terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MARVEL INICIA REPUBLICAÇÃO DE MIRACLEMAN



                Depois de mais de 15 anos de negociações, há pouco tempo atrás uma das maiores discussões de direitos sobre um personagem clássico de quadrinhos finalmente chegou a bom termo e ficou definido: a Marvel Comics iria trazer Miracleman de volta ao mercado. E a editora iniciou 2014 com o lançamento da primeira edição do personagem inglês, para alegria dos seus velhos fãs, que puderam, enfim, rever o antigo herói.
                MIRACLEMAN N° 1 inicia a mais nova publicação do personagem, que não era visto desde a falência da Eclipse Comics, há cerca de 20 anos atrás, última editora a lançar as aventuras do herói. Por enquanto, o título mensal da Marvel vai republicar na íntegra as fases anteriores, criadas por Alan Moore, seguidas pela fase de Neil Gaiman. Histórias inéditas, somente a partir de 2015, ainda sem data definida. A edição de estréia reimprime o material apresentado originalmente nas revistas "Warrior" N° 1, e "Miracleman" N° 1. O preço da edição é de US$ 5,99, e traz uma nova capa, além das artes originais totalmente digitalizadas e com os textos dos balões refeitos. Todas as histórias também foram recolorizadas, mas mantendo fidelidade à apresentação original.
                O personagem foi criado na Inglaterra pelo ilustrador e escritor britânico Mick Anglo em 1953 para a editora Len Miller & Son. A editora publicava as aventuras do Capitão Mavel, da Fawcett Comics. Mas, com o processo enfrentado pela Fawcett movido pela DC Comics de que o Capitão Marvel era um plágio do Super-Homem, a editora encerrou a produção de quadrinhos do herói. Para não perder o público leitor, a Len Miller & Son resolveu dar uma "maquiada" nos personagens, e produzir suas próprias histórias, usando a base da Família Marvel. Assim, Mick Anglo praticamente criou uma "cópia" do herói da Fawcett, mudando vários detalhes, e nomeando sua criação como "Marvelman". Na nova história, o jovem repórter Mick Moran (que tem a fisionomia quase idêntica à de Billy Batson, mas apresentando cabelo loiro, e não moreno) ganha superpoderes através de um cientista (ao invés do mago Shazam) ao pronunciar a palavra "kimota", e passa a agir como o super-herói Marvelman. Logo ele ganha a ajuda de Dicky Dauntless, um adolescente que se transforma no Young Marvelman; e de Johnny Bates, que se transforma no Kid Marvelman; ambos dizem a palavra mágica "Marvelman" para ganharem os super-poderes, cujas transformações também aconteciam através de um relâmpago, a exemplo do que Billy Batson, sua irmã Mary, e seu amigo Freddy Freeman faziam nas aventuras da Fawcett. Extra-oficialmente, no universo das histórias em quadrinhos, a antiga Família Marvel tinha "preferido" voltar a serem pessoas normais, e os "novos" personagens seriam seus sucessores. Forçado ou não, a empreitada deu certo, e os leitores ingleses puderam curtir inúmeras aventuras do "clone" do Capitão Marvel e seus novos parceiros de aventuras por vários anos. E pelo menos Mick Anglo criou um uniforme bem legal para o novo herói, diferenciando seu visual do velho Capitão.
                O personagem foi publicado até o início dos anos 1960, para retornar somente no início dos anos 1980, em uma nova série escrita por ninguém menos do que Alan Moore, que atualizou o personagem ao mesmo tempo em que manteve o conhecimento das aventuras originais vividas pelos personagens. Esta nova série, publicada pela Quality Communications, passou a ser uma das séries do novo título "Warrior", e mostrava um Mick Moran já adulto, que acaba redescobrindo sua identidade de super-herói, esquecida há muitos anos, passando a ver seu mundo atual virar literalmente de cabeça para baixo, ao descobrir que muita coisa de seu passado nunca foi como imaginava. Esta série foi muito elogiada pelos leitores, pela maneira adulta e trágica como o personagem foi mostrado, acabando com aquele ar inocente das aventuras de antigamente. Marvelman precisou lidar com acontecimentos dolorosos envolvendo seus próprios amigos e aliados, e tendo de fazer escolhas difíceis. Alan Moore engrandeceu o personagem a tal ponto que nem se mencionava mais sua origem como uma espécie de "plágio" do velho Capitão Marvel como um demérito. Marvelman, enfim, ganhava aura própria.
