas: a dublagem não está completa. Alguns episódios ficaram apenas com legendas em português, ou com parte do áudio nacional faltando. O problema afeta mais o episódio piloto e o episódio duplo "A Lenda Viva". Neste caso, a explicação é simples: as versões completas destes episódios nunca foram dubladas por aqui. Quando a série foi exibida pela primeira vez, no início dos anos 1980, o piloto da série exibido aqui foi a versão montada para cinema, com 125 minutos, e não os 3 episódios originais que dão início à série, que possuem aproximadamente 150 minutos. É bem verdade que a distribuidora poderia ter incluído esta versão de cinema no box, com sua dublagem original, e apresentado também os episódios originais na íntegra. Já o episódio duplo "A Lenda Viva' foi exibido aqui como um longa metragem chamado "Missão Galactica: O Ataque dos Cilônios", e fazia uma mescla destes episódios com os acontecimentos da aventura "Fogo no Espaço", com alguns efeitos especiais retrabalhados e algumas cenas estendidas. Uma opção mais trabalhosa seria mixar o áudio em português nos trechos correspondentes dos episódios, um trabalho que seria mais complicado e cujo resultado poderia não ser muito bom. Mas, novamente, a distribuidora não optou por tal caminho. Segundo as informações, a primeira parte do episódio duplo "O Planta Perdido dos Deuses" também não está com o áudio em português. Há também o justificativa, plausível, da má condição da dublagem em parte do episódio. Mas fã que é fã não ligaria muito se pudessem incluir todo o áudio disponível, até porque a dublagem da Herbert Richers era primorosa, com excelentes vozes para os personagens, que permanecem até hoje na memória de quem curtia a série.
                Problemas à parte, isso não impediu os fãs de comemorarem o lançamento da caixa, mesmo com os materiais faltantes. O fã clube Battlestar Galactica Brasil, em conjunto com a Livraria Cultura e a loja Geek.Etc.Br, organizaram um evento comemorando o lançamento do box de DVDs, com o apoio da distribuidora Universal, realizado no último dia 11 de julho na Livraria Cultura do Bourbon Shopping, em São Paulo, capital, no auditório da livraria, que tinha capacidade para 125 pessoas. Durante o evento, na presença dos fãs, foram feitas exibição de vídeos, premiações, quiz e um bate-papo com o jornalista Paulo Gustavo Pereira, com o especialista em séries e desenhos clássicos Roosevelt Garcia, e com o presidente do fã-clube Samir Fabiano.
                A primeira série, de 1978, foi exibida na TV Globo ainda no início dos anos 1980, tendo toda a temporada transmitida pela emissora carioca. Já Galactica 1980 só seria exibida vários anos depois, quando a primeira série foi reprisada pela TV Record, que trouxe a continuação do seriado. No início dos anos 1990, as séries seriam reprisadas na TV Manchete, na Sessão Espacial, revezando com as séries de Jornada nas Estrelas clássica e Nova Geração, e Buck Rogers no Século XXV. Na década passada, o canal pago TCM reprisou a produção de 1978, mas Galactica 1980 foi ignorada pela emissora. Agora, com o lançamento em DVD, os fãs poderão finalmente matar a saudade das aventuras da última nave de combate colonial em sua busca pelas estrelas pelo planeta Terra, enquanto fogem da tirania dos cilônios. Mesmo assim, vários fãs ficaram decepcionados vendo a comparação da caixa americana com a brasileira, e pela falta do interessante material extra que não foi incluído na versão nacional. Mas a caixa redime parcialmente a distribuidora pelo fato de ter lançado há anos atrás apenas a versão de cinema do piloto da série, apenas com legendas em português e sem dublagem (e também sem extras) no mercado nacional, deixando os fãs até então a ver navios esperando que a série fosse lançada inteiramente por aqui. Mas haja paciência para ver as esperanças serem correspondidas...
                Já é o segundo caso de uma série clássica amplamente esperada pelos fãs cujo lançamento no Brasil fica a dever e muito à versão americana do respectivo box. No ano passado, a Warner lançou em nosso país a série de TV do Batman dos anos 1960, também apenas em DVD, e sem vários extras da caixa americana, que teve opção em blu-ray, além de alguns brindes legais, como uma miniatura do modelo do batmóvel da série. Mas pelo menos a Warner ainda deixou a maioria dos extras no box nacional, que pecou também pelo preço exagerado (cerca de R$ 400, por uma caixa de 18 discos), ao contrário da Universal, que tirou todo o material extra, lançando também com um preço acima do praticado pelo mercado para os demais boxes de seriados. Tanto a Warner quanto a Universal precisam ser mais dedicadas e cuidadosas com seus produtos, pois um cliente satisfeito é um bem e não um ônus como parecem dar a entender. Reclamar que a pirataria atrapalha é fácil, e é de fato um problema que aflige o mercado oficial de vídeo em nosso país, o que não justifica lançar um produto com descaso como se vem observando em várias oportunidades ao longo dos últimos anos.
                O preço alto só ajuda a dificultar ainda mais a venda do produto, mesmo para uma série clássica e cultuada, dando a entender que estão mesmo é a fim de explorar o bolso dos fãs. Só para efeito de comparação, a mesma Livraria Cultura possui a venda o box "Battlestar Galactica - A Coleção Completa", que traz todas as temporadas do remake produzido na década passada, por cerca de R$ 250,00, sendo que é uma caixa com 24 discos. Nesse ponto, a caixa das séries originais, com apenas 9 discos, sem extras, saindo por praticamente R$ 200,00 dá uma dimensão exata de que algo anda muito errado na atitude de nossas distribuidoras de vídeo por aqui. Os fãs merecem muito mais respeito, sejam de Galactica, ou de qualquer outra série.