segunda-feira, 17 de março de 2014

IDW LANÇARÁ EDIÇÃO COMEMORATIVA ESPECIAL DOS 30 ANOS DAS TARTARUGAS NINJAS



                O grupo de tartarugas mutantes ninja mais cultuado do universo pop está comemorando um aniversário especial este ano: trata-se dos 30 anos de criação do grupo, que ganhou as páginas dos quadrinhos pela primeira vez em 1984, num esforço conjunto dos norte-americanos Kevin Eastman e Peter Laird. E de lá para cá estes heróis incomuns ganharam o mundo, ganhando adaptações no cinema, TV, games e o que mais fosse possível. E para comemorar este aniversário em grande estilo, a IDW Publishing, atual editora dos personagens nos Estados Unidos, estará lançando uma edição especial em maio, intitulada TEENAGE MUTANT NINJA TURTLES - 30TH ANNIVERSARY SPECIAL. Raphael, Leonardo, Donatello e Michelangelo podem ser ainda tartarugas mutantes ninja adolescentes nos quadrinhos, mas suas aventuras há muito tempo já ganharam maioridade no universo da arte sequencial, e esta edição especial que a IDW está lançando é apenas uma pequena homenagem frente ao sucesso que os personagens fazem há 3 décadas.
                Com o preço de US$ 7,99, a edição será uma antologia, com cerca de 48 páginas, trazendo inúmeras histórias curtas dos personagens criadas por ninguém menos do que a dupla criadora original. Isso mesmo: depois de anos apenas gerenciando o império comercial criado em torno dos personagens, Kevin Eastman e Peter Laird voltaram à prancheta para criar um pacote de histórias para esta ocasião especial, que deverá trazer inúmeros personagens "convidados" para o acontecimento. É a primeira vez, em mais de 20 anos, que a dupla cria novas histórias de seus próprios personagens. E, além das histórias, a dupla também assina a arte da capa, para fã nenhum botar defeito.
                "As Tartarugas Ninjas têm sido uma parte importante da vida de inúmeros fãs, inclusive eu", declarou o editor responsável pela série na IDW, Bobby Curnow. "Ter a oportunidade de comemorar esta rica história é uma oportunidade incrível. Quase tão incrível como apreciar o novo material criado pela nova equipe criativa.", finalizou.
                "Trabalhar com a equipe maravilhosa e surpreendente dos quadrinhos das Tartarugas dos últimos três anos me lembrou o quanto eu perdi e adoro nestes quatro caras verdes", disse Kevin Eastman. "Trabalhar novamente com o com o meu co-criador Peter Laird é a cereja no topo do bolo - e mais um pouco. Isso realmente me levou de volta 30 anos atrás, para os primeiros dias, com as melhores lembranças, e de por que resolvemos entrar neste negócio em primeiro lugar", completa.
                Segundo a IDW, o especial de 30º aniversário será uma edição com histórias inspiradas cada uma em uma época diferente da rica história das Tartarugas Ninjas, e apresentará um olhar único, de modo a sentir a voz daquele período de tempo. Considerado um dos programas de televisão das crianças mais populares criados na década de 1980, as Tartarugas Ninjas se tornou um clássico desde o princípio, quando foram criados em 1984 por Kevin Eastman e Peter Laird, após tentativas fracassadas de conseguirem emplacar alguns personagens criados por eles no mercado de quadrinhos. A dupla, aliás, diante da negativa das editoras, resolveu produzir e lançar a edição de estréia dos personagens bancando tudo do próprio bolso, em uma tiragem pequena que logo precisou ganhar o reforço de novas impressões, tamanho o sucesso que a história havia feito entre o público que adquiriu a edição. Dali em diante para ganharem o mundo, foi praticamente um pulo. Da estréia como uma série de quadrinhos cujos personagens e histórias cativaram o público tão rapidamente, não demorou para ganharem um filme nos cinemas, além de uma série de desenho animado que fez enorme sucesso em todo o mundo, o que os fez ganharem novas aventuras, tanto no cinema quanto na TV ao longo destes 30 anos.
                No Brasil, os personagens ficaram conhecidos pelo lançamento do primeiro filme nos cinemas, seguidos pela série animada, que se tornou mais um sucesso na TV brasileira ao lado de outras produções animadas exibidas naqueles tempos. Os quadrinhos dos personagens, contudo, já tiveram mais problemas para emplacar por aqui. Ganharam uma única edição pela Nova Sampa em 1990, mas só há alguns anos atrás ganharam uma edição realmente caprichada, publicada pela Devir Livraria, relançando parte do material publicado pela Sampa, que havia ficado incompleto na época, e que agora podia ser lido na íntegra. Mas ficou apenas nisso, em um único álbum, com cerca de 264 páginas. De lá para cá, as Tartarugas sumiram do mercado editorial nacional por um tempo, retornando em uma série mensal pela pela Panini Comics em 2012, que lançou o material publicado pela IDW, tendo 9 edições lançadas entre setembro de 2012 e maio de 2013, quando a editora deu uma pausa no título, com a edição 10 chegando às bancas apenas neste mês de março de 2014, quase 1 anos depois do último número. Pelo menos no que tange às produções do cinema e TV, os fãs tiveram mais sorte, pois todas as produções dos personagens chegaram a ser exibidas no Brasil, desde a TV Globo na década de 1980, aos dias atuais, na TV por assinatura.
                Resta esperar que a retomada do título pela Panini seja efetiva, e não efêmera, dando aos leitores brasileiros a chance de acompanhar com assiduidade o material produzido pela IDW, trazendo as novas aventuras do quarteto comedor de pizza mais famoso dos esgotos de Nova Iorque. Resta aos fãs nacionais torcer para que o lançamento do novo filme anunciado com os personagens, que estreará nos cinemas no segundo semestre, produzido em uma combinação de animação em CG e com atores, ajude o título a se firmar de vez nas bancas nacionais. E, no que depender dos personagens, eles ainda devem ter vida longa pela frente, vivendo as mais variadas e loucas aventuras, combatendo malfeitores de todos os tipos, curtindo uma boa música, e correndo para chegar em casa a tempo de receber o entregador de pizza para saborearem sua iguaria preferida...