                A série foi encerrada de forma prematura, sem uma conclusão, na edição N° 21 de Warrior. Pouco tempo depois, a editora americana Eclipse Comics adquiriu os direitos de publicação do personagem, e passou a publicar novas aventuras, ainda com roteiros escritos por Alan Moore, que deu sequência ao trabalho desenvolvido na revista Warrior. Esta nova série também marcou a mudança do nome do personagem para Miracleman, uma vez que a editora Marvel Comics havia feito o registro do nome "Marvel", de modo que ele não poderia mais ser utilizado para denominar uma série.
                Alan Moore deixou de escrever as aventuras do herói após a edição 16 da Eclipse, passando os roteiros a serem feitos por Neil Gaiman. A falência da editora, contudo, encerrou a publicação da revista, sendo a edição 24 a última lançada, apesar da história da edição 25 ter sido concluída. Em 1997, os direitos do herói foram adquiridos por Todd McFarlane, criador do Spawn e um dos fundadores da Image Comics. McFarlane pretendia ressuscitar o herói, mas nunca levou o projeto adiante, e sua insistência em manter os direitos iniciou um longo período de negociações por parte de interessados em republicar Miracleman, entre eles Mick Anglo, criador do personagem, Neil Gaiman, seu último roteirista, e a própria Marvel Comics, que tinha suas próprias idéias para o personagem. A batalha se desenrolou principalmente pelo fato de McFarlane ter adquirido os espólios da Eclipse, e para Gaiman, os direitos de Miracleman não estariam incluídos nestes espólios. As discussões prosseguiram praticamente pela década inteira, até que Mick Anglo conseguiu enfim os direitos de volta, e em negociação com a Marvel, a editora americana enfim adquiriu os direitos do personagem, em 2009, e prometeu trazê-lo de volta ao mercado dos quadrinhos, o que cumpriu neste início de 2014, com o lançamento desta nova série mensal que republica as aventuras originais do herói. E o melhor de tudo: a Marvel irá lançar a edição 25 do personagem, que teve a história finalizada, mas nunca publicada, e deverá dar sequência às aventuras desenvolvidas por Gaiman, após finalizar a republicação dos materiais da Warrior e da Eclipse, portanto, os fãs do herói que se preparem.
                No Brasil, Miracleman teve raríssimas aparições. Na década de 1950, quando a RGE publicava a revista do Capitão Marvel, o personagem chegou a ter algumas histórias publicadas na mesma revista, com o nome de Jack Marvel. Em 1989 e 1990, a pequena editora Tanos publicou 4 edições do herói, com arte em preto e branco, mostrando as aventuras da revista Warrior para o público brasileiro. E foi só.
                Fica agora a expectativa de a Panini, atual editora Marvel no Brasil, ter interesse de lançar este material no mercado nacional. O material desenvolvido por Alan Moore, e posteriormente por Neil Gaiman, é muito bom, e merece ser lançado de maneira decente em nosso país, que infelizmente sempre teve poucas opções de ler aventuras em quadrinhos de heróis ingleses. As chances podem ser boas de vermos tal material por aqui em médio prazo, afinal, com nomes do quilate de Moore e Gaiman no comando das histórias, é garantia de qualidade nos roteiros. Quem curtiu Watchmen e Sandman que o diga...
                Por enquanto, apenas podemos comemorar o retorno de Miracleman, e que tenha longa vida neste seu novo renascimento nos quadrinhos...

NOVA SAMPA CONTINUARÁ MANGÁ DE VAGABOND



Para os leitores de qualquer série, seja quadrinhos ou outro tipo de mídia, nada é tão chato quanto ficar com sua coleção incompleta. Seriados de TV por vezes terminam sem amarrar todos os assuntos da história, séries de quadrinhos acabam canceladas pelas editoras, ou suspensas por problemas inesperados. E a sensação de alívio quando a série é retomada é ótima, por renovar as esperanças de continuar seguindo a história e ver como ela segue e/ou como termina. E é com este sentimento que muitos fãs da série de mangá Vagabond, de Takehiko Inoue, receberam a notícia, no ano passado, de que a Nova Sampa iria assumir a publicação do título, que havia ficado incompleto por aqui quando de sua primeira publicação, pela Conrad Editora.
Assim como a JBC fez quando assumiu a série Evangelion, que também tinha sido cancelada pela Conrad, e manteve o mesmo formato e papel da publicação da editora anterior, a publicação de Vagabond pela Nova Sampa manterá o mesmo padrão da edição de luxo que vinha sendo lançada pela Conrad. O mangá foi publicado originalmente de 2001 a 2006, tendo no total 44 edições, o equivalente a 22 volumes da edição original japonesa. Em setembro de 2005, a editora começou a relançar o mangá, agora numa versão de luxo, no formato 16 x 23 cm, com cerca de 244 páginas por edição, cada uma correspondente ao volume original japonês, e com o título "Vagabond - A História de Musashi". Esta nova edição de luxo da série teve um total de 14 edições, com sua última publicação saindo em outubro de 2007, pouco mais de um ano após a Conrad deixar de publicar a coleção inicial, uma vez que a nova edição de luxo estava tendo ótima aceitação.
Infelizmente, a Conrad entrou em crise, e no final, acabou sendo vendida para o grupo IBEP, que manteve o nome Conrad agora como um selo de seu leque de publicações. Aos poucos, alguns títulos de mangás foram retomados, como Cavaleiros do Zodíaco - Episódio G, mas a grande maioria das séries que tiveram sua publicação interrompida pela Conrad nunca retornaram, para tristeza dos leitores que acompanhavam estas séries, entre elas, Vagabond.
E agora, depois de mais de 5 anos de espera, é hora de retomar a leitura das aventuras de Miyamoto Musashi. A Nova Sampa já lançará agora em fevereiro as edições 15 e 16 da saga inspirada na vida do famoso samurai japonês que viveu no início da Era Tokugawa e se tornou um dos maiores heróis da história do Japão. Agora com o título VAGABOND - A LENDA DE MUSASHI, cada edição terá o preço de R$ 40,00, o que é um valor razoável, mantendo-se o mesmo padrão gráfico da edição de luxo da Conrad. Outro ponto positivo no relançamento da série pela Nova Sampa é que a edição da Nova Sampa continuará tendo Dirce Miyamura como tradutora da obra para o português, função que também exercia na Conrad quando da publicação das séries na antiga editora. No Japão, a série já conta com 35 volumes, e ainda tem fôlego para durar um bom tempo, para alegria dos fãs.
Criada por Takehiko Inoue, Vagabond começou a ser publicado no Japão pela editora Kodansha em 1998, e é baseado no livro "Musashi", escrito por Eiji Yoshikawa, sobre a história de Musashi, um samurai que viveu entre 1584 e 1645, e que simbolizou o auge do código do "bushido" (o caminho do guerreiro), o código de vida e conduta dos guerreiros samurais. Criador de um estilo de combate usando duas espadas, o "Niten Ichi Ryu", Musashi era um guerreiro considerado imbatível, nunca tendo sido derrotado em combate. Também foi um artista, tendo sido escultor e pintor, além de escritor. O livro de Yoshikawa, apesar de retratar vários fatos históricos reais da vida de Musashi, contém uma versão romantizada destes fatos da vida do guerreiro samurai, com muitos atos ficcionais. Este livro já foi lançado no Brasil, pela Estação Liberdade Editora.
Vagabond é apenas mais uma das inúmeras adaptações que a vida de Musashi já ganhou no Japão, assim como a obra do livro de Yoshikawa. A bela arte de Inoue, aliada à maneira como conta a história do lendário guerreiro samurai já garantiram à série de mangá um lugar de destaque entre todas as obras baseadas no personagem. A iniciativa da Nova Sampa é muito bem-vinda, por dar continuidade a uma série de grande fama no Japão, e que ganhou inúmeros fãs no Brasil, que desde o fim da publicação da série pela Conrad estavam órfãos de poderem continuar acompanhando as aventuras escritas por Takehiko.
Com praticamente um ano de experiência desde que resolveu entrar no mercado nacional de mangás, a Nova Sampa tem lançado poucos títulos, mas isso acaba sendo positivo, pelo fato de ajudar a não saturar o mercado, e ajudar a trazer obras que ajudam a diversificar as opções de leitura para o público brasileiro. E que agora ganhou muitos defensores pelo retorno da série Vagabond ao mercado nacional. Agora é esperar por mais novidades da editora este ano, e que mantenha um bom ritmo e qualidade em seus lançamentos. Os leitores agradecem...