CULT CLASSIC LANÇA "PIRATA DO ESPAÇO" EM DVD



A distribuidora Cult Classic continua investindo em séries nipônicas clássicas no mercado nacional de vídeo, para alegria dos fãs e saudosistas destas produções. Neste mês de março, chegou às lojas e distribuidoras o seu mais novo lançamento: O PIRATA DO ESPAÇO.
Produzida em 1976 pela Knack Animation, a série foi mais uma dentre as inúmeras animações daquela década no gênero "mecha", em especial no estilo dos super robôs, que teve início em 1972 com a estréia de Mazinger Z, e que virou febre na animação nipônica pelo restante da década. Concebida por Gosaku Ota, Pirata do Espaço (Groizer X, no original em japonês) teve supervisão de ninguém menos do que Go Nagai, o criador de Mazinger e da febre dos super robôs. A produção contou com 36 episódios, que foram exibidos na TV japonesa entre julho de 1976 e março de 1977.
Na história, nosso mundo passa a sofrer ataques do povo alienígena de Gailar. Exploradores do espaço, um defeito os forçou a pousar na Terra há mais de 300 anos atrás. Entrando em animação suspensa, os gailarianos ficaram à espera de um salvamento enviado por seu mundo. Nos dias atuais, os testes atômicos empreendidos pela humanidade despertam os alienígenas. Cientes de que foram esquecidos por seu povo, resolvem viver na Terra, e para isso, resolvem conquistá-la, a fim de tomar posse de nosso mundo e não dividi-la com mais ninguém. Os ataques começam pelo Japão, e utilizando seus monstros bomba, eles levam pânico à população, causando muita destruição. Enquanto isso, na ilha Akane, acontece a queda de um objeto voador não identificado. O comandante da base aérea da ilha, o Professor Hideki Tobishima, e Joe Kaizaka, um exímio piloto de acrobacias aéreas, vão ao local da queda para investigar e encontram uma jovem muito ferida dentro de uma espécie de nave de combate superavançada.
Socorrida por eles, a jovem conta que pertence ao povo invasor. A nave, o Pirata do Espaço, foi desenvolvida por seu pai para ser a arma suprema de conquista da Terra, mas ele e sua filha tentaram fugir em segredo para alertar os terráqueos da iminente invasão. Mas apenas a jovem, chamada Rita, consegue escapar, conseguindo chegar ao Japão. Socorrida por Tobishima e Joe, ela agora conta com a ajuda do piloto para comandar o Pirata do Espaço na luta para defender nosso mundo das forças invasoras de seu próprio povo. Incapaz de fazer frente à tecnologia superior dos gailarianos, a única esperança da Terra reside agora na maior arma construída pelos próprios invasores.
Dotado de um arsenal de armas surpreendente, o Pirata do Espaço ainda tem a capacidade de se transformar em um poderoso robô de combate, com o qual Joe e Rita passam a frustrar os planos de invasão dos alienígenas, em aventuras que costumavam ser cheias de dramas e reviravoltas, como era hábito em séries deste tipo na época. A série foi a única produção do estilo dos super robôs a ser exibida no Brasil, em meados dos anos 1980, na extinta TV Manchete, que na época também exibiu outra produção clássica da animação japonesa, Patrulha Estelar, que cativou inúmeros fãs, assim como Pirata do Espaço. Como as demais séries do estilo dos super robôs, Pirata do Espaço possuía uma trilha sonora cativante, e o robô tinha um arsenal de golpes especiais que faziam a alegria dos fãs nas cenas de combate, as quais sempre contavam com efeitos de explosão pra lá de exagerados das naves inimigas, ao serem derrotadas pelo poderoso robô guerreiro.
A série foi exibida na íntegra pela emissora carioca, tendo sua última reprise acontecido há cerca de 20 anos atrás na emissora CNT. Desde então, nunca mais foi reprisada na tv nacional, restando aos fãs como única opção para rever os episódios recorrer às gravações em fitas VHS comercializadas por colecionadores que conseguiram gravar os episódios. Na década passada, a série acabou ganhando uma versão pirata comercializada em DVD com a dublagem em português mixada nos episódios.
Agora, os fãs terão a opção de rever e/ou conhecer a série neste lançamento da Cult Classic. Todos os 36 episódios vem disponibilizados em uma caixa de 4 discos, com opção de áudio no original em japonês e com a dublagem em português original da Herbert Richers, além de legendas em nosso idioma, pelo preço anunciado de R$ 79,90. De todos os episódios, apenas o 31 não conta com áudio em português, uma vez que não pode ser recuperado o seu áudio, em informação prestada pela empresa. Coincidência ou não, a versão pirata montada em DVD por um colecionador também não possuia este áudio em questão, o que levou vários fãs a comentar que a empresa estaria apenas "reapresentando" o material pirata que já circulava por aí nos últimos tempos, tal como a empresa vem fazendo com a série Fantomas, que também vem sendo lançada em DVD pela Cult Classic em boxes, que dos 52 episódios no total, existem apenas 36 episódios dublados que circulavam em cópias piratas no mercado. E, por coincidência, os episódios que não estavam disponíveis são trazidos apenas com o áudio em japonês.
Empenho legítimo ou não, o lançamento é certamente bem-vindo em um nicho de mercado que nos últimos tempos anda carente de produções deste tipo, que andam negligenciadas pela maioria das demais distribuidoras de vídeo de nosso país, ainda que muitos fãs de animes atualmente mais chiam do que comemoram quando alguma série nipônica chega oficialmente ao mercado de vídeo nacional, mostrando existir uma relação complicada que só torna ainda mais difícil ver lançamentos decentes em nosso país. Mesmo com tudo isso, a Cult Classic vem conquistando um espaço razoável com seus lançamentos, e se não são os melhores do gênero, pelo menos estão lançando alguma coisa, e de forma satisfatória. Que possam trazer mais raridades para os fãs e o mercado nacional de vídeo.

sábado, 8 de março de 2014

TÚNEL DO TEMPO - AGOSTO DE 1996 - I



            De volta com a sessão "Túnel do Tempo", trago esta matéria que foi publicada em agosto de 1996. O assunto eram as revistas informativas que haviam inundado o mercado nacional a partir de 1995, trazendo informações sobre animação, quadrinhos, seriados e afins, um nicho de mercado que há muito necessitava de veículos de informação e até então era ignorado em nosso país, até que em dezembro de 1994 surgiu a revista HERÓI, e que foi um sucesso tão avassalador que não demorou para surgirem outras revistas apostando no mesmo mercado consumidor. Eram tempos pré-internet, então, estas revistas, por mais fracas que fossem, já eram um oásis para os fãs e leitores, uma vez que a informação sobre estes segmentos eram raras, ignoradas pelas demais revistas de notícias, e pouco publicadas até mesmo em jornais, salvo quando havia algum evento relevante. Fiquem agora com o texto, e boa leitura...