domingo, 12 de janeiro de 2014

GUARDIÕES DA GALÁXIA GANHA EDIÇÃO ENCADERNADA



Com a produção de seus filmes indo a todo vapor, a Marvel prepara-se para expandir em breve seus horizontes cinematográficos, com a estréia da versão atual de seu grupo de super-heróis espacial, os Guardiões da Galáxia. E aproveitando a deixa, a editora americana está lançando este mês nos Estados Unidos uma edição encadernada com os personagens, ainda que não seja o mesmo grupo que irá estrear nas telonas em breve.
GUARDIANS OF GALAXY BY JIM VALENTINO TRADE PAPERBACK VOLUME 01 recompila o início das aventuras do supergrupo espacial publicadas na década de 1990. Com roteiros e desenhos de Jim Valentino, e arte-final de Steve Montano, a série foi uma das muitas publicações que a Marvel lançou há quase 25 anos atrás, quando inundou o mercado de quadrinhos norte-americano com séries a rodo de vários personagens, alguns novos, outros antigos, e nova versões de velhos personagens. Nesta série, a Marvel desenvolveu as aventuras dos Guardiões da Galáxia, um grupo de heróis que defende a humanidade no século XXXI, quando nosso planeta foi dominado e escravizado por uma espécie alienígena chamada Badoon. O grupo apareceu pela primeira vez em Marvel Super-Heroes N° 18, de janeiro de 1969. Na história, um acidente com a antiga máquina do tempo do Doutor Destino traz do futuro uma humana ao QG do Quarteto Fantástico, onde ela conta ao Coisa e ao Capitão América o que aconteceu à nosso planeta no futuro distante, e ambos viajam para o século XXXI para ajudar a enfrentar os alienígenas, unindo forças com o intrépido grupo de heróis do futuro. O roteiro foi de Arnold Drake, com arte de Gene Colan.
Liderada por Vance Astro, mestre da psicocinese e primeiro humano a viajar para as estrelas, a equipe é composta pelo centauriano Yondu, mestre em artes de combate, o jupteriano e superforte Charlie-27, o plutoniano Martinex (dotado de poderes congelantes), a superágil mercuriana Nikki, e o enigmático e poderoso Águia Estelar e sua esposa Aleta. Juntos, eles juraram defender a humanidade pela galáxia, começando por libertar a Terra do domínio dos Badoons, o que conseguem realizar em aventuras posteriores. Após o encontro com o Capitão e o Coisa, os heróis também tiveram um encontro com Thor, o Deus do Trovão, com quem também firmaram amizade. Na década de 1970, o grupo veio para o tempo presente, à caça de um vilão de sua época, Korvac, que havia fugido para o passado. A "Saga de Korvac" uniu os Guardiões e os Vingadores em um combate que por pouco não exterminou ambos os grupos no combate contra o vilão, que havia adquirido poderes cósmicos. Mas até então os Guardiões eram personagens coadjuvantes, participando das aventuras em séries de outros heróis e com aparições esporádicas. Estava na hora de ganharem maior reconhecimento, o que aconteceu em junho de 1990, com o lançamento de sua série mensal pela Marvel.
Nesta nova série, a Terra já foi libertada do domínio Badoon, e os Guardiões singram a galáxia, enfrentando novos perigos, na esperança de reunir as tribos terrestres que rumaram para o espaço fugindo do domínio Badoon. Iniciando a série, eles batem de frente com os Stark, uma raça alienígena que, tendo encontrado a tecnologia terrestre do Homem de Ferro, iniciou um culto à figura de Tony Stark, e tornaram-se uma raça belicosa utilizando versões da armadura do antigo herói. Em seguida, eles encaram um grupo mercenário intergaláctico que procura um tesouro terrestre considerado lendário: o escudo do Capitão América. Com a participação de outros personagens conhecidos do Universo Marvel do presente, esta série chegou a ser publicada no Brasil pela Editora Globo, na revista Marvel Force, onde teve as aventuras das primeiras 6 edições lançadas, antes da revista ser modificada, e posteriormente cancelada. A publicação teve um total de 62 edições, além de algumas edições anuais, lançadas nos Estados Unidos. "Em 1990, Jim Valentino nos levou a um canto do Universo Marvel que muito pouco havia sido mostrado", afirma David Gabriel, vice-presidente sênior de publicações da Marvel, sobre a série dos Guardiões dos anos 1990. "Os leitores voltavam no mês seguinte para verem o que mais poderia existir neste futuro distante da continuidade Marvel", completa. Para Jim Valentino, sua proposta na série era fazer uma exploração do Universo Marvel mil anos no futuro e experimentar idéias completamente novas em um panorama completamente desconhecido, apesar da aparição de um ou outro personagem imortal ou de possíveis descendentes dos heróis do presente. Em 1992, contudo, Valentino resolveu sair da Marvel, e junto com outros artistas fundou a Image Comics, criando o personagem Shadowhawk.
Esta edição que a Marvel está lançando, reúne as edições americanas Guardians Of The Galaxy (1990) 1 a 7 e a primeira edição Guardians Of The Galaxy Annual; além das edições Fantastic Four Aannual 24, Thor Annual 16, e Silver Surfer Annual 4. O preço da edição é de US$ 34,99. A princípio, os Guardiões viviam no futuro da mesma realidade do Universo Marvel, denominada linha 616, mas uma intervenção deles em nosso presente criou uma divisão temporal, com uma linha alternativa, e o futuro deles passou a ser a realidade 691. Com o fim da edição mensal, em meados dos anos 1990, o grupo praticamente desapareceu das aventuras da editora, e há tempos não têm uma nova aparição nas HQs publicadas.
Isso porque há alguns anos a Marvel lançou uma nova equipe dos Guardiões da Galáxia, que de igual só tem mesmo o nome e o fato de atuarem no espaço. Como consequência dos eventos da saga cósmica "Aniquilação", a editora reuniu um novo grupo de heróis que se juntaram ao fim da aventura. Este novo grupo é formado pelo Senhor das Estrelas, a nova Quasar, Drax, o Destruidor, a árvore-falante Grott, a assassina Gamora, e o guaxinim falante Rocky Raccon. Este novo time surgiu em 2008, e de lá para cá, a editora tem investido nos personagens, que já apareceram até em um episódio da série animada "Vingadores, os Heróis Mais Poderosos da Terra", e que agora irá estrelar um filme, que já está sendo produzido. Para os saudosistas, que esperavam um dia ver o time original de volta à ativa, infelizmente não há muitas esperanças: a Marvel está investindo muito nesta nova versão do grupo, que vive suas aventuras no tempo presente, e na mesma continuidade dos demais personagens, de forma que é mais fácil ligá-la a outros acontecimentos do Universo Marvel, tanto nos quadrinhos como no cinema - o filme deve servir de prévia para os acontecimentos que serão desencadeados em "Vingadores 2", que deve ter Thanos como o vilão da vez.
O jeito então, é curtir esta edição, que republica as primeiras aventuras da equipe original, na bela arte de Jim Valentino. E torcer para chegar logo o volume 2, afinal, esta edição só mostra o início das aventuras dos Guardiões em sua série mensal. Para os fãs nacionais que conheceram os Guardiões originais, é torcer para que a Panini pense em lançar por aqui este material, a fim de poder rever esta série que teve seus bons momentos nos anos 1990.

PANINI LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL COM SERGIO ARAGONÉS