HERÓIS, QUADRINHOS & CIA.

Publicações sobre heróis, quadrinhos, TV, cinema e similares invadem as bancas de todo o país.

Adriano de Avance Moreno

            Se você curte super-heróis e demais tipos de personagens, sejam dos quadrinhos, da TV, do cinema, ou de áreas afins, já deve ter notado que, de uns tempos para cá, surgiram no mercado editorial brasileiro diversas publicações destinadas a esta área da indústria do entretenimento. Se está pensando em gibis com histórias em quadrinhos, enganou-se. Estas novas revistas são sobre o gênero dos quadrinhos, além de TV e cinema, e todas as suas ramificações, não gibis.

            Como é do conhecimento geral, muita coisa no Brasil deixa a desejar em relação aos países do Primeiro Mundo. O mercado editorial, por exemplo, é uma delas. Nos Estados Unidos, a indústria geral do entretenimento é muito forte e diversificada, especialmente no quesito dos quadrinhos e áreas de atividade correlacionadas, como filmes, seriados, animação, jogos, etc. Este segmento movimenta cifras enormes, sem falar que os acontecimentos do setor são devidamente noticiados e divulgados em larga escala, junto ao público consumidor.

            Como não poderia deixar de ser, existem publicações especializadas que falam apenas deste setor da indústria de entretenimento, como quadrinhos, TV, cinema, etc. No Brasil, este tipo de mercado editorial sempre foi quase inexistente, até que começou recentemente a ser explorado.

O lançamento da Herói N° 1 em dezembro de 1994 deu início à febre das revistas informativas no mercado editorial nacional.
            Tudo começou em dezembro de 1994, quando, na onda da popularidade da série japonesa CAVALEIROS DO ZODÍACO, surgiu uma revista que destinava-se exclusivamente a tratar do gênero super-heróis & cia., fossem eles de qualquer origem. Nascia assim a revista HERÓI. Publicada pela recém-fundada Editora ACME, em parceria com a Nova Sampa Diretriz Editorial, a nova publicação trazia reportagens sobre os desenhos animados na TV, sagas de super-heróis dos quadrinhos, projetos de cinema, etc, toda uma infinidade de matérias ligada ao tema dos heróis da ficção. A empreitada deu mais do que certo, e a revista, com periodicidade semanal, já ultrapassava a marca de 100 mil exemplares vendidos por edição, um número impressionante para uma publicação tão nova, ainda mais explorando um mercado até então praticamente inexistente no país.

            Como não poderia deixar de ser, logo surgiram outras publicações similares, tendo como base o universo dos super-heróis e afins. A primeira publicação a surgir após a "Herói", então, foi a revista ANIMAÇÃO, especializada, como diz o nome, em animações, e tudo ligado a este ramo em particular da indústria de entretenimento. Publicada mensalmente pela Ediouro, a revista tinha periodicidade mensal, mas com a virtude de ser publicada em formato grande, ao contrário das demais publicações concorrentes, que foram lançadas em "formatinho". Com matérias fracas de início, a revista progrediu bastante, apresentando matérias mais elaboradas e com boa diagramação.

            Em junho de 1995, veio a surgir outra publicação, a revista HERÓIS DO FUTURO, editada pela Editora Press Talent. Com periodicidade semanal, era a mais elaborada graficamente, sendo impressa em papel de excelente qualidade, e um design de primeira, caprichando no uso da diagramação e das cores. O tema, assim como o da revista "Herói", não poderia ser outro: trazer matérias sobre os heróis e similares, abordando tudo sobre o assunto.