                Quem curte quadrinhos de humor acaba de ganhar uma excelente oportunidade para conhecer melhor a carreira de um dos maiores cartunistas do mundo. A Panini lançou em dezembro o livro OS GRANDES ARTISTAS DA MAD - SERGIO ARAGONÉS - CINCO DÉCADAS COM SEUS MELHORES TRABALHOS. A obra, composta de 272 páginas, ao preço de R$ 64,00, faz um apanhado da carreira do artista, dos anos 1960 até os anos 2000.
                Dividido pelas décadas de trabalho do artista, o livro mostra o desenvolvimento dos trabalhos de Aragonés, onde é possível observar os temas tratados, suas piadas além das famosas artes “Marginais da MAD”. Sérgio tem um traço fino, com poucos diálogos, e a maior parte de seus desenhos é em preto e branco.
                Esta edição foi lançada nos Estados Unidos em outubro de 2010, pela Running Press, como parte da coleção "MAD's Greatest Artists", onde cada volume era dedicado a um artista que trabalhou na revista, como Dave Berg, Don Martin, Mort Drucker, entre outros mais. Nem é preciso dizer que Aragonés ocupa um lugar de destaque na preferência do público, mesmo quando suas artes eram restritas às bordas das páginas da revista. Com a seção “MAD vê...”, com várias delas reproduzidas na obra, Sergio trata de temas engraçados, incomuns, inusitados, como as mães, a polícia, o casamento, Star Wars e muitos outros mais.
                Sergio Aragonés Domenech nasceu em 6 de setembro de 1937, em Castellon, na Espanha, mas sua família logo se mudou para o México, fugindo da Guerra Civil Espanhola. Apesar de ter começado estudos para se formar em arquitetura, era nos desenhos que estava sua paixão, e aos 17 anos, começou a colaborar profissionalmente para publicações mexicanas. Aos 24 anos de idade, resolveu tentar a sorte nos Estados Unidos, indo parar em Nova Iorque, onde começou a garimpar alguns bicos. Com a ajuda de Antonio Prohias, artista cubano que havia criado a sátira "Spy VS Spy", ele foi apresentado ao pessoal que editava a revista "MAD", principal publicação de humor em quadrinhos do mercado americano. Eles olharam o portfólio de Aragonés, e ele nunca mais saiu de lá, estando presente até hoje nas páginas da revista. tendo feito sua estréia na edição 76, de janeiro de 1963, com uma apresentação hilária do programa espacial americano.
                Na década de 1980, ao lado de Mark Evanier, Aragonés criou aquele que é seu personagem mais icônico, Groo, o Errante, uma deliciosa sátira aos quadrinhos de Conan, o bárbaro, série que estava no auge da fama naquele tempo. Anos depois, ele teria a chance de publicar uma revista mensal do personagem na Marvel Comics, passando, tempos depois, para a Dark Horse Comics, onde está até hoje lançando edições especiais com o guerreiro bárbaro mais desmiolado dos quadrinhos, que leva a destruição (proposital ou não) a todos os lugares onde coloque os pés. A Editora Abril lançou parte da série da Marvel no Brasil, e nos últimos anos a Mythos Editora tem lançado os especiais do personagem no mercado nacional de quadrinhos. E, claro, ele segue presente com seus desenhos na edição nacional da MAD, desde os tempos em que a revista era publicada pela Vecchi no Brasil, tendo passado depois pelas editoras Record, Mythos, e atualmente, pela Panini Comics.
                Os leitores brasileiros também tiveram a oportunidade de ver as hilariantes histórias "Sergio Aragonés Destrói a DC", "Sergio Aragonés Massacra a Marvel", e "Sergio Aragonés Esmaga Star Wars", onde o artista detona com os mitos de cada universo ficcional, além de brindar os leitores com sua inconfundível arte, que segundo o artista, ainda o ajuda a desenhar mais rápido, pois seu estilo de desenho de humor ajuda a passar por cima de alguns erros de arte. Ao longo de sua carreira, Sergio já ganhou vários prêmios por seus trabalhos, tendo até uma premiação criada com seu nome, o que não é pouca coisa.
                O livro é uma boa oportunidade para os leitores terem uma melhor visão da obra de Aragonés nos quadrinhos. De quebra, a edição ainda traz uma entrevista exclusiva com o Sergio, conduzida por Nick Meglin, antigo editor da MAD americana. E, para situar os leitores mais desavisados, o livro traz um prefácio de Patrick McDonnell, criador de Mutts, que apresenta uma revisão de toda a obra do cartunista. Para melhorar ainda mais o valor deste livro aos olhos dos fãs do desenhista, a edição reúne inúmeras ilustrações que foram criadas exclusivamente para este álbum, como a nova arte do logo e desenho apresentados na capa, desenhos específicos ao longo da entrevista com Meglin, ilustrações nas aberturas dos capítulos ao longo do livro, além de alguns autorretratos.
                Não é a primeira edição de compilação de trabalhos que Sergio Aragonés ganha no Brasil: nos tempos em que a MAD era publicada pela editora Vecchi, foram editados alguns livros reunindo as artes apresentadas na revista, com títulos variados, como "Loucuras do MAD", "Viva MAD", entre outros, trazendo para os leitores da época uma boa quantidade de trabalhos do cartunista. E agora, mais do que merecido, os leitores nacionais terão a chance de ler esta bela edição, e se divertir como nunca com as artes sempre hilárias de Aragonés. E que a Panini continue inspirada para lançar outras edições com materiais tão interessantes quanto estes para os leitores nacionais.

sábado, 4 de janeiro de 2014

ESTRÉIA - TÚNEL DO TEMPO - RELEMBRANDO OS ACONTECIMENTOS DO PASSADO



            Ano novo, hora de preparar alguns novos textos para o pessoal apreciar e se manter informado. Mas, antes de tudo, sempre é bom relembrar alguns fatos que foram notícia em tempos passados. Com o propósito de resgatar meus antigos textos escritos há muito tempo, abro esta nova seção, com o nome de "Túnel do Tempo", título de um famoso seriado dos anos 1960 onde os protagonistas viajavam através da história, vivendo várias aventuras.
            Cada seção trará na íntegra um antigo texto que escrevi sobre diversos assuntos, como quadrinhos, seriados, animação, etc. Ao fim da matéria, um pequeno comentário sobre o que aconteceu depois, dando uma atualizada sobre o panorama do assunto em questão. E nesta primeira edição da nova seção, uma matéria que escrevi em julho de 1996, sobre a força da série de animação japonesa "Cavaleiros do Zodíaco", que na época, mesmo perto de completar dois anos de exibição ininterrupta na TV Manchete, ainda possuía muita força e audiência. Fiquem agora com o texto:



A FORÇA DOS CAVALEIROS

Em exibição ininterrupta há quase 2 anos, a série CAVALEIROS DO ZODÍACO ainda é um dos programas mais assistidos na TV brasileira

Adriano de Avance Moreno
          
Os Cavaleiros do Zodíaco: Ikki, Shun, Seiya, Shiryu, e Hyoga. Força inconstestável de audiência mesmo após quase dois anos de reprises ininterruptas na TV nacional.
 
Eles estão por aí há quase 2 anos sem parar. Viraram febre nacional, e apesar de estarem sendo reprisados à exaustão, ainda possuem considerável audiência e popularidade. Com uma estréia até discreta e sem muita pompa, além das chamadas tradicionais da programação da emissora, a série de animação japonesa CAVALEIROS DO ZODÍACO estreou na TV Manchete em 1º de setembro de 1994, e no espaço de poucas semanas, virou uma mania nacional. A audiência foi além de 7 pontos no Ibope, o que foi uma tremenda façanha para a TV Manchete, que ainda estava se reorganizando de sua  malsucedida negociação com a IBF. A audiência da série literalmente reergueu a emissora carioca, que estava em maus lençóis, havendo até quem dissesse que iria falir a qualquer momento.

            Vendo a jóia que tinha nas mãos, a Manchete não deixou por menos: passou a exibir a série de manhã e à tarde, quando se iniciava o seu horário nobre. Neste segundo horário, as batalhas de Seiya & Cia. só perdia em audiência para as novelas da Globo, o que mostra a força e a popularidade que a produção nipônica alcançou. Mas a emissora carioca foi mais longe, e passou a reprisar a série aos domingos, também em horário nobre, obtendo excelentes índices de audiência.

            Como consequência do sucesso da série de animação japonesa, os brinquedos lançados poucos dias depois também viraram um fenômeno de vendas em praticamente todo o país. As miniaturas dos personagens, produzidas pela Bandai, cativavam o público que assistia a série, e ainda tinham um atrativo todo especial: as armaduras dos personagens eram de metal, e não de plástico. O Natal de 1994 foi marcado pela febre destas miniaturas, cuja demanda explodiu, surpreendendo até os importadores e licenciadores nacionais, e fazendo a fama dos sacoleiros, que inundaram o mercado com as mais variadas imitações. Calcula-se que mais de um milhão de miniaturas foram vendidas só naquele ano, e um número equivalente no Natal de 1995, quando a Manchete encerrou a exibição de episódios inéditos da saga dos defensores de Athena, passando a exibir apenas reprises.

Os brinquedos dos Cavaleiros do Zodíaco viraram febre nacional, sendo a principal coqueluche no Natal de 1994.
            Atualmente, a Manchete já está na 5ª reprise completa da série, agora apenas no horário das 19:15 Hrs., de segunda a quinta, e aos sábados, às 13:30 Hrs. Os índices de audiência, apesar de já não serem os mesmos, ainda colocam a série entre os programas mais assistidos da TV Manchete, e em termos de desenho animado, só perde para a nova série Shurato, também japonesa, o que se explica pelo fato de Shurato ser uma novidade na TV, enquanto Cavaleiros já foram vistos e revistos por quase todo mundo. Geralmente, séries reprisadas em demasia costumam cansar o público, e leva a audiência a cair. Não parece o caso de Cavaleiros do Zodíaco. Tudo indica que os defensores de Athena ainda vão mostrar sua força ainda por muito tempo na TV brasileira.

A HISTÓRIA

     
Poucas semanas após a estréia, as aventuras dos Cavaleiros já haviam se tornado um fenômeno de audiência em todo o Brasil.
      
Composta de 114 episódios no total, a série de TV dos Cavaleiros do Zodíaco, produzida pela Toei Animation, o maior estúdio de animação do Japão, está dividida em 3 fases. Na primeira fase, é mostrada a origem dos Cavaleiros, e ficamos conhecendo como Seiya, Hyoga, Shun, Ikki e Shiryu se tornaram cavaleiros. Esta fase também marca a descoberta de Saori Kido como a reencarnação da deusa Athena, protetora da Terra, que sempre vem ao nosso mundo quando nosso planeta está ameaçado pelas forças do mal. Mais adiante, por volta da metade desta fase, é que as coisas ficam mais claras, e surge o verdadeiro inimigo: o Mestre do Santuário da Grécia, quartel central dos cavaleiros, que ao invés de ajudar a proteger o mundo, ele quer dominá-lo, e também destruir Athena no processo. A batalha decisiva, travada por nossos heróis contra dos Cavaleiros de Ouro nas casas zodiacais do Santuário é, sem sombra de dúvida, uma das mais extensas lutas já vistas até aqui, tendo durado mais de 30 episódios em sequência.

Os inimigos da fase de Asgard, comandados por Hilda de Polaris.
            Na segunda fase, surge uma ameaça em Asgard, um pequeno reino no norte extremo da Europa, representada por Hilda de Polaris e seus guerreiros deuses. Diferentemente da primeira fase, aqui os cavaleiros já partem para a batalha logo de início. Por fim, após duras contendas com os guerreiros asgardianos, Seiya e seus amigos os derrotam, e libertam Hilda, que estava sendo controlada por um anel maligno. Mas o fim desta fase torna-se um prenúncio para a fase seguinte.