            Junto com a "Heróis do Futuro" surgiu também outra revista, editada pela Nova Sampa, JAPAN FURY, produzida pelo Estúdio PPA, especializada em produções japonesas. Diferente das concorrentes, esta revista destacou-se por trazer matérias exclusivamente sobre personagens japoneses, fossem dos animes, ou dos mangás, ou da TV e cinema nipônicos. Outro destaque da revista eram seus textos, todos escritos com um estilo próprio e cativante, criticando abertamente os defeitos de alguma série, elogiando seus pontos bons, e até fazendo algumas piadas no meio das matérias. Como a "Animação", a "Japan Fury" também era uma publicação mensal.

            Em agosto de 1995, mais uma publicação surgiu: a GERAÇÃO TEEN/ZIG & ZAG, de publicação mensal, pela Editora Escala. Publicada em formato americano, a revista mesclava reportagens sobre heróis com matérias sobre esportes radicais, como skate, jiu-jitsu, etc. Música também estava na parada. Mas a Editora Escala foi ainda mais longe, e lançou mais revistas informativas. A primeira, batizada de MASTER COMICS, inovava no formato: além de matérias sobre super-heróis, trazia também histórias em quadrinhos, todas de autoria nacional, mesclando o formato "gibi" com revista especializada. Destaque para a chance que era dada aos artistas nacionais de quadrinhos, algo muito raro no mercado editorial brasileiro. A outra publicação foi a COMICS GENERATION, destinada exclusivamente a trazer matérias sobre quadrinhos. Ambas as publicações têm periodicidade mensal.

            A última investida neste setor foi da Nova Sampa, que lançou em julho último a revista MANGÁ MANIA. Como o nome diz, destina-se a trazer matérias exclusivas dos heróis japoneses e tudo o que houver sobre o gênero, em anime e mangá. A revista é mensal, e possui uma boa diagramação.

            O mercado explorado mostrou o potencial das novas revistas. Só a revista "Herói", pioneira no gênero, alçou vôo baseada quase que exclusivamente baseada no sucesso dos Cavaleiros do Zodíaco, mas desde que a série terminou e entrou em reprise, a revista ainda mantém sua força e público leitor, mesmo sem trazer mais novidades dos defensores de Athena & cia. Cada edição tem venda estimada de cerca de 200 mil exemplares, um número excelente para o mercado editorial nacional.

            Algumas tentativas, entretanto, não deram certo. Com o sucesso da revista "Animação", a Ediouro tentou lançar outra revista, CAVALEIROS DO ZODÍACO, q     ue se propunha a trazer sinopses dos capítulos da série animada japonesa, aproveitando sua imensa popularidade, além de trazer pequenas matérias sobre outros desenhos. Nem a fama avassaladora da série dos defensores de Athena impediu que a nova públicação ficasse restrita à edição de estréia. Outra publicação a naufragar foi da Nova Sampa, que numa jogada temática original, lançou a revista VILÕES, destinada a falar somente dos bandidos enfrentados pelos heróis. Com ênfase, a publicação até enaltecia as "atitudes" e "qualidades" dos vilões, afirmando que "sem eles, os heróis não teriam todo o cartaz que sempre tiveram". Nada mais lógico. Mas a revista durou apenas 2 números, em mais uma derrota no currículo dos vilões para os heróis, agora no quesito publicação especializada.

Cavaleiros do Zodíaco: Publicação só durou um único número. Tentativa malsucedida da Ediouro.
            Enquanto isso, as demais publicações lançaram-se no desafio da concorrência. A pioneira "Herói" a partir da edição 76 mudou totalmente a sua diagramação, ficando com um visual mais moderno e arrojado, além de ganhar edições especiais em formato grande (denominada HERÓI SUPER), sem falar em novas publicações exclusivas para o mercado de games e músicas. A publicação, agora saindo exclusivamente pela Editora ACME, sem a parceria dos primeiros números com a Nova Sampa, já se aproxima de 90 edições, e mostra fôlego invejável, sendo até o momento a mais versátil das publicações do gênero.

            A "Heróis do Futuro" enfrentou uma total reformulação na sua redação e mudou sua periodicidae, de semanal, para quinzenal, mantendo, contudo, o mesmo nível de qualidade gráfica e editorial, e lançando até um fanzine para seus associados leitores.