Poseidon é o inimigo da última fase da animação, raptando Athena e ameaçando afogar o mundo inteiro.
            Nesta terceira e última fase da série de TV, a luta dos cavaleiros transfere-se para o fundo do oceano, onde está o templo de Poseidon, o imperador dos mares, que foi o responsável pelo sequestro de Athena ao fim da fase anterior. Poseidon ameaça destruir a Terra, que ele considera irremediavelmente maculada pela ganância da humanidade. Novamente, após duras e mortais batalhas contra os principais guerreiros de Poseidon, os Generais Marinhos, Athena é libertada e Poseidon derrotado, encerrando-se assim as aventuras dos Cavaleiros do Zodíaco em sua versão animada para TV.

            Como toda série animada de grande sucesso no Japão, os Cavaleiros do Zodíaco estrelaram alguns especiais produzidos para o mercado de vídeo e cinema. Ao todo foram 4 aventuras, todas já lançadas em vídeo no Brasil pela distribuidora Flashstar Home Video, e também já exibidas posteriormente pela TV Manchete. No primeiro especial, Seiya e seus amigos, sempre em defesa de Athena e de nosso planeta, enfrentam a diabólica Deusa Éris. No segundo especial, nossos heróis vão a Asgard, em um momento anterior à segunda fase da série de TV, onde enfrentam o vilão Durval, líder de Asgard que precedeu Hilda. A terceira aventura, de maior duração, mostra Athena e seus cavaleiros enfrentando Abel, o Deus Sol, que quer eliminar nosso mundo por considerá-lo sujo e corrompido pela raça humana. E, finalmente, no último especial animado, nossos heróis enfrentam ninguém menos do que Lúcifer, o Anjo Caído, que retornou para desafiar as forças celestiais.

SAGA INCOMPLETA

      
A fase final do mangá, a Saga de Hades, não foi transposta para a animação, ficando esta imagem de um Drama CD o mais perto que os fãs tiveram no Japão.
     
Os Cavaleiros do Zodíaco surgiram como série de mangá tendo suas primeiras aventuras publicadas em 1986 na revista de quadrinhos mais famosa do Japão, a Shonen Jump, de autoria do artista Masami Kurumada. Não demorou para a série atingir grande sucesso, e como toda série de mangá que faz sucesso, não tardou para as aventuras dos defensores de Athena ganharem sua versão animada, que foi lançada pouco tempo depois pela Toei Animation, o maior estúdio de animação do Japão. As aventuras do mangá, contudo, não foram adaptadas 100% para a TV, ao mesmo tempo em que a animação apresentou aventuras que não existem nos quadrinhos originais. Um exemplo é a Saga de Asgard, que não existe no mangá. Outro exemplo são diversos personagens secundários que existem na primeira fase da animação, que também não existem nos quadrinhos. Estes personagens adicionais foram incluídos para providenciar aventuras que pudessem esticar a história, e como consequência, também vender mais produtos e brinquedos de personagens. A violência dos quadrinhos originais também foi suavizada na série animada.

            Enquanto as aventuras dos quadrinhos encerraram-se apenas em 1991, após 5 anos de publicação ininterrupta, o desenho animado parou de ser produzido em 1989. A última fase das aventuras, onde os cavaleiros enfrentaram, após derrotar Poseidon, o maligno Hades, imperador do Submundo, nunca foi transformada em animação, devido a desentendimentos entre a Toei, Masami Kurumada, e a editora da revista Shonen Jump. Nesta última fase, muitas revelações eram feitas, como o destino de Seika, a irmã desaparecida de Seiya, que vivia procurando por ela desde o primeiro episódio, após retornar ao Japão. A fase final também dá uma mostra do real poder dos Cavaleiros de Ouro, que entram em ação com tudo contra o exército de Hades na invasão do Santuário.

            Outras surpresas nesta fase é a possessão de Shun por Hades, o que dificulta as coisas para Seiya e seus amigos, principalmente para seu irmão Ikki. Nossos heróis acabam vestindo novas e poderosas armaduras, todas de ouro. Como não poderia deixar de ser, os cavaleiros vencem a parada, mas não sem baixas: Seiya tomba morto ao final do combate, ou assim parece. Saori e seus cavaleiros se reúnem ao amigo caído, dando por encerrada sua missão na Terra e supostamente voltando para o céu, até o momento de serem novamente requisitados para defender nosso planeta.

            Até hoje os fãs ainda almejam a possibilidade de que a série tenha sua conclusão em animação, mas as perspectivas, pelo menos no curto prazo, não indicam nenhuma possibilidade disso acontecer. Neste ano, fazem 10 anos que os Cavaleiros tiveram sua estréia no Japão. Além do Brasil, as aventuras de Seiya & Cia. fizeram sucesso também nos países de língua espanhola e na França, onde são praticamente venerados pelos fãs, entre vários outros países.

Cena final da série animada: Os Cavaleiros e Shina reúnem-se a Athena num raro momento de descontração.


OS CAVALEIROS DO ZODÍACO - QUEM É QUEM

Seiya é o Cavaleiro de Bronze de Pégaso, e o herói principal da série.
Conheça os principais personagens da série:

# Seiya: Detentor da armadura de bronze de Pégaso, é o principal defensor de Athena. No princípio tinha um temperamento meio infantil e até esquentado, mas com o decorrer dos acontecimentos, cresceu muito em caráter e nobreza. Principais golpes: Meteoro de Pégaso, Cometa de Pégaso, e "Pegasus Rolling Crush".

# Ikki: Irmão mais velho de Shun, o Cavaleiro de Andrômeda, é detentor da armadura da Fênix, e é o mais forte dos cavaleiros de bronze. Apareceu inicialmente como um vilão na série, combatendo aqueles que eram seus antigos companheiros, mas depois corrigiu seus atos e passou para o lado de Seiya & Cia. É implacável com os inimigos em combate. Principais golpes: Ave Fênix, e Golpe Fantasma de Fênix.

# Hyoga: É o Cavaleiro de Cisne e domina os poderes do gelo. Diferente dos demais, Hyoga foi o único a conhecer e conviver com sua mãe, que sacrificou sua vida para salvá-lo, quando a embarcação em que viajavam afundou nos mares da Sibéria. A princípio arrogante e frio para com os outros, desenvolve grande amizade e companheirismo pelos amigos com o decorrer das batalhas. Principais golpes: Pó de Diamante, e Ataque Trovão Aurora. Na Batalha das 12 Casas, adquiriu domínio sobre o golpe Execução Aurora, através do Cavaleiro de Ouro de Aquário.

# Shiryu: Cavaleiro de Dragão, é o que possui maior controle emocional, e tem uma irmã de criação, Shunrei, e grande domínio das artes marciais. Principais golpes: Dragão Nascente, e Cólera do Dragão. Na Batalha das 12 Casas, adquiriu o golpe Excalibur do Cavaleiro de Ouro de Capricórnio.

# Shun: Irmão caçula de Ikki, usa a armadura de Andrômeda, e manipula correntes que podem se estender até o infinito. Abomina a violência e prefere resolver as coisas sem briga. Muitas vezes aparenta ser fraco e chorão, mas possui um grande poder, e mostra sua força quando é preciso. Principais golpes: Onda Relâmpago, Defesa Circular, Corrente Nebulosa de Andrômeda, e Tempestade de Andrômeda.

# Saori Kido: Reencarnação da deusa Athena da mitologia grega, foi criada por Mitsumasa Kido, e cresceu como uma riquinha metida e egoísta, mas a partir do momento em que descobre sua verdadeira identidade, muda totalmente seu caráter e modos, não hesitando em colocar a própria vida em risco para proteger as pessoas. Apesar de raramente lutar, seu cosmo é o mais forte de todos, mostrando seu verdadeiro poder de deusa.

# Marin: Amazona de Águia, foi a instrutora de Seiya em seu treinamento para se tornar cavaleiro no Santuário da Grécia. Dura e exigente, sempre procurou auxiliar seu pupilo nas batalhas, ajudando-o a vencer as adversidades.

# Shina: Amazona de Cobra, no início da série era a mais mortal inimiga de Seiya. Depois de vários confrontos, descobre que na verdade tentava evitar de se apaixonar pelo cavaleiro de Pégaso, e se torna uma aliada em combate.
Shiryu: Cavaleiro de Bronze de Dragão.
 
Shun: Cavaleiro de Andrômeda.

 
Hyoga, Cavaleiro de Bronze da Constelação de Cisne.
 
Ikki é o Cavaleiro de Fênix: quando ele surge, os inimigos que se cuidem, pois ele é implacável em combate, e muito poderoso.
CURIOSIDADES

# O nome original da série dos Cavaleiros do Zodíaco é SAINT SEIYA, que numa tradução literal, significa "Santos de Bronze". O nome pode parecer estranho, mas o termo "santo" no Japão possui um conceito bem diferente daquele que conhecemos, baseado no Cristianismo.

# Como toda série de sucesso no Japão, além dos volumes encadernados dos quadrinhos originais e da série de TV e seus especiais de vídeo e cinema, os Cavaleiros também ganharam seu jogo para videogame. Chama-se SAINT SEIYA - THE LEGEND OF GOLD (Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda de Ouro), um game de 8 bits compatível com os consoles Nintendo e Phantom System.

# A série animada dos Cavaleiros do Zodíaco, quem diria, teve sua exibição vetada pelos executivos de redes de TV nos Estados Unidos. O motivo: alegaram que a série é "politicamente incorreta", além de ter cenas que, segundo eles, "traumatizariam" os telespectadores, devido à dramaticidade e violência. Parece piada, mas não é.

Saori Kido: reencarnação da deusa Athena, e protetora da Terra.


ATUALIZANDO: Cavaleiros do Zodíaco continuou sendo reprisada por mais um bom tempo na TV Manchete, mas começou a se desgastar após tantas reprises, e com isso seus horários foram diminuindo na emissora, até que deixou se ser exibida. A série só voltaria à TV nacional vários anos depois, na década passada, agora na TV por assinatura, no Cartoon Network, e posteriormente na TV Bandeirantes. Foi necessário realizar uma nova dublagem, pois com a falência da TV Manchete, as fitas masters do anime ficaram indisponíveis, e quando finalmente puderam ser liberadas, já não tinham mais condições ideais de uso. A nova dublagem preservou boa parte dos dubladores originais da primeira versão. Mas a série, apesar de ter feito sucesso, não causou mais impacto como antes. Bom mesmo foi a série ter sua produção retomada no Japão, concluindo os acontecimentos do mangá, com a animação da fase de Hades. Isso gerou dividendos, como a produção de novos mangás com os personagens, além de novas séries, como Lost Canvas e Omega. E este ano, Cavaleiros completará 20 anos de sua estréia no Brasil, e ainda é lembrada por toda uma geração de fãs que nunca esqueceram as aventuras dos defensores de Athena.