            A "Japan Fury" acabou cancelada pela Nova Sampa, mas o Estúdio PPA, que produzia a revista, retornou em grande estilo ao mercado, agora na revista ANIMAX, publicada pela Editora Magnum. Para delírio dos leitores amantes das produções japonesas, a revista manteve as mesmas características da antiga "Japan Fury", mas melhorou muito no visual e na diagramação. A antiga editora, Nova Sampa, sentiu a perda por cancelar a "Japan Fury", e agora tenta manter sua fatia no mercado com a nova revista MANGÁ MANIA, de produção própria.

            Todas as demais publicações continuam a ser lançadas nos mesmos moldes originais, mas melhorando sempre a cada edição, pois a concorrência deste novo mercado, assim como a das revistas em quadrinhos propriamente ditas, é bem forte, obrigando os títulos a melhorarem sempre para continuarem atraindo a atenção do público leitor. HERÓI, ANIMAÇÃO, HERÓIS DO FUTURO, ANIMAX, COMICS GENERATION, MANGÁ MANIA, MASTER COMICS, etc... Se você é fã dos super-heróis e produções de quadrinhos, TV, cinema, etc, escolha a sua publicação e comece sua leitura!



AS REVISTAS DO MERCADO


Herói: A pioneira do gênero, desencadeou o lançamento de inúmeras outras publicações similares no mercado editorial brasileiro.

 Título: Herói

Editora: Editora ACME

Formato: Formatinho

Periodicidade: semanal

Número de páginas: 32

Preço: R$ 1,95

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Animação, da Ediouro: Segunda publicação a surgir. Voltada em especial para os desenhos e animes. Única publicação em formato grande.
Título: Animação

Editora: Ediouro

Formato:  formatão

Periodicidade: mensal

Número de páginas:  32

Preço: R$ 3,50

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Heróis do Futuro, da Press Editora: A mais elaborada a nível de qualidade gráfica.
Título: Heróis do Futuro

Editora: Editora Press Talent

Formato: formatinho

Periodicidade: quinzenal

Número de páginas: 32

Preço: R$ 1,95

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Animax: Especializada em animação e quadrinhos japoneses, é uma das melhores publicações.
Título: Animax

Editora: Editora Magnum

Formato: formatinho

Periodicidade: quinzenal

Número de páginas: 32

Preço: R$ 1,95

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Título: Geração Teen/Zig & Zag

Editora: Editora Escala

Formato: formatinho

Periodicidade:  mensal

Número de páginas: 32

Preço: R$ 1,95

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Comics Generation: Voltada exclusivamente para os quadrinhos.
 Título: Comics Generation

Editora: Editora Escala

Formato: formatinho

Periodicidade: mensal

Número de páginas: 32

Preço: R$ 1,90

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Título: Master Comics

Editora: Editora Escala

Formato: formato americano

Periodicidade: mensal

Número de páginas: 52

Preço: R$ 2,90

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Mangá Mania: O mais recente lançamento, também voltado para os heróis japoneses.
Título: Mangá Mania

Editora: Nova Sampa

Formato: formatinho

Periodicidade: mensal

Número de páginas: 32

Preço: R$ 1,95

Vilões, da Nova Sampa, outra publicação de vida curta, mas com o mérito de dar uma "chance" aos vilões.

 


ATUALIZANDO: As revistas informativas manteriam sua popularidade por vários anos. Além daquelas mencionadas na matéria, surgiram várias outras algum tempo depois. Hoje, infelizmente todos aqueles títulos há muito sumiram das bancas. A crise de mercado surgida em 2003 ceifou a grande maioria, com a queda das vendas, enquanto outras foram devastadas por decisões editoriais de caráter duvidoso. O advento da internet e sua consequente popularização só pioraram o panorama, uma vez que o público alvo, cada vez mais sedento e impaciente por informação, passou a procurar as notícias na net, ao invés de esperar as revistas serem lançadas, dilema que até hoje é um desafio para as publicações atuais que ainda investem neste mercado consumidor, e que surgiram muito tempo depois daquela matéria. Por mais que a internet hoje realmente facilite, as revistas daqueles tempos deixaram saudades para muitos, e são guardadas com carinho por muitos que as compraram, como lembrança de seus tempos mais jovens, e de uma época onde era preciso buscar revistas para se informar, e não apenas sentar em frente a uma tela e digitar o que se procura...